Após 16 anos o Gol Quadrados se despede do mercado, do pacato motor 1300 refrigerado a ar, ao potente GTi 2.0 uma ideia que definitivamente deu certo
Nascido como o tradicional Volkswagen pé de boi, sem instrumentos de luxo, um visual discreto e um motor apático, o 1300 refrigerado a ar, que conseguia ser mais deficiente com dois carburadores e combustível a álcool, mesmo em meio a tropeços em seu lançamento, ele deu a volta por cima e se tornou o hatch compacto mais eficiente do Brasil, durante as décadas de 1980 e 1990, finalizando sua saga como Gol 1000 96.
Em 1980 nasceu tropeçando na ultrapassada tecnologia Volkswagen de motores refrigerados a ar, mesmo assim com um público ainda fiel aos motores VW 1600, o Gol Quadrado atingiu picos de vendas entre 1981 e 1982 utilizando o motor a gasolina 1600 o mesmo dos modelos Brasília e Variant.
Em 1983 com a chegada do Fiat Uno, e com o novo visual e upgrade nos motores do Chevette Hatch, a filial no Brasil solicitou a matriz na Alemanha, o lançamento da versão esportiva o Gol GT 1.8, que logo de cara foi negada, com o fracasso dos esportivos SP2, TL Esport e Karmann Ghia, a montadora torceu o nariz, mas entre mortos e feridos o Gol GT 1.8 saiu do forno em 1984, e foi sucesso absoluto, do apático Gol 1300 ao poderoso GT 1.8, nasce uma verdadeira lenda.
1980 a 1983 – Motores 1300 e 1600 refrigerados a ar.
1984 Motor MD 270 1.8 com câmbio 4 marchas para a versão esportiva GT.
1985 o Gol GT 1.8 ganha a primeira versão nacional do Motor AP 1.8.
1985 as versões intermediárias S e LS, passam a ser equipadas com motor MD – 270 1.6 refrigerados a ar, com câmbio 4 marchas e opcional para 5 marchas.
1986 as versões intermediárias S e LS ganham os famosos motores AP 1.6, e também é o último ano de produção do Gol BX com motor 1600 refrigerado a ar.
Entre os anos de 1987 e 1994 a versão carburada esportiva o Gol GTS 1.8S, marcou história com um visual esportivo e um excelente desempenho.
Em 1989 chega ao mercado o primeiro carro nacional com injeção multiponto o Gol GTi 2.0.
O Gol ainda chegou a ser equipado com motores Ford CHT 1.6 e 1.0, durante a parceria FordWagen entre 1989 e 1996.
Na história da industria automobilística nacional, nenhum modelo conseguiu ter um conjunto carroceria e chassi, que abrigasse durante tantos anos, uma diversidades de motores e versões, do pacato 1300 a álcool ao nervoso e equilibrado Gol GTi 2.0 e finalizando sua jornada com o motor Ford CHT 1.0.
Desempenho – Gol 1000 96 carros antigos
Motor 1.0 CHT rebatizado de AE, cumpria seu papel como um modelo popular 1.0 carburado, de desempenho bastante modesto, entregava simpáticos 50 CV de força, ia de 0 a 100 em 20 segundos e velocidade final de 137 KM/h.
O câmbio 5 marchas, era macio e de engates precisos, o problema era que mesmo com a quinta marcha engatada, o carro a 100 KM/h pedia alguns cavalinhos a mais.
O conjunto do projeto, ainda eram considerados atualizado para a época, muito eficiente em curvas de alta e em retas, se mantinha bastante estável.
Acabamento Externo
Frene de lentes retangulares, mudança realizada em 1991, para atender legislações de outros países no setor de exportação do Gol;
Grade de ar de plástico com frisos na horizontal;
Para – choques envolventes de plástico na cor grafite;
Rodas de aço 145/80 R13, família BX;
Retrovisores panorâmicos, com ajuste manual;
Maçanetas na cor preto;
Lanternas traseiras tricolor, bonitas e muito eficientes;
Limpador de vidro traseiro;
Logo “Gol 1000” na tampa do porta malas.
Acabamento Interno
Painel satélite, com mostradores básicos;
Volante espumado de dois raios;
Ventilador de três velocidades;
Ar-quente;
Acendedor de cigarros;
Cinzeiro;
Acionamento dos manual basculante;
Acabamento de bancos e portas em tecido plástico;
Encosto de cabeça com regulagem, apenas nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico dos vidros traseiros – Opcional;
Ficha Técnica – Gol 1000 96
Carroceria – Hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – AE 1.0;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 50 cv;
Peso Torque – 121,9 kg/kgfm;
Cilindrada – 997 cm³;
Torque máximo – 7,3 kgfm a 3500 rpm;
Potência Máxima – 5800 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 890 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 3810 mm;
Distância entre-eixos – 2358 mm;
Largura – 1601 mm;
Altura – 1350 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 20 Segundos;
Velocidade máxima – 137 km/h;
Consumo: Cidade 10,9 km/l – Estrada 14 km/l;
Autonomia: Cidade 512 km – Estrada 658 km;
Porta malas – 146 Litros;
Carga útil – 410 kg;
Tanque de combustível – 47 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 77.935,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Motor Tudo – Gol 1000 96
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Carros Clássicos Brasil – Gol Quadrado
Eu tenho um 1996 q não tem o retrovisor do lado direito original, mas não acho nada sobre isso pra entender melhor
Alguns itens que hoje consideramos básicos, na época eram opcionais, como: Limpador do vidro traseiro, desembaçador elétrico do vidro traseiro, calotas e retrovisor do lado direito.
Provavelmente a sua unidade, foi adquirida sem o retrovisor do lado do passageiro.
Comprei o meu primeiro carro , é um 95 , muito top , conservado , realizei meu sonho .
tive um 94, foi meu primeiro carro…economia acima de tudo: 14 km/l. além disso, nunca quebrava, só gastei com pneus e freios.
Vi algum tempo atras( cerca do ano 2015) um gol 1000 ano 96 bem conservado quecera usado pra uso diário. Muito bom