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Ford Escort historia do hatch que encantou nas décadas de 1980 e 1990

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Ele chegou em terras brasileiras em 1983, o modelo na verdade era a terceira geração do Escort na Europa, aqui recebeu diversas modificações para se adaptar a um país de terceiro mundo.

Quem viveu o início da década de 1980, e durante o primeiro semestre de 1983 se deparou com um Escort XR3 na rua, com certeza teve a mesma sensação que eu tive, de estar vendo uma espaçonave sobre rodas, as versões intermediárias ou de entrada, como o Escort L, GL e Ghia, também causaram frisson no público da época, Ford escort história e curiosidades.

A Ford realizou de maneira incrível a transição da geração muscle car, que eram os famosos Maverick e Landau, para a nova tendência de mercado os modelos médios, o Ford Corcel II conseguiu alavancar as vendas da montadora entre os anos de 1980 e 1983, junto com o modelo sedã Ford Del Rey, mas a chegada da família Escort, mexeu diretamente no mercado nacional.

Tudo começou com a versão de entrada o Escort L 1.3 1983, toda a família do hatch do médio da Ford, foi equipada com o motor Renault Cléon Fonte, herdado do Corcel 1, ganhou um upgrade considerável, e foi montado na posição transversal, sendo rebatizado de CHT, deixando o carro com um torque mais firme e suave.

A versão L vinha em duas motorizações, CHT 1.3 com 62,8 CV de força, velocidade final de 149 KM/h e indo de 0 a 100 em 18,2 segundos, as versões L cód 2, GL e Ghia vinham equipadas com o motor CHT 1.6 de 73 CV de força, velocidade final de 159 KM/h e indo de 0 a 100 em 14 Segundos.

Já a versão Escort XR3 vinha com o mesmo motor CHT 1.6, porém com um pouco mais de potência, 81,7 CV de força, velocidade final de 163,6 KM/h e indo de 0 a 100 em 13,4 segundos, foi o único ano que o modelo da Ford conseguiu ser mais rápido que o VW Passat GTS com motor MD-270 1.6.

Entre janeiro de 1983 e Dezembro de 1984, o motor CHT em todas as versões ainda era um dos mais eficientes do mercado, de um lado a Chevrolet ainda tentava se achar com o motor 1.6 e 1.8 da família Monza e a Volkswagen estava na faze de transição do motor MD – 270 1.6 e 1.8 para o AP 1.6 e 1.8.

Sem a menor sombra de dúvidas o que mais atraia a atenção do mercado, era o visual do carro, mesmo nas versões básicas, L ou GL, as linhas eram bonitas e atraentes, o acabamento interno, trazia um painel inovador e o acabamento de bancos e portas eram de primeira linha.

Mas como nada é perfeito, as adaptações do modelo europeu para o mercado brasileiro teve seu preço, a suspensão utilizada por aqui não era tão rígida e eficiente, quanto dos modelos que rodavam na Europa, a suspensão muito macia, e relativamente frágil, deixava o carro com tendências a sair de traseira em curvas de alta, além de sofrer do chamado efeito flutuante, quando a traseira é mais leve e em retas o carro balança repentinamente.

Em 1985 chega ao mercado a versão conversível

Escort XR3 Conversível 1985, chegou ao mercado no mês de abril, para muitos uma aposta extremamente arriscada da montadora americana, produzir em série um modelo que tinha a aprovação, apenas parcial do público, e custando quase o dobro do preço da versão tradicional.

Mesmo assim a Ford foi corajosa, em junho de 1985, o modelo chega a novela Roque Santeiro, como o carro de Tânia, filha de sinhozinho Malta, uma ótima jogada de marketing, a novela bateu os maiores picos de audiência da história da televisão brasileira, e o Escort XR3 1985 conversível, virou o sonho de consumo de uma grande fatia do mercado, que eram fãs de modelos esportivos.

Matéria exclusiva sobre o Escort L

Matéria Exclusiva sobre o Escort GL

Matéria Exclusiva sobre o Escort Ghia

Várias matérias exclusivas sobre o Escort XR3

Várias matérias exclusivas sobre o Escort XR3 Conversível

Ford Escort historia – 1986 o primeiro tombo da família Escort

No ano de 1985, a Volkswagen colocou no mercado sua nova versão de motores AP 1.8, em 1986 toda a família Volkswagen passa a ser equipada com os eficientes motores AP 1.6 e 1.8, os motores da família Chevrolet Monza, também havia ganho no segundo semestre de 1985, um upgrade bastante significativo, logo no primeiro semestre de 1986 ficou bastante claro que os motores Ford CHT ficaram para trás.

Em 1987, a família Escort ganha seu primeiro upgrade no visual, para – choques envolventes, novos faróis e lanternas traseiras, novo painel e um acabamento interno mais requintado, a versão top de linha Escort XR3 ganha mais potência passar a entregar 86,1 CV de força, mas na prática pouco mudo passou a ter velocidade a velocidade final reduzida para 157,5 KM/h, porém ficou um pouco mais econômico.

1988 seria a hora da montadora trazer um motor mais atualizado, o Motor Ford Kent ou a primeira geração do Zetec, mas por questões políticas ou financeiras a história do motor CHT, foi prolongada.

Em 1989, nasce a Autolatina, uma parceria entre Ford e Volkswagen, onde a montadora alemã detinha 51% das ações e ditava as ordens, finalmente a família Escort recebe um motor mais robusto, a sua altura, o Volkswagen AP 1.6 e 1.8, mas o Escort ainda ficava um passo atrás de seus concorrentes, pois o contrato de fornecimento de tecnologia Volkswagen, só permitiu motores 2.0 Injetados na família Ford a partir da década de 1990.

Ford Escort historia – Segunda geração no Brasil

Com um visual mais moderno e atraente, a nova geração, trazia finalmente os motores AP 2.0 injetados, transformando o Escort XR3 1993, no carro nacional de maior velocidade final real, 187 KM/h.

Os problemas no DNA da estrutura, carroceria, suspensão e chassi, haviam sido resolvidos parcialmente, a versão XR3 2.0i e Ghia, haviam ganho uma suspensão mais rígida, com amortecedores turbo gás, deixando para trás as repentinas saídas de traseira, mas o efeito flutuante ainda assustava, em velocidades acima de 160 Km/h o carro balançava a ponto de assustar.

No final de 1996 já como modelo 1997, chega ao mercado a terceira geração no Brasil, e finalmente o motor Zetec, rápido, eficiente, robusto, porém complexo, o novo motor, como toda nova tecnologia, exigia manutenção preventiva regular, óleo e ouros fluídos específicos de cada modelo, além de mecânicos treinados, muitos proprietários sem experiência ou um pouco mais relaxados tiveram dificuldades de se adaptar ao novo sistema.

Ainda na década de 1990 o Ford Escort RS Cosworth, uma versão importada também andou por aqui, projetado pela irmã da Ford especializada em competições a Cosworth, ele chegava a incríveis 225 KM/h de velocidade final real, e ia de 0 a 100 em 6,1 segundos, utilizando o motor 2.0 16V YBT, com tração 4X4.

A saga da família Escort no Brasil durou até 2004, foram 21 anos e milhares de unidades emplacadas, embalou sonhos e praticamente o modelo sustentou a montadora Ford aqui no Brasil entre os anos de 1984 e 1995.

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