Mesmo com a nova geração da família Ford Escort, e com a chegada do Fiat Tipo, o modelo da Chevrolet ainda era o mais eficiente
No início da década de 1990, o mercado de carros no Brasil estava passando por uma fase de transição, as montadoras se programavam para receber os importados, e o público ainda se adaptava aos modelos que foram descontinuados entre 1989 e 1992. Enquanto isso a versão Kadett 92 SL/E era a melhor relação custo benefício dentro de seu segmento.
Em 1988/1989 o VW Passat quadrado, havia se despedido do mercado, juntamente com o Monza hatch, e a família Opala que daria adeus em 1992. No mesmo ano, a nova geração do Ford Escort também fazia sua estreia no Brasil, com um novo visual e com uma nova estrutura, mas ainda com os mesmos problemas de falta de equilíbrio e má distribuição de peso.
No ano de 1993 chegaria o hatch médio da montadora italiano, o Fiat Tipo, que mesmo apresentando um bom equilíbrio, e um desempenho de tirar o fôlego, trazia muitos defeitos estruturais, problemas no isolamento acústico, em muitas unidades foram constatadas problemas crônicos de infiltração, sem contar os pequenos incêndios na parte elétrica que deram ao carro o apelido de “Fiat Lux”, uma referência a marca de caixa de fósforos comercializada na época.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, era muito eficiente e equilibrado, o carro se comportava muito bem em curvas de alta, e em retas em velocidades acima de 150 km/h se mantinha estável sem balanços repentinos.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet Família II 1.8 de 98 CV, era rápido e muito confiável, em altas rotações tinha um torque bastante suave sem passar vibração para a carroceria.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, sem dúvida era um dos melhores do mercado, muito macio e de engates precisos.
Retomadas e ultrapassagens – Com um câmbio preciso e um motor com muito fôlego, aliado a uma estrutura bastante equilibrada, era seguro e muito eficiente.
Consumo – O kadett 92 como motor 1.8 e injeção monoponto, fazia 12,8 km/l na estrada, era considerado dentro dos padrões para a década de 1990, mas o ponto negativo ficava para o consumo acima do esperado para quem tinha o hábito de trocar as marchas acima de 3000 rpm, maiores detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Chanfrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto com os faróis;
Para – choques – Envolventes na cor preto, com um fino friso metálico;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De plástico, na cor grafite, com frisos na vertical e horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmicos, com ajuste elétrico interno;
Frisos – Emborrachados, com detalhe metálico em toda a extensão lateral do carro, e o logo “Kadett SL/E”;
Rodas – Rodas de liga – leve 175/70 R13;
Maçanetas – Embutidas nas portas na cor grafite;
Logo – “1.8 E.F.I”, na tampa do porta malas;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
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Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Digital, no centro do painel;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétricos;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Elétricos;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Rebatível;
Encosto de cabeça – Vazados, para dois passageiros nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
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Ficha Técnica – Kadett 92 SL/E 1.8
Carroceria – Hatch;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – Família II Chevrolet 1.8;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Peso Torque – 69,18 kg/kgfm;
Tração – Dianteira;
Combustível – Gasolina;
Alimentação – Injeção Monoponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades, alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1010 kg;
Comprimento – 3998 mm;
Distância entre-eixos – 2520 mm;
Potência – 98 CV;
Cilindrada – 1796 cm³;
Torque máximo – 14,6 kgfm a 3600 rpm;
Potência Máxima – 5800 rpm;
Aceleração de 0 a 100 – 12,3 Segundos;
Velocidade máxima – 167 km/h;
Consumo: Cidade 9,2 km/l – Estrada 12,8 km/l;
Autonomia: Cidade 432,4 km – Estrada 601,6 km;
Porta malas – 390 Litros;
Carga útil – 480 kg;
Tanque de combustível – 47 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 113.752,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.