A primeira metade da década de 1990 foi marcada pela chegada dos injetados no Brasil, mas o Gol GTS 1.8s ainda era o queridinho da montadora alemã, dividindo o mercado dos esportivos, palmo a palmo com o Gol GTi
O Volkswagen Gol GTS 1.8S 1993, ainda tinha uma número de unidades emplacadas bastante significativo, mesmo faltando apenas 1 ano para ser descontinuado, onde terminaria a saga de um dos carburados mais bem sucedidos da história da industria automobilística nacional.
A grande vantagem de ser carburado era que o motor se tornava mais elástico do que as versões injetadas, a 6500 rpm o motor do GTS se mantem saudável e funcionando, já o do GTi existia o corte de combustível, diminuindo drasticamente a potência do motor, fazendo o motorista mudar imediatamente de marcha para normalizar a potência, as diferenças entre o GTS 1.8 e o GTi 2.0, mas as diferenças de velocidade final e aceleração, deixava o modelo injetado um passo a frente.
Desempenho
O conjunto motor e câmbio VW faziam um combinação perfeita, elástico na cidade e muito bom de estrada;
Mesmo com o motor em giros mais alto, se mantinha com um torque estável e muito seguro;
A carroceria Gol quadrado, ainda era considerada moderna para a época, aliada a uma suspensão mais rígida, o carro era muito eficiente em curvas de alta mesmo com piso molhado, em retas, em velocidades acima de 160 km/h se mantinha estável sem balançar.
Outra grande qualidade do Gol GTS 1.8s 1993 eram que as revistas automotivas da época sempre frisavam, era a incrível capacidade de frenagem, mesmo em altas velocidades em freadas repentinas o carro se comportava muito bem, parando em um curto espaço de tempo, sem travamento desnecessário do sistema, “lembrando que o modelo não usada sistemas ABS”.
Acabamento Externo
Frente com faróis retangulares embutidos em um mesmo conjunto com as setas;
Luzes de longo alcance acima do para-choque dianteiro;
Faróis de neblina embutidos no para-choque dianteiro;
Para-choques envolventes na cor grafite com um friso vermelho dando um visual mais esportivo;
Retrovisores panorâmicos com contro elétrico;
Frisos estilo saias esportivas na lateral, na cor e estilo dos para-choques;
Logo GTS na coluna central;
Rodas de liga-leve 185/60 R14;
Saída do escapamento dupla;
Lanternas traseiras Fumê;
Aerofólio preto,
Logo GTS na tampa do porta malas.
Imagens Reginaldo de Campinas
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Acabamento Interno
Painel com botões satélites, com mostradores de fácil visualização + conta – giros;
Volante de quatro raios, o famoso quatro bolas;
Bancos Recaro, em tons cinza xadrez;
Encosto de cabeça com regulagem de altura;
Acendedor de cigarros;
Cinzeiro;
Ar – quente;
Ventilador de três velocidades;
Vidros e travas elétricas;
Ajuste elétrico dos retrovisores;
Rádio toca fitas digital AM/FM;
Suporte para fitas K7,
Assoalho e porta – malas acarpetados.
Imagens Reginaldo de Campinas
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Ficha Técnica Gol GTS 1.8s 1993
Carroceria hatch;
Compacto;
Duas portas;
Motor VW AP 1800S;
Cilindros 4 em linha;
Tuchos mecânicos;
Tração dianteira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção Hidráulica;
Câmbio manual de 5 marchas;
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso 978 kg;
Potência 97 cv.
14,7 kgfm a 3600 rpm.
De 0 a 100 – 11,3 segundos.
Velocidade máxima 168 km/h;
Consumo Cidade 9,2 km/l Estrada 13,5 km/l;
Autonomia: Cidade 432,4 km – Estrada 634,5 km.
Porta malas 146 Litros;
Carga útil 390 kg,
Tanque de combustível 47 Litros.
Valor atualizado Aproximado – R$ 75.852,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Motor Tudo – Volkswagen Gol GTS 1.8s 1993
Carros Clássicos Brasil – Gol Quadrado
Tive um GTS 93, azul Riviera, comprado zero km, originalmente a álcool, depois – ainda a álcool – ‘destaxado’ e turbinado, com pressão de 1,3 bares. Original já era ótimo; turbinado tornou-se um ‘azougue’: subia as ladeiras mais íngremes das estradas beirando os 180 km / h, e nas retas o velocímetro faltava quebrar, atingindo mais de 220 km / h.
O fantástico carburador BROSOL ‘Pierburg’ foi retrabalhado por meu saudoso amigo Jorge ‘Boliviano’, tornando-se um misto entre 2E e 3E de Opala.
Apesar de turbinado, manteve o ar-condicionado de fábrica, que era preciso ligar, a despeito de o sistema de arrefecimento contar com dois radiadores em série (o de fábrica + um de ar quente, instalado atrás da cobertura do para-choque dianteiro), pois o calor gerado pelo motor era tremendo: a carcaça do compressor costumava ficar avermelhada!
O inestimável motor AP nunca ‘reclamou’ do turbo, o que me leva a registrar, para destruir um motor daqueles só mesmo botando areia no cárter.
Resta ainda descrever a sensação passada pelo carrinho nas retas: mesmo com a frente um pouco rebaixada, o Golzinho dava a impressão de que ia dar uma cambalhota, tamanha a força do motor (+/- 250 CV nas rodas), e a precária aerodinâmica do Golzinho ‘quadrado’.
Maravilhoso,bons tempos.
Sem dúvida era um esportivo de tirar o fôlego