O Gol GT 1.8 chegou ao mercado em 1984, e logo se tornou o compacto mais rápido e atualizado do Brasil, o sucesso foi tão grande que a montadora resolveu estender o projeto para o irmão sedã.
Mas criar a versão esportiva Voyage GT 1.8, iniciaria uma briga no quintal de casa com o irmão hatch, então a montadora resolveu dar um ar esporte fino a nova versão, nasce o Voyage Super 1.8 1986.
As diferenças começavam pela mecânica, com 4 cv a menos que o Gol GT, o Voyage Super vinha equipado também com câmbio 5 marchas e o motor AP 1.8 de 94 cv.
As cores eram mais leves, o sedã vinha na cor prata mais clara, já o hatch, na cor chumbo metálico, apenas o vermelho que era patrão paras os dois modelos.
O acabamento interno era basicamente o mesmo, com pequenas diferenças na forração dos bancos Recaro que receberam um visual estilo esporte fino na versão sedã, e a manopla da alavanca de câmbio que no Voyage tinha o mesmo formato da família VW Santana.
A montadora ainda disponibilizava como item de série o volante 4 bolas, uma novidade para a época, e como opcional rodas GT, que combinadas com um modelo vermelho, ficava com um visual muito próximo da versão esportiva do Gol.
O ponto negativo ficava para o preço, R$ 112.389,00 em moeda atualizada para o segundo semestre de 2020, sem opcionais, o valor ficava no mesmo patamar das versões intermediárias, do VW Santana e Chevrolet Monza.
O que torna o Voyage Super 1.8 extremamente raro, foi seu curto tempo de produção, apenas durante o ano de 1986, já em 1987 ganhou nova nomenclatura, Voyage GLS 1.8″, e um novo acabamento externo.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto, carroceria, chassi e suspensão, dava ao carro uma ótima estabilidade, mesmo sendo um projeto desenvolvido no final da década de 1970, ainda era considerado atualizado para a segunda metade da década de 1980.
Motor – Utilizando o motor VW AP 1.8 de 94 cv a álcool, era robusto e rápido, mas era mais lento que o irmão Gol GT, tanto em velocidade final como em aceleração de 0 a 100.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era de relações curtas dando ao carro um ar mais esportivo, os engates eram precisos e macios, mesmo em trocas rápidas ainda se mantinha eficiente.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor elástico com muito fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável.
Consumo – Para um esportivo compacto a álcool, fazer 6,8 km/l na cidade estava dentro do esperado, mais informações na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono pintados na cor da carroceria, e friso emborrachado na parte frontal;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Com frisos na horizontal na cor grafite;
Retrovisores Externos – Satélites com ajuste mecânico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão lateral do carro, com o logo “Super”;
Rodas – De aço 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Voyage 1.8”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor tradicionais da família Voyage quadrado;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala quadrada;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de 4 raios, estilo 4 bolas;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Digital no console da alavanca de marchas;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Manual;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno mecânico;
Acabamento dos bancos – Em fino tecido Recaro;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com regulagem de altura nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Voyage Super 1.8 1986
Carroceria – Sedã;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – AP 1.8;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Álcool;
Potência – 94 cv;
Peso Torque – 61,2 kg/kgfm;
Cilindrada – 1781 cm³;
Torque máximo – 15,2 kgfm a 3400 rpm;
Potência Máxima – 5000 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 930 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4083 mm;
Distância entre-eixos – 2358 mm;
Largura – 1601 mm;
Altura – 1349 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 11,4 Segundos;
Velocidade máxima – 166 km/h;
Consumo: Cidade 6,8 km/l – Estrada 9,7 km/l;
Autonomia: Cidade 374 km – Estrada 534 km;
Porta malas – 382 Litros;
Carga útil – 390 kg;
Tanque de combustível – 55 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 112.389,00 – Sem opcionais;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Vídeo Voyage Super 1.8 1986