Ele chegou em 1993 com uma estrutura moderna, um visual bastante atraente, recheado de equipamentos a preço de modelo compacto, seu sucesso foi imediato, e se tornou o carro importa mais emplacado do Brasil, mas…..
Não bastava ter se tornado o carro importado mais emplacado, em janeiro de 1995, o Fiat Tipo assumiu o topo de carro mais vendido em solo brasileiro, ao lado do badalado VW Gol. O médio da Fiat, mesmo nas versões mais básicas, vinha recheado de equipamentos de série; controle elétrico dos vidros dianteiros, travas elétricas nas portas, direção hidráulica, banco do motorista com ajuste lombar, banco traseiro rebatível bipartido e ajuste de altura do volante, e um ótimo pacote de opcionais; como ar-condicionado e teto solar.
A unidade aqui da matéria o Fiat Tipo 2.0ie 16V 1995, importado, que alcançava velocidade final real de 206,7 km/h, e aceleração de 0 a 100 em 9,8 segundos, com um torque de 18,4 kgfm a 4500 rpm, com um visual mais esportivo, com bancos na cor cinza com detalhes em azul e vermelho, e na parte externa, um fino friso vermelho nos para-choques, além das rodas de liga-leve, a versão também oferecia, uma enorme lista de equipamentos de segurança e conforto de série.
Mas o projeto Fiat Tipo, teve dois tropeços que mancharam a imagem do carro, o primeiro foi com as primeira unidades importadas, entre 1993 e 1994, que deixaram a desejar quanto ao desempenho, um hatch de médio porte que na versão 1.6 com injeção monoponto, que chegava no máximo a 160 km/h, com aceleração de 0 a 100 em modestos 15 segundos, números da montadora e dos testes das revistas automotivas da época. Outro problema eram os freios, que tinham um espaço de frenagem maior do que se esperava.
O segundo tropeço foi no início da produção no Brasil, na fábrica de Betim MG, os constantes incêndios em unidades zero km, que se iniciava no tubo convergedor de ar quente do motor ou na direção hidráulica, o fluido vazava e pingava no início do escapamento, dando origem aos incêndios.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma ótima estabilidade, aos moldes do irmão Fiat Uno, tinha uma ótima aerodinâmica e uma suspensão mais rígida.
Motor – Era o eficiente e robusto, Fiat 2.0 16v de 137 cv, com aceleração de 0 a 100 de 9,8 segundos, mas como toda nova tecnologia, precisava das manutenções preventiva e corretiva em dia.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era um dos melhores do mercado, a família Tipo/Tempra foram os primeiros modelos ítalo-mineiro a sepultar a má fama da transmissão, com engates macios e precisos.
Retomadas e ultrapassagens – Um carro rápido, preciso nas acelerações, era seguro e eficiente.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros e 16v a gasolina de um carro de médio porte, fazer 9,5 km/l na cidade, era considerado dentro dos padrões para a época, ficha técnica completa no final da matéria.
Acabamento Externo
Faróis – Retangulares de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor grafite, com um fino friso vermelho, dando um visual mais esportivo;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Em lâminas na horizontal na cor da carroceria;
Retrovisores Externos – Panorâmicos, com controle elétrico interno;
Frisos – Emborrachados em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – Rodas de liga-leve 195/60 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Tipo 2.0ie” Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor fumê com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Opcional;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular + Check control;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de quatro raios estilo executivo;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Analógico;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Cinto de segurança de três pontos para dois passageiros, banco rebatível, bipartido;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Fiat Tipo 2.0ie 16V 1995
Carroceria – Hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – 2.0i;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 4;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 137 cv;
Peso Torque – 66 kg/kgfm;
Cilindrada – 1995 cm³;
Torque máximo – 18,4 kgfm a 4500 rpm;
Potência Máxima – 6000 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras;
Peso – 1215 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Independente, braço semi-arrastado – Mola helicoidal;
Comprimento – 3958 mm;
Distância entre-eixos – 2540 mm;
Largura – 1700 mm;
Altura – 1445 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 9,8 Segundos;
Velocidade máxima – 206,7 km/h;
Consumo: Cidade 9,5 km/l – Estrada 13,4 km/l;
Autonomia: Cidade 523 km – Estrada 737 km;
Porta malas – 246 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 55 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 84.721,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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