Durante as décadas de 1970 e 1980 a Chevrolet disponibilizou peruas em apenas dois seguimentos, compacto, com o Chevette Marajó e grande porte com o Chevrolet Caravan, mas em 1990 chegaria o modelo médio
Um derivado do novo hatch, que havia desembarcado no Brasil em 1989, o Kadett Ipanema chegou no ano seguinte, era, moderno, confortável, rápido, seguro, mas causou estranheza no público com uma traseira bem reta.
Caravan, Santana Quantum, Marajó, Parati, Fiat Panorama, Ford Belina / Scala, todas tinham um visual ligeiramente quadrado, e com a traseira levemente estendida com o vidro do porta-malas, e de repente chega um novo conceito bastante europeu.
Mesmo com um conceito diferente aos olhos do público brasileiro, a nova perua fez sucesso, entregando muita qualidade e logo mordeu uma boa fatia do mercado de seu principal concorrente, o Santana Quantum e selou o destino do Ford Belina / Scala.
Década de 1990, as montadoras já se preparavam para uma nova realidade, chegava o momento dos injetados e modelos importados, a SW Del Rey perdeu o pouco espaço que havia sobrado no início da década, para o Kadett Ipanema, forçando a montadora a descontinuar em 1991 um dos modelos que mais vendeu no Brasil.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto, carroceria, chassi e suspensão, era muito eficiente e equilibrado, o carro se comportava muito bem em curvas de alta, e em retas em velocidades acima de 150 km/h, se mantinha estável sem balanços repentinos.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet Família II 1.8 de 95 CV, era rápido e muito confiável, em altas rotações tinha um torque bastante suave sem passar vibração para a carroceria.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, sem dúvida era um dos melhores do mercado, muito macio e de engates precisos.
Retomadas e ultrapassagens – Com um câmbio preciso e um motor com muito fôlego, aliado a uma estrutura bastante equilibrada, era seguro e muito eficiente.
Consumo – O kadett Ipanema como motor 1.8 ainda carburado, fazia 13,3 km/l na estrada, era considerado dentro dos padrões para a década de 1990, mas o ponto negativo ficava para o consumo acima do esperado para quem tinha o hábito de trocar as marchas acima de 3000 rpm, ou quando o carro estava pesado com carga acima de 300 kg, maiores detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Chanfrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto com os faróis;
Para – choques – Envolventes na cor preto, com um fino friso metálico;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De plástico, na cor grafite, com frisos na vertical e horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmicos, com ajuste elétrico interno;
Frisos – Emborrachados, com detalhe metálico em toda a extensão lateral do carro, e o logo “Ipanema SL/E”;
Rodas – Rodas de liga – leve 165/70 R13;
Maçanetas – Embutidas nas portas na cor grafite;
Logo – “1.8”, na tampa do porta malas;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Opcional;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Digital, no centro do painel;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétricos;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Elétricos;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Rebatível;
Encosto de cabeça – Vazados, para dois passageiros nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Ipanema Kadett SL/E 1.8 1990
Carroceria – SW;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – Família II Chevrolet 1.8;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Peso Torque – 76,22 kg/kgfm;
Tração – Dianteira;
Combustível – Gasolina;
Alimentação – Carburador;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades, alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a ventilado sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1090 kg;
Comprimento – 4228 mm;
Distância entre-eixos – 2520 mm;
Potência – 95 cv;
Cilindrada – 1796 cm³;
Torque máximo – 14,3 kgfm a 3000 rpm;
Potência Máxima – 5800 rpm;
Aceleração de 0 a 100 – 13,4 Segundos;
Velocidade máxima – 158 km/h;
Consumo: Cidade 8,9 km/l – Estrada 13,3 km/l;
Autonomia: Cidade 418,3 km – Estrada 625,1 km;
Porta malas – 424 Litros;
Carga útil – 500 kg;
Tanque de combustível – 47 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 113.365,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.