O Fusca 1976, ganha lente plana de série, ainda é líder absoluto de mercado e emplaca 206.098 unidades, em todas as suas versões. Mas alguns proprietários buscavam um algo a mais, e acabavam realizando um processo de customização que deixa o besouro mais atraente.
Desde a década de 1950, até os dias de hoje para muitos, ter um Fusca é muito mais que ter um carro, é um verdadeiro hobby. Durante a década de 1970 com as fronteiras do Brasil fechadas para importação, houve uma explosão de lojas de acessórios por todo o país, principalmente nos grandes centros.
Bastante diferente dos dias de hoje, onde se compra um modelo zero km, e raramente o proprietário submete seu carrinho de plástico, a algum processo de customização, com medo de perder a garantia de fábrica ou algum desconto da asseguradora. Durante as décadas de 1970 e 1980, customizar uma unidade zero km ou seminova de qualquer marca e modelo, era um verdadeiro estilo de vida.
Segue abaixo a lista dos itens de customização de época.
A unidade aqui da matéria o Fusca 1976, veio equipado de fábrica com motor 1300, e recebeu um leve preparo, saltando para o motor 1500. suspensão dianteira com kit Puma e suspensão traseira rebaixada no “facão”, podendo ser ajustada na altura original, rodas alargadas na traseira com pneus 195x60x15 e nas dianteiras meia tala com pneus 185x55x15, calotas abauladas 4 furos, som com toca fitas TKR (bluetooth instalado), amplificador com equalizador Tojo GR-600, ambos instalados no console central com acendedor de cigarros em inox com iluminação, módulo SD 800 e subwoofer no bagagito, tampão traseiro com alto falantes 6×9, volante Walrod XK original do modelo Bizorrão (acompanha original), parachoques com batentes e estribos em aço inox e rádio Motorádio 3 Faixas de época.
Desempenho – Na configuração original de fábrica
Estabilidade – O conjunto do projeto, era considerado atualizado para a época, com um desempenho modesto em curvas de alta e em piso molhado.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1300, era de manutenção descomplicada, porém o custo das manutenções de um modelo zero km, não eram tão popular como pensamos.
Câmbio – O câmbio 4 marchas era eficiente de engates precisos, no início da década de 1970 todas as marchas já eram sincronizadas.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto popular da década de 1970, mas com 4 adultos e porta malas cheio era sempre bom o motorista, negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1300 a gasolina de um modelo compacto, 8 km/l na cidade estava dentro do esperado, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos de lentes planas;
Setas dianteiras – Posicionadas sobre os para-lamas;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono cromados;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Entrada de ar forçada sobre a tampa do motor;
Retrovisores Externos– Estilo raquete;
Frisos – Metálico em toda a extensão lateral;
Rodas – Rodas alargadas na traseira com pneus 195x60x15 e nas dianteiras meia tala com pneus 185x55x15, calotas abauladas 4 furos ;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “- ;
Lanterna Traseira – Em cor única;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em aço e vinil;
Volante – Do Fusca 1600 S;
Sistema de som – Sim, com toca fitas TKR (bluetooth instalado), amplificador com equalizador Tojo GR-600;
Ventilador – N/D;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em courvin;
Acabamento das portas – Em Courvin;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Emborrachado;
Porta-malas – Emborrachado;
Ficha Técnica – Fusca 76 – com motor 1300 – Na configuração original de fábrica
Carroceria – Sedã;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Volkswagen Boxer 1300;
Cilindros – 4 opostos horizontalmente;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 46 cv;
Peso Torque – 85,7 kg/kgfm;
Cilindrada – 1285 cm³;
Torque máximo – 9,1 kgfm a 2600 rpm;
Potência Máxima – 4600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a tambor nas 4 rodas;
Peso – 780 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braços arrastados – Barra de torção;
Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilante – Barra de torção;
Comprimento – 4026 mm;
Distância entre-eixos – 2400 mm;
Largura – 1540 mm;
Altura – 1500 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 30,9 Segundos;
Velocidade máxima – 118 km/h;
Consumo: Cidade 8 km/l – Estrada 12 km/l;
Autonomia: Cidade 328 km – Estrada 492 km;
Porta malas – 141 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 41 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 75.978,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.