O Ford Escort RS, chegou com a terceira geração brasileira da família Escort. Em 1998, a versão de entrada era a “GL”, nas carrocerias 2 e 4 portas, o GLX tinha um apelo esporte fino, aos moldes do Escort Ghia da década de 1980, era oferecido apenas na carroceria 4 portas.
Já a versão RS tendia para uma versão com um ar mais jovem, oferecendo praticamente os mesmos equipamentos da versão GLX, mas era comercializado apenas na carroceria 2 portas.
Ainda no ano de 1998, todas as versões desde a entrada, até a top de linha, utilizavam exatamente o mesmo motor, o Zetec 1.8 16v. Em 1996 ainda na segunda geração brasileira, a montadora havia substituído o badalado XR3 pela versão esportiva Escort Racer, mas não vingou.
A versão Ford Escort RS, na teoria seria uma espécie de versão esportiva da família do hatch médio da Ford, mas sem um motor mais potente que as demais versões, e sem adereços que o diferenciasse como esportivo, com exceção do aerofólio traseiro, o modelo na prática era uma das versões top de linha com um apelo mais jovem.
Longe da realidade do Escort RS Cosworth europeu, que chegou a ter 2 unidades importadas para o Brasil entre os anos de 1992 e 1993, o modelo oferecia tração integrada, turbocompressor, o motor 2.0 16V preparado pela Cosworth, entregava 220 cv, chegando a 225 km/h de velocidade final real.
Mesmo assim o Ford Escort RS brasileiro, era muito confortável e rápido, com velocidade final real perto dos 200 km/h. Mas como todo multiválvulas, da década de 1990, o modelo exigia as manutenções preventivas em dia, conforme especificado no manual do proprietário. Oficinas mecânicas em geral e até algumas concessionárias, não estavam preparados para orientar os proprietários quanto as manutenções preventivas e corretivas.
Poucos profissionais qualificados e a falta de equipamentos para suporte, deixaram modelos como o Ford Escort Zetec 1.8 16V e Fiat Tempra 2.0 16V e Fiat Marea, com fama de eficiente, mas com uma manutenção complicada.
Desempenho
Estabilidade – Com uma estrutura moderna, e eficiente, era seguro em curvas de alta e em retas em altas velocidades. Mas em velocidades acima de 160 km/h, ainda sofria do chamado efeito flutuante, com a traseira muito leve.
Motor – Utilizando moderno e eficiente motor Ford Zetec 1.8 16V, era robusto, rápido e gostoso de dirigir. O custo das manutenções preventivas e corretivas, de um modelo zero km, estavam mais para de um carro de luxo de grande porte.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era de relações curtas, de engates precisos, deixando o carro divertido de dirigir.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor com muito fôlego, que respondia bem ao pedal do acelerador, mesmo com carga máxima, era seguro e muito eficiente.
Consumo – Para um motor 1.8 16v de 115 cv a gasolina, fazer 10,3 km/l, era considerado econômico para a época.
Acabamento externo
Faróis – Faróis de lentes ovaladas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor da carroceria;
Faróis de neblina – Embutidos no para-choque;
Grade de ar do motor – Discretamente embutida entre o capô e o para-choque;
Retrovisores Externos – Panorâmicos pintado na cor da carroceria, com controle elétrico interno;
Frisos – Fino friso na cor da carroceria em toda a extensão do carro;
Rodas – De liga – leve 185/65 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Escort RS”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tons grafite e cinza;
Volante – Espumado de três raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Bipartido, com cinto de segurança de três pontos, para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Ford Escort RS – Ano 1998
Carroceria – Hatch;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – Zetec 1.8 16V;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 4;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 115 cv;
Peso Torque – 73,3 kg/kgfm;
Cilindrada – 1796 cm³;
Torque máximo – 16,3 kgfm a 4500 rpm;
Potência Máxima – 5750 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1195 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo de torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4136 mm;
Distância entre-eixos – 2525 mm;
Largura – 1700 mm;
Altura – 1350 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 9,8 Segundos;
Velocidade máxima – 196 km/h;
Consumo: Cidade 10,3 km/l – Estrada 14,7 km/l;
Autonomia: Cidade 659 km – Estrada 941 km;
Porta malas – 380 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 64 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 196.990,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.