Tempra vermelho o multiválvulas que entregava mais potência que o declarado pela montadora. A geração com o motor 2.0 16V desembarcou no Brasil em 1993, oficialmente a montadora declarava 127 cv (G), mas na Europa exatamente o mesmo carro com o mesmo motor entregava 145 cv.
Segundo um comunicado oficial da Fiat na época, o modelo teve a calibragem do motor redimensionada para a realidade brasileira. Em um país com estrada com limite de velocidade em média de 110 km/h, e sem as famosas vias de alto desempenho como as europeias, perderia o sentido um modelo de produção em massa com 145 cv e velocidade final de quase 250 km/h.
Mas em testes de algumas revistas automotivas da época, o desempenho do carro acabou sendo acima do declarado pela fábrica, o Tempra ultrapassou os 198 km/h declarado na ficha técnica, e acelerou de 0 a 100 em 9,5 segundos, ao invés dos, 10,2 segundos declarados oficialmente.
Para muito jornalistas e engenheiros da época, que testaram o carro, na prática o Tempra 2.0 16V entregava ao menos 135 cv, com um torque acima dos 18,4 kgfm a 4750 rpm declarados. Essa política das montadoras, de declarar números de desempenho abaixo nas fichas técnicas, acontece desde a década de 1980, quando a Volkswagen e Chevrolet declaravam em seus motores 1.8 (A) 99 cv, mas na prática entregavam entre 107 cv e 110 cv.
As montadoras utilizavam essa prática para fugir de diferentes impostos federais e estaduais, quanto maior a potência declarada, maior eram os impostos. Outro bom exemplo, foram os modelos populares 1.0 produzidos entre os anos de 2000 e 2005, Volkswagen Gol e do Chevrolet Corsa com os motores 1.0 16V, nitidamente entregavam mais potência.
O Tempra 2.0 16V, foi o primeiro multiválvulas do Brasil, e chega com upgrade de câmbio, ganha reforço na fixação da caixa e componentes internos, e materiais mais resistentes para engrenagens e eixo piloto, suspensão mais rígida, freios a disco nas 4 rodas, sendo o dianteiro ventilado e sistema ABS.
O Fiat Tempra vermelho da nossa matéria, é um exemplar destinado a colecionadores, a versão Ouro 2.0 16V do ano de 1993/94, nunca restaurado. O modelo ainda faz parte do grupo de custo mais comportado no segmento de carros clássicos, uma unidade pronta para fazer parte de um acervo o preço pode variar entre, R$ 40.000,00 e R$ 55.000,00, a oscilação de valores ocorre conforme a política de cada colecionador.
Ficha Técnica – Tempra vermelho – Versão Ouro 2.0 16V
Carroceria – Sedã; Porte – Médio; Portas – 4; Motor – 2.0i; Cilindros – 4 em linha; Válvulas por cilindro – 4; Posição – Transversal; Combustível – Gasolina; Potência – 127 cv; Peso Torque – 69 kg/kgfm; Cilindrada – 1995 cm³.
Torque máximo – 18,4 kgfm a 4750 rpm; Potência Máxima – 5750 rpm; Tração – Dianteira; Alimentação – Injeção Multiponto; Direção – Hidráulica; Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho.
Embreagem – Monodisco a seco; Freios – ABS – Disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras; Peso – 1270 kg; Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Independente, McPherson – Mola helicoidal.
Comprimento – 4354 mm; Distância entre-eixos – 2543 mm; Largura – 1702 mm; Altura – 1457 mm; Aceleração de 0 a 100 – 10,2 Segundos; Velocidade máxima – 198 km/h; Consumo: Cidade 8,8 km/l – Estrada 12,9 km/l.
Autonomia: Cidade 616 km – Estrada 903 km; Porta malas – 500 Litros; Carga útil – 400 kg; Tanque de combustível – 70 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 230.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
