Ale foi apresentado no salão do carro em 1989, nas cidades de Santos e São Paulo. No final do mesmo ano iniciou as vendas em massa já como modelo 1990, o Apollo GLS 1991, era a versão intermediária da segunda fornada do médio FordWagen.
O modelo foi dividido em três versões, GL, GLS e a série especial “Vip”, que na prática trazia alguns poucos adereços e equipamentos que o diferenciavam. Todas as versões eram equipadas com o motor AP 1.8 montado na posição transversal, de 92 cv a gasolina, ou a álcool de 96 cv.
O carro era muito macio, confortável, gostoso de dirigir, rápido e econômico, fazendo ótimos, 10,3 km/l na cidade, além de um acabamento interno digno de um top de linha da Ford. A plataforma utilizada foi a da família Escort, mais especificamente de um Verona, e foi posicionado no mercado como um sedan médio abaixo do VW Santana e acima do compacto VW Voyage.
Mas o carro apesar de oferecer tantos atributos, como a versão, Apollo GLS 1991, o projeto teve vida curta, e os motivos foram vários, o principal era o público errado. A Volkswagen passou décadas oferecendo modelos pé de boi, com poucos equipamentos e luxo e conforto, mas carros resistentes que exigiam pouca manutenção.
O público da montadora alemão estranhou a suspensão muito macia, e a tendência de sair de traseira natural plataforma Ford Escort. Outro fator que encurtou a vida do Apollo, foi a chegada do Ford Versailles em 1991, um híbrido FordWagen, que utilizava a carroceria e toda a plataforma do VW Santana, mas com um acabamento muito requintado aos moldes do Del Rey Ghia.
O Volkswagen Voyage GLS 1.8, foi outra fator determinante, a versão top de linha do sedan compacto da Volkswagen, tinha um preço mais baixo, e mordeu uma boa fatia de mercado do híbrido Apollo.
O Volkswagen Apollo encerrou sua carreira em 1992, mas o luxo, conforto e a agilidade que oferecia, deixou seu nome gravado na mente de todos os fãs da Volkswagen e Ford, um carro muito bonito e interessante, hoje um colecionável que muitos querem ter em sua garagem.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto Ford, ainda sofria do chamado efeito flutuante, tendência em sair de traseira em curvas de alta, e balanços repentinos em retas em altas velocidades.
Motor – Utilizando o motor AP 1.8 de 92 cv, com torque máximo de 16,1 kgfm, era robusto e de manutenção descomplicada.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era de engates macios e precisos, mesmo em trocas mais rápidas de marcha, se mantinha eficiente.
Retomadas e ultrapassagens – O motor AP 1.8 tinha muito fôlego, era elástico e respondia rápido pedal do acelerador.
Consumo – Para um motor de 4 cilindros a gasolina de um carro de médio porte, fazer 10,3 km/l na cidade, era considerado econômico para os padrões da época.
Acabamento Externo
Faróis – Retangulares chanfrados nas extremidades de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor da carroceria, com friso emborrachado;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Embutida discretamente entre o para-choque e o capô;
Retrovisores Externos – Panorâmicos, com ajuste elétrico;
Frisos – Emborrachados em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – Rodas de liga-leve 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Apollo GLS” Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor fumê;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor preto e cinza;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Elétrico;
Acabamento dos bancos – Em fino tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Com encosto de cabeça para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para quatro passageiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Apollo GLS 1991
Carroceria – Sedã;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – AP 1.8;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 92 cv;
Peso Torque – 60,6 kg/kgfm;
Cilindrada – 1781 cm³;
Torque máximo – 16,1 kgfm a 2800 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples – Opcional para hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 975 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Comprimento – 4215 mm;
Distância entre-eixos – 2402 mm;
Largura – 1640 mm;
Altura – 1331 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 11 Segundos;
Velocidade máxima – 171 km/h;
Consumo: Cidade 10,3 km/l – Estrada 15,9 km/l;
Autonomia: Cidade 659 km – Estrada 1018 km;
Porta malas – 384 Litros;
Carga útil – 400 kg;
Tanque de combustível – 64 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 128.489,00 – Sem opcionais;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.