Durante a grande batalha dos médios de luxo na década de 1980 a Fiat ficou de fora, mas logo no início da década de 1990 a montadora italiana desembarca no Brasil o Fiat Tempra, muito eficiente mas pouco compreendido
O novo sedã médio abriu uma nova era para a Fiat no Brasil, foi o primeiro modelo com o câmbio a altura dos modelos Volkswagen e Chevrolet, no quesito engates precisos e conforto.
O Tempra também foi o primeiro nacional multiválvulas, tecnologia que causou confusão na cabeça de quem não estudou a fundo a nova e eficiente tecnologia.
A versão Fiat Tempra Ouro 2.0 16V 95, foi um modelo muito rápido 192 km/h de velocidade final, e trazia um grande número de equipamentos de segurança e conforto, como, freios a disco nas 4 rodas com sistema ABS, injeção sequencial multiponto, computador de bordo + check control, vidros antiesmagamento entre outros.
O ponto negativo ficava para o custo de compra e manutenção, apesar de ser um carro de médio porte e produzido em solo brasileiro, era um modelo de alto custo, o primeiro e principal motivo, eram as vendas que entre os anos de 1991 e 1995 estiveram em alta, a tecnologia também foi um fator que influenciou.
O Fiat Tempra unidade seminova
Foi um dos fatores que deixou a cabeça de muita gente confusa. O carro era um modelo de alto custo, com uma tecnologia inovadora e complexa.
Muitos compravam unidades com três ou 4 anos de uso, e não se atentavam que as manutenções preventivas deveriam estar 100% em dia, e que geraria um custo bastante significativo para o Bolso.
Alguns poucos proprietários de unidades seminovas menos atentos, acostumados com modelos carburados de 8V. E em muitos casos, sem condições financeiras para as manutenções que eram de alto custo. Até alguns mecânicos despreparados, preferiram culpar a nova tecnologia por não conseguirem manter em dia o bom funcionamento do veículo.
Desempenho
Estabilidade – A Fiat pecou na distribuição de peso, a frente do carro era muito pesada e fazia com que o Tempra em curvas de alta saísse de frente, em velocidades acima de 150 Km/h criava o chamado efeito flutuante, quando a traseira fica muito leve e o carro perde o ponto de equilíbrio, fazendo com que o motorista fique mais atento ao volante. Nitidamente precisava de um controle eletrônico de estabilidade e de tração.
Motor – Era o eficiente e robusto, Fiat 2.0 16v de 127 cv, com aceleração de 0 a 100 de 10,2 segundos, mas como toda nova tecnologia, precisava das manutenções em dia.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era um dos melhores do mercado, o Tempra foi o primeiro modelo ítalo-mineiro a sepultar a má fama da transmissão, com engates macios e precisos.
Retomadas e ultrapassagens – Um carro rápido, preciso nas acelerações, era seguro e eficiente.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros e 16v a gasolina de um carro de médio porte, fazer 8,8 km/l na cidade, era considerado dentro dos padrões para a época, ficha técnica completa no final da matéria.
Acabamento Externo
Faróis – Retangulares levemente chanfrados nas extremidades de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor grafite;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Em lâminas na horizontal na cor da carroceria;
Retrovisores Externos – Panorâmicos, com controle elétrico interno;
Frisos – Emborrachados em toda a extensão lateral do carro, com o logo “2.0 16V”;
Rodas – Rodas de liga-leve 195/60 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Tempra 16v” Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular + computador de bordo + Check control;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de quatro raios estilo executivo;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico nas quatro portas;
Sistema de travamento das portas – Elétrico central;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Com encosto de cabeça com regulagem de altura, apoio para o braço e cinto de segurança de três pontos para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para quatro passageiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Fiat Tempra 2.0i 16V 1995
Carroceria – Sedã;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – 2.0i;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 4;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 127 cv;
Peso Torque – 69 kg/kgfm;
Cilindrada – 1995 cm³;
Torque máximo – 18,4 kgfm a 4750 rpm;
Potência Máxima – 5750 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – ABS – Disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras;
Peso – 1270 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Comprimento – 4354 mm;
Distância entre-eixos – 2543 mm;
Largura – 1702 mm;
Altura – 1457 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 10,2 Segundos;
Velocidade máxima – 192 km/h;
Consumo: Cidade 8,8 km/l – Estrada 12,9 km/l;
Autonomia: Cidade 616 km – Estrada 903 km;
Porta malas – 413 Litros;
Carga útil – 400 kg;
Tanque de combustível – 70 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 232.133,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.