O VW Brasília 1973, chegou para ser mais um produto do catálogo da família VW 1600, um hatch compacto, que utilizava a mesma plataforma VW refrigerada a ar dos modelos 1600, com pequenas mudanças. Mas ao contrário de seus irmãos, VW Variant, VW Zé do caixão e VW TL, que eram projetos vindos da Alemanha derivados de Typ3, o novo modelo foi desenvolvido por brasileiros, nasceu no recém criado departamento de estilo na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).
Após o sucesso do SP1 e Sp2 desenvolvidos em solo brasileiro, a montadora precisava lançar um novo produto, para ser uma opção acima do VW Fusca, mais espaçoso e com um desenho mais moderno. Já sabendo que a concorrente Chevrolet traria para ao Brasil a 3ª geração do Opel Kadett, o Chevrolet Chevette.
O novo projeto foi batizado de 102, e em uma homenagem literalmente política, a capital brasileira, nasce o nome Brasília, com uma carroceria 100% barsileria desde o desenho, projeto e produção, com linhas mais retas que de seus irmãos produzidos por aqui. O modelo no primeiro ano encantou os fãs da Volkswagen.
O VW Brasília 1973, emplacou 34.320 unidades, já no segundo ano em 1974 houve um aumento de quase 150% nas vendas com 82.893 unidades comercializadas, o maior pico de vendas foi em 1979 com 150.614 veículos vendidos., mesmo ano que a montadora já preparava o projeto BX “VW” Gol”.
Ainda em 1973 a montadora aqui no Brasil, enviava para o México peças, e na fábrica mexicana de Puebla, o VW Brasília era montado. O sucesso por lá foi tão grade, que a matriz da Volkswagen na Alemanha, autorizou em 1974, a produção das peças em solo Mexicano, sendo assim o hatch compacto da Volkswagen, passa a ter produção simultânea com o Brasil.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto, do projeto, era relativamente eficiente, considerando a tecnologia da época. Em curvas de alta com o piso molhado era sempre bom o motorista ficar atendo a saídas de pista, mas em um país onde a grande maioria das vias eram de ruas estreitas de paralelepípedo, ou de chão batido, ele tinha a suspensão ideal.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1600, era de manutenção descomplicada e de baixo custo, mas em meses mais quentes, era necessário estar em dia com as manutenções de platinado e bobina.
Câmbio – O câmbio Volkswagen 4 marchas chegou ao início da década de 1970, com uma estrutura mais robusta e engates mais eficientes.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto da década de 1970, mas em pistas de mão dupla, coma carga máxima de peso, era sempre bom o motorista negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1600 de um modelo compacto, fazer, 8,9 km/l na cidade era uma ótima média, mais detalhes na ficha técnica.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos, de lentes duplas na horizontal;
Setas dianteiras – Embutidas no para-choque;
Para – choques – Cromados, em lâminas de aço carbono;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Entrada de ar forçado nos para-lamas traseiros;
Retrovisores Externos– Estilo raquete;
Frisos – Fino friso metálico em toda a extensão do rodapé do carro;
Rodas – Rodas de aço da família VW Brasília;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “VW Brasilia ” na tampa do motor;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil preto;
Volante – De dois raios, com meia lua cromada para acionamento da buzina, e brasão da montadora ao centro;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Opcional;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em courvin;
Acabamento das portas – Em courvin;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Emborrachado;
Porta-malas – Emborrachado;
Ficha Técnica – VW Brasília 1973
Carroceria – Hatch;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Volkswagen Boxer 1600;
Cilindros – 4 opostos horizontalmente;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 65 cv;
Peso Torque – 68,09 kg/kgfm;
Cilindrada – 1584 cm³;
Torque máximo – 13 kgfm a 3000 rpm;
Potência Máxima – 4600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 896 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braço arrastado – Barra de torção;
Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilantes – Barra de torção;
Comprimento – 4040 mm;
Distância entre-eixos – 2400 mm;
Largura – 1606 mm;
Altura – 1438 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 20,2 Segundos;
Velocidade máxima – 128 km/h;
Consumo: Cidade 8,9 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 409 km – Estrada 506 km;
Porta malas – 140 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 46 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 89.990,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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