Já se preparando para a década de 1980, o Doginho ganha nova frente com faróis quadrados e novas lanternas traseiras, em 1977 já como modelo 1978.
Deixou para trás a configuração de faróis redondos de lentes duplas, e entra na era dos quadrados, a versão Dodge Polara GL 1978.
Não mudou apenas o visual, mas também trouxe uma nova proposta de controle de qualidade para a montadora, eliminando os problemas estruturais que acompanhavam o modelo desde seu lançamento em 1973.
Como já citei em outras matérias, o Doginho, ao chegar ao Brasil, trouxe uma configuração única e estava um passo a frente de seus concorrentes, Volkswagen Passat e Ford Corcel. O modelo da Dodge era o único médio nacional com motor 1.8, de 85 cv e tração traseira, indo de 0 a 100 em ótimos 14,6 segundos, e velocidade de 158 km/h.
O acabamento interno também era um show a parte, acompanhando a tendência dos muscle car da Dodge, oferecia, painel em imitação de madeira, bancos e portas, com forração em couro ou aveludado, e opcional para câmbio automático.
Mas a falta de controle de qualidade e erros do projeto, arrastaram o Dodge Polara por aproximadamente 5 anos com problemas com câmbio, parte elétrico, infiltração de água. Sem contar que os primeiros motores 1.8 até o final de 1974, rendiam menos que um Volkswagen 1600, e que um Corcel 1.4, o problema de desempenho foi resolvido com o carburador japonês Hitachi.
Desempenho
O torque do motor 1.8 era macio, estando com as manutenções em dia, alcançava altas velocidades com muita eficiência, sem passar vibrações para a parte interna, silencioso e gostoso de dirigir.
A caixa de direção era muito precisa, macia e segura, tanto em altas velocidades, como em manobras na cidade, a versão automática, tinha algumas limitações, deixava o carro menos preciso em ultrapassagens.
A suspensão conseguia ser macia e ao mesmo tempo segura, em curvas de alta cumpria seu papel.
Acabamento Externo
Frente com faróis retangulares de lente plana, com setas embutidas em um mesmo conjunto.
Para-choques cromados em lâminas de aços cromados.
Rodas de aço esportivas, tradicionais família Dodge.
Logo Dodge Polara GL na lateral dos para-lamas dianteiros.
Retrovisor cromado com ajuste manual.
Lanternas traseiras bicolor, com luz de ré.
Acabamento Interno
Painel com acabamento marrom e detalhes em madeira, com mostradores básicos, em escala circular.
Bancos em tecido aveludado.
Acabamento de portas em couro marrom e detalhe acarpetado.
Volante de 4 raios de plástico injetado com forração em couro.
Rádio AM/FM.
Ventilador.
Ar quente.
Acendedor de cigarros.
Cinzeiro embutido no painel.
Cinzeiro cromado na parede lateral do banco traseiro.
Acionamento dos vidros manual basculante.
Assoalho e porta malas acarpetados.
Ficha Técnica – Dodge Polara GL 1978
Carroceria cupê;
Porte médio;
2 portas;
Motor 1.8;
Cilindros 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Longitudinal;
Tuchos mecânicos;
Tração traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção Simples;
Câmbio manual de 4 marchas;
Embreagem monodisco a seco;
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso 972 kg;
Potência 85 cv;
Torque máximo 15,5 kgfm a 3500 rpm;
Potência Máxima 5000 rpm;
De 0 a 100 – 14,6 Segundos;
Velocidade máxima 158 km/h;
Consumo na Cidade 9 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 540 km – Estrada 660 km;
Porta malas 316 Litros;
Carga útil Não Informado;
Tanque de combustível 60 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 126.507,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Motor Tudo – Dodge
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Esselente carro pra época
Bom dia, tive um igual a este ai da mesma cor e ano, me deu saudades ao ver este aí,, foi um dos carros que eu mais gostava de dirigir, fiz uma viagem daqui do Rs até Pato Branco no Paraná, carregado com uma mudança pra um amigo meu, com o porta mala lotado, banco traseiro lotado, e ate´um colchão com algumas caixas amarrado no teto, que aventura esta foi,.. fui bem e voltei bem, outra viagem, fui do Rs a Curitiba, andava bem macio, ate parece que eu estava andando em um tapete voador, kkk brincadeira a parte, o único fator negativo no dodge polara era o carburador, mas eu não me abato por problema negativo, eu mesmo fusava e resolvia. pra mim era um prazer mexer na mecânica deste carrinho, sentir o cheiro da gasolina, mas se eu acha-se um hoje compraria, com certeza, de acordo com as minhas finanças, fica aqui o meu abraço deste admirador deste carrinho ai, …Valdir Plinta– Rs.