Gol carro quadrado: As longarinas realmente quebram ou não? Em primeiro lugar devemos entender o que são longarinas e qual a sua função.
Longarina, são as chamadas colunas estruturais de um veículo, posicionadas por baixo da lataria, fazendo parte de todo o bloco ou carroceria.
Posicionadas na vertical e horizontal em diferentes pontos do veículo. Tem a função de suportar toda a estrutura do carro, assim como seus componentes como o conjunto propulsor.
Também servem como área de segurança em caso de um impacto, exercendo o efeito sanfona, minimizando ao máximo a energia gerada no momento de uma colisão, para proteger seus ocupantes.
Mas o Gol carro quadrado, além dos irmão VW Voyage, Saveiro e Parati, realmente apresentavam esse problema com frequência?
Para entender melhor, algumas variáveis devem ser levadas em conta. A linha BX Volkswagen foi desenvolvida no Brasil no final da década de 1970, e chegou as concessionárias em 1980.
Mas a tecnologia empregada no projeto, era do início da década de 1970, trazida da Alemanha, a mesma utilizada nos modelos VW Golf e Polo de 1973/74.
Para os padrões do Brasil, até a geração BX ser descontinuada na segunda metade da década da década de 1990, ainda era considerada atualizada e equilibrada para os padrões da época.
O grande problema, foi que a marca levou o projeto BX ao seu limite, com os potentes motores AP 2.0 injetados, os carros suportavam o tranco dos valentes motores e dos câmbios muito elásticos, mas….
Após alguns anos de uso, com o carro sendo submetido a diferentes situações e terrenos acidentados, e unidades onde o proprietário costumeiramente realizava viagens, com 5 adultos e o porta malas cheio, os casos de longarinas trincadas ou quebradas começaram a fica evidentes.
Outros fatores também contribuíam para o problema de trincas e quebras. Veículos ainda na garantia, ou já no estado de seminovo ou usado, que sofriam colisões mais significativas, e não eram avaliados pelas seguradoras como perda total. Gerava outro problema.
Substituir as longarinas danificadas não era uma tarefa nada fácil e barata, em muitos casos acabava não compensando. Então a solução era recuperar as partes afetadas, procedimento que era um erro fatal.
Longarinas recuperadas por meio de prensas ou robôs, acabam gerando micro trincas, que com o uso do carro no dia a dia tendem a aumentar de tamanho, resultando em quebras, ou deixando os ocupantes vulneráveis em caso de colisão.
No caso de recuperação, por meio de aquecimento por forno ou qualquer outro processo térmico, faz com que o metal perca suas principais propriedades, se tornando vulnerável, e resultando em novas trincas ou fraturas repentinas.
O correto é substituir as longarinas afetadas por novas. Mas isso requer um procedimento técnico muito delicado e que envolva profissionais realmente quallificados.
Hoje para os amantes de veículos customizados ou transformados, fica a dica. Antes de transformar seu motor em uma usina de força, independente da marca ou modelo do carro. É sempre bom uma avaliação por parte de um profissional, para certificar se a estrutura do carro comporta tenta força.
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