Van Chevrolet Veraneio 1979, no auge da carreira, o rei dos serviços públicos, o SUV raiz da montadora americana atingiu seu auge em unidades emplacadas no final da década de 1970, com vendas modestas nas concessionárias, mas um campeão em vendas em grandes lotes direto da fábrica.
Como já citado em outras matérias do Motor Tudo, o modelo nasceu em 1964 em substituição ao lendário Chevrolet Amazona, mas em 1970 foi rebatizado de Chevrolet Veraneio. Talvez nem mesmo o mais otimista diretor ou engenheiro da montadora, tanto aqui no Brasil, como na matriz em Detroit nos Estados Unidos, poderiam imaginar que um utilitário de grande porte e de alto custo, em um país de terceiro mundo, pudesse fazer tanto sucesso.
Para quem não sabe, as unidades vendidas nas concessionárias direcionadas para o público pessoa física, tanto na versão Standard 4 cilindros que passou a ser oferecida a partir de 1976, como na versão Luxo de 6 cilindros, tinham algumas diferenças na carroceria, em relação as unidades direcionadas para serviços públicos.
Para Polícia Militar, Civil, Federal e Exército, além de ambulância, o modelo recebia reforço nos suportes de fixação do motor, câmbio e suspensão. Os impactos no dia a dia em ruas sem calçamento, e o uso estressante do veículo, 24h por dia na mão de diferentes funcionários, provocava trinca em alguns setores estruturais, caso não saísse de fábrica já devidamente preparado.
A unidade da matéria é do ano de 1979, ano que a primeira geração, recebeu seu último facelift, novo capô e nova grade de ar do motor de plástico. Exemplares Van Chevrolet Veraneio, produzidos entre os anos de 1964 e 1983, durante a década de 1990, já no mercado dos seminovos e usados, foram alvo de praticantes de camping.
Indivíduos apaixonados por cruzar estados brasileiros ou todo o país em longas viagens, muitas vezes sem destino, compravam unidades seminovas ou usadas e transformavam em verdadeiros mini Kitnets, com rodas e pneus maiores e mais largos, para dar um conforto maior em estradas de chão batido.
Mesmo com vendas em grandes lotes, realizadas todos os anos pela montadora, para o governo federal, também para todos os estados brasileiros e para a grande maioria das cidades do território nacional. Durante décadas, tanto da primeira geração quanto da segunda geração, a grande maioria das unidades se tornaram sucatas e se perderam com o tempo.
Mas ainda existem raras unidades disponíveis no mercado de carros clássicos, prontas para fazerem parte de um acervo. Os preços ficam na casa dos R$ 100.000,00. Os valores podem alcançar o patamar de R$ 200.000,00, conforme a porcentagem de originalidade e da política de comércio de cada colecionador e revendedor.
Ficha Técnica – Van Chevrolet Veraneio – ano 1979
Carroceria – GM SUV/Van antiga; Porte – Grande; Portas – 4; Motor – 4.3 Cód 261; Cilindros – 6 em linha; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Longitudinal; Combustível – Gasolina; Potência – 151 cv.
Peso Torque – 62,3 kg/kgfm; Cilindrada – 4278 cm³; Torque máximo – 32,1 kgfm a 2400 rpm; Potência Máxima – 3800 rpm; Tração – Traseira; Alimentação – Carburador; Direção – Simples – Opcional hidráulica; Câmbio – Manual com alavanca na coluna de direção.
Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a tambor nas 4 rodas; Peso – 2000 kg; Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal.
Comprimento – 5162 mm; Distância entre-eixos – 2920 mm; Largura – 1976 mm; Altura – 1730 mm; Aceleração de 0 a 100 – 18,3 Segundos; Velocidade máxima – 142 km/h; Consumo: Cidade 4,3 km/l – Estrada 5,8 km/l: Autonomia: Cidade 301 km – Estrada 406 km.
Porta malas – 1607 Litros; Carga útil – 500 kg; Tanque de combustível – 70 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 468.000,00 – Preço pessoa física; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
