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Ford Escort europeu, o XR3i 1983 de 106 cv, que nunca chegou no Brasil

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Em 1983 chega ao Brasil o Ford Escort europeu, mas a montadora trouxe apenas metade do projeto, carroceria rodas e acabamento interno. Suspensão, motor e câmbio foram utilizados os mesmos do Corcel, herdado do projeto Renault 12 da década de 1960.

Enquanto na Europa em 1983 o Escort XR3 já era XR3i, equipado com injeção eletrônica Bosch K-Jetronic, motor Ford de 106 cv, e uma suspensão mais rígida e muito mais moderna que a utilizava por aqui, o nosso XR3 e toda a família Escort, amargava o bom e velho carburador que todo carro brasileiro utilizava, ainda equipado com o velho motor Renaul 12 que ganhou um novo upgrade, foi montado na posição transversal e rebatizado de CHT.

Outra questão que retrata muito bem a diferença de países de primeiro mundo, para países de terceiro mundo como o Brasil, era o poder aquisitivo. Nos principais países europeus como Alemanha, Itália e Inglaterra, o XR3i com toda sua tecnologia e equilíbrio, era posicionado como um esportivo compacto de baixo custo, como o VW Golf, a unidade zero km estava ao alcance da classe trabalhadora.

Já o XR3 aqui no Brasil era posicionado como um modelo médio de alto custo, apenas ao alcance da classe alta. Para ter uma ideia, o peso no bolso de um modelo aqui no Brasil, era o equivalente ao peso econômico de um Porsche 911 na Europa. Se fosse um XR3 conversível brasileiro, que custava, duas vezes e meia ou três vezes o valor do modelo na carroceria convencional, o peso no bolso lá na Europa seria de uma Ferrari na versão de entrada.

O Ford Escort XR3i 1983, era equipado com o motor LR1 1.6 de 4 cilindros, com injeção eletrônica Bosch K-Jetronic de 106 cv a gasolina, torque máximo de 13,8 kgfm a 4800 rpm, com potência máxima de 6000 rpm, velocidade final real de 190 km/h e aceleração de 0 a 100 em 9,7 segundos. Já o modelo brasileiro entregava no Álcool 81,7 cv, Torque máximo – 12,2 kgfm a 4000 rpm, velocidade final real de 163,6 km/h, aceleração de 0 a 100 em 13,3 segundos.

Quanto ao equilíbrio, também ficava muito evidente a diferença do Ford Escort europeu para o brasileiro, o modelo comercializado no velho continente, era muito mais estável em curvas de alta e sem balanço em retas em altas velocidades. Já o XR3 brasileiro por ter uma suspensão desatualizada e muito macia, herdada da família Corcel/Del Rey, tinha tendências em sair de traseira em curvas de alta, e sofria do chamado efeito flutuante, em retas, em altas velocidades, com balanços repentinos.

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