No ano de 1975, o VW Brasília em todas as suas versões e configurações, foi o segundo carro mais vendido do país, emplacando 113.937 unidades.
No mesmo ano, com vendas em alta o VW Brasília recebe da montadora, poucas atualizações; lanternas traseiras passam a ter pisca vermelho, emblema traseiro “Brasília” perde o VW.
Bomba manual do lavador de para-brisa passa a ser fixada na caixa de roda ao invés de perto do piso, a grade de proteção do escapamento traseiro fica maior, e o pisca alerta intermitente passa a ser item normal de série, atendendo regulamentação do Contran.
O modelo ficou conhecido aqui no Brasil, como o carro de operário, no meio da década de 1970, a classe operária de médio e alto escalão, de petroquímicas, petrolíferas e siderurgicas, ganhavam salários bastante razoáveis, nos grandes centros e nas regiões industrializadas.
O carro preferido da classe, era o VW Brasília, tanto na unidade zero km, como no mercado dos seminovos.
Ainda em 1976, o modelo ganha dupla carburação de série e opcional para acabamento interno diferenciado, nas cores vermelho e marrom, no mesmo ano emplaca 133.833 unidades.
E inicia o processo de exportação para os países da Nigéria e Filipinas, rebatizado por lá como VW Igala e na carroceria 4 portas, que até então não era comercializada no Brasil.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, era relativamente eficiente, considerando a tecnologia da época. Em curvas de alta com o piso molhado era sempre bom o motorista ficar atendo a saídas de pista.
Mas em um país, onde a grande maioria das vias, eram de ruas estreitas de paralelepípedo ou de chão batido, ele tinha a suspensão ideal.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1600, era de manutenção descomplicada e de baixo custo, mas em meses mais quentes, era necessário estar em dia com as manutenções de platinado e bobina.
Câmbio – O câmbio do VW Brasília chegou ao final da década de 1970, com uma estrutura mais robusta e engates mais eficientes.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto da década de 1970, mas em pistas de mão dupla, coma carga máxima de peso, era sempre bom o motorista negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1600 de um modelo compacto, fazer, 8,9 km/l na cidade era uma ótima média, mais detalhes na ficha técnica.
Ficha Técnica
- Carroceria – Hatch;
- Porte – Compacto;
- Portas – 2;
- Motor – Volkswagen Boxer 1600;
- Cilindros – 4 opostos horizontalmente;
- Válvulas por cilindro – 2;
- Posição – Longitudinal;
- Combustível – Gasolina;
- Potência – 65 cv;
- Peso Torque – 68,09 kg/kgfm;
- Cilindrada – 1584 cm³;
- Torque máximo – 13 kgfm a 3000 rpm;
- Potência Máxima – 4600 rpm;
- Tração – Traseira;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 896 kg;
- Suspensão dianteira – Independente, braço arrastado – Barra de torção;
- Suspensão traseira – Independente semi-eixo oscilante – Barra de torção;
- Comprimento – 4040 mm;
- Distância entre-eixos – 2400 mm;
- Largura – 1606 mm;
- Altura – 1438 mm;
- Aceleração de 0 a 100 – 20,2 Segundos;
- Velocidade máxima – 128 km/h;
- Consumo: Cidade 8,9 km/l – Estrada 11 km/l;
- Autonomia: Cidade 409 km – Estrada 506 km;
- Porta malas – 140 Litros;
- Carga útil – Não informado;
- Tanque de combustível – 46 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 108.758,00;
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – interclassicos.com.br