O Land Rover Defender 1998, foi o modelo que chegou para enfrentar o desafio que até o início da década de 1990, era exclusividade do utilitário produzido em série aqui no Brasil, o Toyota Bandeirante.
No final da década de 1980, com a expansão de linhas de dutos e estações de bombeamento da estatal Petrobras, e a ampliação e construção de hidrelétricas, eram em áreas extremamente remotas, gigantescos atoleiros, mata fechada, situações que somente um veículo com DNA Off-Road suportaria.
Com a falta de opções no mercado, as estatais optavam pelo Toyota Bandeirante 4X4, que por sinal cumpria muito bem o seu papel. Mas pela lei das licitações em empresas federais, não pode haver apenas um fornecedor por determinado período de tempo. Então a solução foi comprar Ford F-1000 4X4 e Chevrolet D-20 4X4, um erro fatal.
Tanto o modelo Ford como Chevrolet, foram desenvolvidos para regiões rurais e urbanas, ao se depararem com regiões como a estação de bombeamento Petrobras na floresta amazônica, ambos os modelos no trabalho do dia a dia, tinham a suspensão desprendida do bloco, e a cabine acabava se soltando em 6 meses de uso.
Em conversa com um engenheiro da Petrobras, que trabalhou na região amazônica na década de 1980, ele me relatou que, presenciou enormes cemitérios de F-1000 e D-20, seminovos, totalmente destruídos, por exaustão ao serviço nos gigantescos atoleiros.
Mas o Land Rover Defender 1998, chegou para fazer o trabalho sujo ao lado do Toyota Bandeirante, o modelo inglês, enfrentava os piores atoleiros possíveis, seguia firme e forte, sem abalos, além de oferecer conforto como ar-condicionado e direção hidráulica de série.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto, dava ao uma boa estabilidade, em estradas de chão batido, no asfalto cumpria bem o seu papel.
Motor – Utilizando o motor 300 TDi 2.5 Turbo Diesel, era eficiente na cidade, bastante confiável e ideal para atoleiros.
Câmbio – O câmbio manual de 5 marchas, era moderno e muito eficiente, principalmente para os padrões brasileiros.
Retomadas e ultrapassagens – Cumpria com seu papel para um utilitário Off-Road.
Consumo – Para um motor 2.5 a Diesel de 4 cilindros, fazer 7,2 km/l era considerado dentro dos padrões para a época, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis redondos de lentes boleadas, embutidos com recuo;
Setas dianteiras – Redondas embutidas ao lado dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono, com acoplamento de guincho motorizado e grade de ar externa;
Faróis de neblina – Não – Utiliza luzes de longo alcance, acopladas na grade frontal de proteção;
Grade de ar do motor – Em lâminas de aço na horizontal;
Retrovisores Externos – Com haste e ajuste manual;
Frisos – Não;
Rodas – De aço tradicionais da família Land Rover;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Land Rover”, na tampa do motor;
Lanterna Traseira – Em cor única, com luz traseira de neblina;
Bagageiro – Opcional;
Teto Solar – Sim;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com diversos mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em aço e couro;
Volante – Espumado, com acabamento em couro de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Analógico;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em tecido, opcional para couro;
Acabamento das portas – Em vinil;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Emborrachado – Opção para carpete;
Porta-malas – Emborrachado – Opção para carpete;
Acabamento do painel – Em aço na cor da carroceria;
Ficha Técnica – Land Rover Defender 1998
Carroceria – Land Rover Jipe;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – 300 TDi 2.5 Turbo Diesel;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Diesel;
Potência – 113 CV;
Peso Torque – 75,1 kg/kgfm;
Cilindrada – 2495 cm³;
Torque máximo – 27 kgfm a 1800 rpm;
Potência Máxima – 4000 rpm;
Tração – Integral permanente;
Alimentação – Injeção direta;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 marchas com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e disco rígido nas rodas traseiras;
Peso – 2028 kg;
Suspensão dianteira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Comprimento – 4599 mm;
Distância entre-eixos – 2794 mm;
Largura – 1790 mm;
Altura – 2035 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 20 Segundos;
Velocidade máxima – 129 km/h;
Consumo: Cidade 7,2 km/l – Estrada 8,9 km/l;
Autonomia: Cidade 576 km – Estrada 712 km;
Porta malas – N/D;
Carga útil – N/D;
Tanque de combustível – 80 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 572.952,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.