O Ford Del Rey Ouro 1981, era a versão top de linha do recém chegado médio de luxo da montadora americana, que determinou uma nova ordem no mercado dos modelos de médio e grande porte no Brasil.
O sucesso foi tão grande em seu lançamento, que nem mesmo os fãs mais otimista da montadora, esperavam um resultado tão positivo. O carro em suas duas versões Ouro e Prata, causou um grande frisson até mesmo nos críticos da Ford. Seu visual atraente e moderno para a época, aliado a um acabamento simplesmente fantástico, fizeram tanto as vendas como os preços dispararem.
1981 foi um ano que marcou definitivamente o fim da era dos Mescle Cars aqui no Brasil, os poderosos V8 se despediram do mercado, e o remanescente motor 6 cilindros da família Opala, aderiu a uma nova realidade, menos força bruta e uma melhor relação força X consumo.
Voltando a falar do Ford Del Rey Ouro 1981, o modelo chegou a ficar tão valorizado, que entre os anos 1981 e 1982, uma unidade zero km alcançou preços fora da realidade. A versão top de linha com todos os opcionais, beirava o valor das versões intermediárias da família Opala, como o Comodoro de 6 cilindros, que era um modelo de grande porte.
Outra curiosidade ainda no ano de lançamento do Ford Del Rey, foram os valores determinados pelas asseguradoras. Entre os modelos médios e compacto, era o seguro mais caro do Brasil ao lado do VW Voyage. O motivo, era que os dois modelos passaram a ser os mais furtados em todo território nacional.
Movimentação de mercado
A chegada e o sucesso imediato do Ford Del Rey em 1981, fez com que as demais montadoras se mexessem, a Chevrolet desembarca no Brasil em 1982 o Opel Ascona, na versão hatch rebatizado de Chevrolet Monza, na sequência a carroceria sedã. A própria Ford percebendo a nova tendencia, traz para o nosso país a metade do Ford Escort, utilizou por aqui basicamente a estrutura do Ford Corcel, com o mesmo motor, mas montado na posição transversal e utilizando ignição eletrônica.
Desempenho
Estabilidade – Era um dos pontos fracos do modelo, a suspensão muito macia, dava ao carro muito conforto e uma ótima sensação de estar dentro de um navegador silencioso. Mas por outro lado, o modelo ficava instável em curvas de alta, e com 5 adultos os amortecedores alcançavam facilmente o ponto zero.
Motor – Utilizando o motor Cléon Fonte 1.6 de 69 cv na versão a álcool, deixava o Ford Del Rey um passo atrás de seus concorrentes em força e agilidade.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios, mas o engate da ré fazia muito barulho para um carro de luxo.
Retomadas e ultrapassagens – Com no máximo dois adultos, o conjunto motor e câmbio Cléon Fonte 1.6 era eficiente, mas com 4 adultos ou com carga máxima, perdia muito fôlego.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros e 69 cv, fazer 6,5 km/l estava dentro dos padrões para a época, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono cromados, e cantoneiras de plástico;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Com frisos na vertical;
Retrovisores Externos – Estilo satélite, com controle interno mecânico;
Frisos – Emborrachado com detalhes cromados em toda a extensão do carro;
Rodas – De aço tradicionais da família Del Rey/Corcel 185/70 R13;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “Del Rey”, Na tampa do porta-malas;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital no teto;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante – Opcional elétrico;
Sistema de travamento das portas – Mecânico – Opcional elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno mecânico – Opcional elétrico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em courvin;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com ajuste de altura nos bancos da frente;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Ford Del Rey Ouro 1981 – Na configuração com motor a álcool
Carroceria – Ford Sedã;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – Cléon Fonte 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Álcool;
Potência – 69 cv;
Peso Torque – 85,00 kg/kgfm;
Cilindrada – 1555 cm³;
Torque máximo – 12,4 kgfm a 2800 rpm;
Potência Máxima – 4800 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1054 kg;
Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Comprimento – 4498 mm;
Distância entre-eixos – 2438 mm;
Largura – 1676 mm;
Altura – 1345 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 21,6 Segundos;
Velocidade máxima – 139 km/h;
Consumo: Cidade 6,5 km/l – Estrada 10 km/l;
Autonomia: Cidade 370,5 km – Estrada 570 km;
Porta malas – 328 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 57 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 205.823,00 – Sem opcionais;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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