Um item único de nossa história, a versão brasileira do Renault Alpine A108, embalou os sonhos de muitos jovens na década de 1960
Um dado interessante que percebi aqui no Motor Tudo, é o grande número de pessoas que confundem o Puma DKW, com o Willys Interlagos. Vamos esclarecer que não são o mesmo carro, diferentes projetos, de diferentes montadoras.
Voltando a falar do Willys Interlagos 1966, o modelo deu adeus, as pistas e as ruas. A Ford já preparava todo o processo de logística para absorver todo o grupo Willys, e modelos memoráveis para os brasileiros, dariam adeus, como; Willys Interlagos e Aero-Willys.
A unidade aqui da matéria, se destaca pelo incrível bom gosto e qualidade do acabamento interno, forração dos bancos e portas em couro vermelho, painel com detalhes em madeira e volante esportivo.
O Willys Interlagos, tinha um desempenho bastante interessante para a década 1960, com velocidade final real de 160 km/h, e aceleração de 0 a 100 em 14,1 segundos, basicamente o mesmo desempenho de seu sucessor no futuro, o Ford Escort XR3 1984. Com uma diferença que contava a favor do Interlagos, ele era equipado com uma suspenção mais eficiente e equilibrada, que a do XR3.
Outra informação interessante, era sobre o conjunto motor e câmbio. O modelo era equipado com a mecânica Renault Gordini 1.0, com algumas adaptações para o esportivo, que no meio da década de 1960 receberia um upgrade mais significativo, e se tornaria o Ford Sierra 1.3 para equipar o Corcel, nos anos seguintes passaria a ser o Cléon Fonte 1.4 e na década de 1980 o CHT 1.6.
Desempenho
Estabilidade – Com o motor posicionado na parte traseira, o peso era muito bem distribuído, aliado a uma carroceria fibra de vidro bastante leve, o carro era bom de curvas e não balançava em altas velocidades nas retas.
Motor – Utilizando o motor 1.0 na posição longitudinal, era de manutenção descomplicada, e exigia poucos reparos.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, era digno de um esportivo nacional da década de 1960.
Retomadas e ultrapassagens – Carroceria leve, peso bem distribuído, e aceleração de 0 a 100 em 14,1 segundos, deixava o esportivo da Willys-Overland, eficiente e seguro.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros a gasolina de um esportivo leve, fazer 10 km/l na cidade, era um grande feito para a época.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos de lentes boleadas, embutidos com recuo, e protegidos por uma máscara que acompanha as linhas da carroceria;
Setas dianteiras – Embutidas no para-choque, com repetidores na lateral dos para – lamas;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono cromados;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Em alumínio quadriculada;
Retrovisores Externos – Redondo cromado;
Frisos – Cromados em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – Rodas de aço com calotas cromadas;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “Interlagos” No bico do carro;
Lanterna Traseira – Em cor única;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em couro, aço e madeira;
Volante – Esportivo de 3 raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – N/D;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – N/D;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – N/D;
Cinzeiro – N/D;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Couro;
Acabamento das portas – Em couro;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Emborrachado;
Ficha Técnica – Willys Interlagos Cupê 1966
Carroceria – Cupê;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Renault 1.0;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal – Traseiro;
Combustível – Gasolina;
Potência – 70 cv;
Peso Torque – N/D kg/kgfm;
Cilindrada – 998 cm³;
Torque máximo – N/D kgfm a N/D rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador de corpo duplo Solex 32 PAIA 3-301;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – A tambor nas 4 rodas;
Peso – 670 kg;
Suspensão dianteira – Braços triangulares desiguais superpostos. Tinha valores de cáster e inclinação do pino-mestre bem pronunciados (10° e 11°30′ respectivamente);
Suspensão traseira – N/D;
Comprimento – 3780 mm;
Distância entre-eixos – 2100 mm;
Largura – N/D mm;
Altura – 1450 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 14,1 Segundos;
Velocidade máxima – 160 km/h;
Consumo: Cidade 10 km/l – Estrada 14 km/l;
Autonomia: Cidade 580 km – Estrada 755 km;
Porta malas – N/D litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – N/D Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 88.089,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.