No final de 1977 já como modelo 1978, chega ao mercado a segunda geração do médio da Ford, a versão esportiva Corcel II GT 1978, se torna o carro nacional entre os médios e compactos, mais caro do Brasil ao lado do Passat TS.
Ainda não vivíamos a era do proálcool, alguns modelos como o próprio Ford Corcel, VW Passat e Dodge Polara, já faziam testes com o combustível derivado da cana de açúcar desde 1976, mas em 1978 a produção em massa no Brasil ainda eram de motores a gasolina.
No mesmo ano, a Ford trabalhava em toda a família Corcel II com o mesmo motor, o Cléon Fonte 1.4 de 72 cv, 12,7 kgfm a 3600 rpm, desde a versão de entrada Corcel standard, passando pela versão top de linha LDO até o esportivo Corcel II GT 1978. O curioso era que a versão Standard tinha uma carroceria mais leve, por utiliza menos equipamentos e pneus mais finos era o mais rápido entre todas as versões, superando a versão GT, em velocidade final e aceleração de 0 a 100.
Mas quem viveu a época, entende muito bem o frisson que o carro causava nas ruas. Ao chegar em uma concessionária você ficava impressionado com a beleza da carroceria, o bom gosto dos adereços esportivo e a qualidade do acabamento, era difícil não se apaixonar.
Sem o fôlego de um esportivo de época, com a carroceria mais pesada que de seu antecessor Corcel I GT, perdia em desempenho e equilíbrio, para seu principal concorrente o Passat TS. Mas compensava na economia de combustível e no status de carro de alto custo, que o modelo proporcionava ao proprietário na condição de zero km ou seminovo. Uma unidade zero km, não saía da concessionária por menos de R$ 182.980,00 em valores atualizados para o segundo semestre de 2021.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a suspensão muito macia, que por um lado, proporcionava muito conforto, deixava o carro instável em curvas de alta, com 5 adultos e porta malas cheio, a suspensão atingia seu ponto zero facilmente.
Motor – Utilizando o motor Cléon Fonte 1.4, de 72 cv brutos, aproximadamente 63 cv líquidos a gasolina, era confiável, e com um giro bastante estável em médias e baixas rotações, atendendo as expectativas do final da década de 1970 para um modelo de médio porte.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, tinha engates precisos e macios e exigia pouca manutenção, mas o barulho do engate da ré, tirava um pouco do conforto.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor com fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável. Mas com carga máxima, o carro perdia fôlego, então era bom negociar bem as ultrapassagens em estradas de mão dupla.
Consumo – Esse sempre foi um dos pontos fortes da família Ford Corcel, fazer 9,5 km/l na cidade com um motor 1.4, era uma grande virtude, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutida no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono, preto e cinza;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Em lâminas de plástico na horizontal na cor grafite;
Retrovisores Externos – Com ajuste manual;
Frisos – Não;
Rodas – De aço tradicionais a família corcel 185/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Corcel II GT”, na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Bicolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil;
Volante – Esportivo de três raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em courvin, com detalhes cromados;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Emborrachado;
Ficha Técnica – Corcel II GT 1978
Carroceria – Cupê;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – Ford Cléon Fonte 1.4;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 72 cv brutos, aproximadamente 63 cv líquidos;
Peso Torque – 83,8 kg/kgfm;
Cilindrada – 1372 cm³;
Torque máximo – 12,7 kgfm a 3600 rpm;
Potência Máxima – 5400 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 964 kg;
Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Comprimento – 4468 mm;
Distância entre-eixos – 2438 mm;
Largura – 1659 mm;
Altura – 1351 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 17,2 Segundos;
Velocidade máxima – 146 km/h;
Consumo: Cidade 8,5 km/l – Estrada 13,9 km/l;
Autonomia: Cidade 485 km – Estrada 792 km;
Porta malas – 380 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 57 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 182.980,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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