A fera da Dodge Chrysler no Brasil, naturalmente impunha respeito, mas na cor preto com detalhes dourados, completava seu jeitão de Bad Boy
Durante a década de 1970 chegar em uma roda de amigos dirigindo um Dodge Charger R/T V8 1976, na cor preto e dourado, causava um verdadeiro frisson, nos dias de hoje quase 50 anos depois, com certeza a sensação é a mesma.
O Bad Boy V8 mesmo nos dias de hoje ainda causa espantos nas ruas. Foi de esportivo badalado e glamoroso, a sinônimo de sucata durante a década de 1980, era encontrado em desmanches e terrenos baldios, hoje um verdadeiro Muscle Car, extremamente desejado e colecionável.
Os esportivos das décadas de 1980 e 1990, com seus motores 1.6, 1.8 e 2.0, principalmente os modelos Chevrolet, Volkswagen e Fiat, eram bastante equilibrados e fáceis de dirigir, além dos modelos atuais que contam até controle de tração, estabilidade e freios ABS, assim fica muito fácil entrar em uma curva.
O Dodge Cherger R/T V8, tinha uma suspensão macia, uma direção hidráulica não muito precisa, e um monstro V8 Carburado, que entregava mais de 215 cv de força bruta, esse sim, era carro para macho de verdade, encarar uma curva de alta com piso molhado, e quando você pisa no freio no meio da curva, tem que mostrar muita coordenação motora e força, para segurar todo o peso da carroceria.
Desempenho
O poderoso motor Dodge LA 318 – 5.2 V8, conseguia deixar o carro ágil e gostoso de dirigir, era um verdadeiro navegador silencioso, indo de 0 a 100 em ótimos 9,5 Segundos, e velocidade final de 180 km/h, bons números um modelo esportivo na década de 1970.
Na cidade quase dava para esquecer que estava dirigindo um carro com com mais de 5 metros, era ágil e muito macio.
Na estrada era preciso em retomadas e muito seguro em ultrapassagens, mas em curvas de alta era bom ficar atento, suspensão macia + direção hidráulica pouco precisa + muita potência, você poderia acabar vendo o mundo girar.
Os ponto negativo ficava para o consumo, o carro era um beberrão compulsivo, se estivesse muito bem regulado, e com as manutenções em dia, fazia no máximo 5 km/l na cidade, mas existem registros de modelos seminovos nos anos 1970 que chegavam a fazer 2 km/l na cidade.
A versão Dodge Charge R/T V8 1976, já era equipado com sistema de freios com disco ventilado nas rodas dianteiras, deixando para trás a falta de equilíbrio e pouca eficiência nas frenagens.
Acabamento Externo
Frente com grade de ar do motor bipartida, com faróis duplos de lentes redondos, boleadas e seta no meio.
Largos para – choques em aço carbono cromados.
Entradas de ar, nas extremidades do capô.
Faixa adesiva dourada, em toda a extensão lateral do carro, com o logo ” Charge R/T”.
Teto em vinil preto.
Maçanetas cromadas.
Rodas de aço pretas e com detalhes na cor prata, tradicionais Dodge R/T.
Retrovisor redondo, cromado, muito pequeno para um carro tão grande e com tanta potência.
Lanterna traseira bicolor com luz de ré.
Logo “Charge R/T” na tampa do porta – malas.
Acabamento Interno
Painel com acabamento em madeira estilo mogno.
Mostradores em escala circular + conta – giros.
Volante esportivo de três raios, em couro costurado a mão.
Ventilador de três velocidades.
Ar – quente.
Ar – condicionado.
Rádio AM.
Console da alavanca do câmbio de marchas em madeira.
Acendedor de cigarros e cinzeiro embutidos no painel, nas portas cinzeiros cromados.
Acionamento dos vidros manual basculante.
Ajuste interno mecânico do retrovisor, um verdadeiro luxo para a época.
Acabamento dos bancos e portas em couro, com encosto de cabeça embutidos.
Assoalho acarpetado.
Porta – malas com forração em feltro preto.
Ficha Técnica – Dodge Charger R/T V8 1976
Carroceria Cupé.
Porte Grande.
2 portas.
Motor LA 318 – 5.2.
Cilindros 8 em V.
Longitudinal.
Tuchos Hidráulicos.
Tração Traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador.
Direção Hidráulica.
Câmbio manual de 4 marchas.
Embreagem monodisco a seco.
Freios a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras.
Peso 1525 kg;
Potência 215 cv.
42,9 kgfm a 2400 rpm.
Potência Máxima 4400 rpm.
De 0 a 100 – 9,5 Segundos.
Velocidade máxima 180 km/h.
Consumo na Cidade 5 km/l – Estrada 8 km/l.
Autonomia: Cidade 310 km – Estrada 496 km.
Porta malas 436 Litros.
Carga útil 400 kg.
Tanque de combustível 62 Litros.
Valor atualizado Aproximado – R$ 347.078,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Carros antigos – Dodge
Demais o magnifico Dodge Charger R/T. Conheci duas lojas de carros clássicos, pela internet. Os carros e os preços são de chorar, os primeiros pela beleza e esmero de proprietários em restaurar e por vezes, adaptar motores modernos e bancos atuais, além de outros detalhes, já os segundos, porque são acessíveis apenas para quem tem muito dinheiro. Se puder publicar aqui, são a GT40 e a Zaffira Multimarcas, a segunda localizada em Santo André – SP, onde moro. Trata-se de um negócio que movimenta muito dinheiro. Sonho, há muito em ter um carro clássico.