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Carro democrata um nacional que nunca chegou as ruas

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Uma montadora brasileira a IBAP, Industria brasileira de Automóveis presidente, que até hoje guarda um grande mistério. Vitima de conspiração ou má administração?

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Um empresário com grandes projetos para um industria automobilística brasileira, na década de 1960, Nelson Fernandes, idealizou e projetou um carro de grande porte com motor V6 5.2 de dupla carburação, tudo desenvolvido, projeto e fabricado aqui no Brasil, o carro tinha linhas bastante semelhantes ao americano, Chevrolet Corvair, a ideia era se igualar ao número de unidades produzidas por dia pela Volkswagen, que era de 350 unidades por dia.

Todo o conjunto do carro, carroceria, chassi, motor e câmbio, foram muito bem nascidos, os 5 protótipos que saíram da fábrica eram eficientes e equilibrados, o projeto também contava com pouco mais de 90.000 investidores brasileiros, entre empresários nacionais de baixo, médio e alto escalão, além de 120 funcionários que também tinham fatias do projeto.

Com tudo para dar certo, o que saiu de errado?

A história de tantos tropeços e irregularidades encontradas, no Carro Democrata e na montadora ibap Democrata, que deixaria até os produtores de filmes Hollywoodiano, com dificuldade de acreditar em qual lado era o honesto.

De um lado o Governo Federal do presidente em exercício João Goulart do PTB, que foi de 1961 a 1964, junto com a montadora Volkswagen, época em que a IBAP iniciou seus projetos, do outro lado o empresário Nelson Fernandes e seus investidores, que em dado momento chegou até a comprar a FNM Fábrica Nacional de Motores para dar continuidade aos seus projetos.

O Governo Federal, junto com a polícia Federa da época, com o apoio de parte da impressa, encontraram tantas irregularidades e aparentes tentativas de golpes, que fizeram o público pensar em uma real conspiração para não existir uma industria automobilística realmente brasileira.

As peças para montar as máquinas da linha de montagem que vinham da Itália, foram barradas e bloqueadas nos portos de Santos e Rio de Janeiro, segundo as investigações da época a contabilidade da empresa não tinha se quer caderno de registro financeiro, a IBAP sofre devassas em suas contas pelo Banco Central, e até uma CPI foi instaurada em Brasília, para verificar as reais intenções e investimentos da nova montadora.

O curioso é que como acontece no Brasil, as provas reais contra o projeto nunca apareceram, mas diante de tanto obstáculo, a ideia da primeira montadora em série brasileira sucumbiu.

Não podemos afirmar se foi uma conspiração de montadoras estrangeiras e Governo Federal, ou se realmente houve alguma irregularidade administrativa levando ao fechamento da empresa, o que podemos afirmar de verdade, é que quando uma montadora estrangeira vem se instalar em solo brasileiro, recebem décadas de isenção de impostos, facilidades e até empréstimos que saem do bolso do povo.

O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.joi

1 comentário em “Carro democrata um nacional que nunca chegou as ruas”

  1. Um pequeno adendo se permitir.
    Os blocos v6 eram usinados pela Alfa Romeo que viria a se chamar FNM, durante o (posterior) governo militar.

    Se os cadernos de especificações (motor, câmbio, suspensão e etc.) eram de autoria brasileira ou italiana, é difícil precisar, provavelmente, de ambos.

    Mas de fato, esse belo sedan, Presidente (e a Ibap), não estava agradando ás montadoras recém-instaladas (dez anos antes, desde a Isetta/Romi) multinacionais, note-se que outro protótipo genuinamente brasileiro não teve vida longa, a saber, o Uirapuru (depois clonado em Londres, pela Jensen, em 1969) de 6 cilindros.

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