O Chevette 88 na carroceria sedã, ganha nova versão SL/E, e com o fim do irmão hatch em 1987, passa a ser o único modelo compacto em território brasileiro ao lado do SW Marajó, com tração traseira, e opção para câmbio automático. No mesmo ano, tanto o Chevette quanto o SW Marajó, também se tornam os carros nacionais mais baratos.
Em 1988 o Chevette na versão SL/E se tornou uma compra muito interessante, o carro nacional mais barato, oferecia tração traseira, um acabamento interno bonito e de qualidade, painel de fácil visualização, e na configuração com motor a álcool fazia quase 8 km/l na cidade.
Os modelos compactos nas versões de entrada em 1988 não tinham nada de populares. A VW oferecia o Gol “C” equipado com o motor AP 1.6 e com o novo painel, mas era o hatch compacto mais caro do Brasil, o VW Voyage era disponibilizado na versão de entrada na configuração CL AP 1.6, custava em média 35% a mais que o compacto da Chevrolet.
A Fiat oferecia o Uno S 1.3, com uma estrutura moderna, ágil e com uma ótima posição para dirigir, mas o modelo estava em ascensão, e a versão mais barata custava em média 5% a mais que o Chevette sedã SL/E, o irmão Fiat Prêmio na versão S 1.3 em média 8% a mais. Já a Ford oferecia no mercado apenas modelos de médio porte, partindo do Escort Standard ou L, custando em média 75% a mais que um Chevette.
O Chevette 88 em todas as suas versões emplacou em 12 meses 56.301 unidades, bons números para um compacto considerado desatualizado em relação aos seus principais concorrentes.
A unidade da nossa matéria, é um Chevette SL/E 1.6/S 1988 a álcool na cor Vermelho Bonanza, um exemplar nunca restaurado com pintura 100% original de fábrica, e apenas 9000 km rodados, destinado a colecionadores. Equipado com o motor de 82 cv, torque máximo de 12,3 kgfm a 3200 rpm, com velocidade final real de 157 km/h e aceleração de 0 a 100 em 13,9 segundos.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma ótima estabilidade, com um peso muito bem distribuído e tração traseira, era muito eficiente em curvas de alta, em retas em velocidades acima de 140 km/h, se mantinha bastante equilibrado.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet 1.6/S de 82 cv, era eficiente na cidade e bastante confiável, mas o ponto negativo ficava para pouca elasticidade do conjunto motor e câmbio.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios, e exigia poucas trocas de marchas na área urbana, permitindo ao motorista ficar em longos períodos na terceira marcha em baixa rotação.
Retomadas e ultrapassagens – Cumpria com seu papel para um carro popular da década de 1980, com aceleração de 0 a 100 em 16,9 segundos.
Consumo – Para um motor 1.6 a álcool fazer 8 km/l na cidade era uma boa média para a década de 1980, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em aço carbono com forração em vinil;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De plástico na cor grafite, com frisos na horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecânico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão lateral do carro, com detalhe metálico e o logo “Chevette SL/E”;
Rodas – 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “1.6/S Álcool”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala quadrada;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Mecânico;
Acabamento dos bancos – Em tecido;
Acabamento das portas – Em courvin e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros, com regulagem de altura nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Chevette 88 – Na versão SL/E
Carroceria – Sedã;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Chevrolet 1.6/S;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Álcool;
Potência – 82 cv;
Peso Torque – 76,8 kg/kgfm;
Cilindrada – 1599 cm³;
Torque máximo – 12,3 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 945 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Comprimento – 4193 mm;
Distância entre-eixos – 2395 mm;
Largura – 1570 mm;
Altura – 1324 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 16,9 Segundos;
Velocidade máxima – 150 km/h;
Consumo: Cidade 8 km/l – Estrada 12 km/l;
Autonomia: Cidade 429,2 km – Estrada 638 km;
Porta malas – 323 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 58 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 72.500,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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