Tempra 1993 o segundo ano de produção do primeiro Fiat com câmbio macio e com engates precisos. A montadora ficou famosa no país desde 1976 por fabricar carros modernos que sempre entregavam tecnologia a frente das demais montadoras.
Mas o maior Calcanhar de Aquiles da Fiat sempre foi o câmbio, entre os anos de 1976 e 1979, as unidades do Fiat 147 produzidas em solo brasileiro, demostraram que a montadora produzia carros econômicos e resistentes. Mas o câmbio nos três primeiros anos de produção, foram os piores da história da montadora no Brasil.
Engatar a primeira marcha ou a ré era uma tarefa bastante árdua, principalmente para quem utilizava o carro no trânsito diariamente como taxistas. Na estrada em retomadas ou em trocas mais rápidas de marchas em ultrapassagem era outro desafio, o motorista precisava ser preciso para realizar as manobras e estar bem acostumado com o carro.
Entre 1980 e 1983, a família 147 no Brasil, recebe importantes atualizações no câmbio, novo sistema de haste de engate, que deixaram as trocas um pouco mais precisas, a nova relação de engrenagens e eixo piloto deixaram o Fiat 147 mais elástico e eficiente em retomadas.
A chegada do Fiat Uno em agosto de 1984, trouxe um ar de esperança para os fãs da montadora, uma plataforma moderna muito equilibrada, e com o motor 1.3 a álcool muito ágil e elástico. Mas o câmbio continuou com as mesmas limitações, que os modelos 147 de 1983 e 1984 ofereciam.
Em 1987, com a nova versão esportiva Uno 1.5R, equipado com os robustos e rápidos motores Sevel 1.5 que faziam o Uninho passar fácil dos 180 km/h, também trouxe uma nova caixa de câmbio, na prática um upgrade bem sucedido do câmbio do Uno SX 1.3 de 1985.
O câmbio do Uno 1.5R além de ter deixado o carro muito elástico, era mais seguro e eficiente em retomadas. Mas ainda a Fiat se mantinha como a montadora com a caixa de câmbio mais desconfortável do país.
No início da década de 1990 aparecem no mercado os primeiros modelos compactos Fiat Uno/Prêmio, com a haste da alavanca do câmbio mais curta, que melhorava os engates e deixavam as trocas mais confortáveis.
Mas a solução chegou apenas no final de 1991, já como modelo 1992. O novo sedan médio da montadora italiana o Fiat Tempra, que entregava um câmbio muito elástico, com engates precisos e macios.
O Tempra 1993 2.0 16V, foi o primeiro multiválvulas do Brasil, e chega com upgrade de câmbio, ganha reforço na fixação da caixa e componentes internos, e materiais mais resistentes para engrenagens e eixo piloto.
Ficha Técnica – Fiat Tempra 2.0 16V – Ano 1993
Carroceria – Sedã; Porte – Médio; Portas – 4; Motor – 2.0i; Cilindros – 4 em linha; Válvulas por cilindro – 4; Posição – Transversal; Combustível – Gasolina; Potência – 127 cv; Peso Torque – 69 kg/kgfm; Cilindrada – 1995 cm³.
Torque máximo – 18,4 kgfm a 4750 rpm; Potência Máxima – 5750 rpm; Tração – Dianteira; Alimentação – Injeção Multiponto; Direção – Hidráulica; Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho.
Embreagem – Monodisco a seco; Freios – ABS – Disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras; Peso – 1270 kg; Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Independente, McPherson – Mola helicoidal.
Comprimento – 4354 mm; Distância entre-eixos – 2543 mm; Largura – 1702 mm; Altura – 1457 mm; Aceleração de 0 a 100 – 10,2 Segundos; Velocidade máxima – 198 km/h; Consumo: Cidade 8,8 km/l – Estrada 12,9 km/l.
Autonomia: Cidade 616 km – Estrada 903 km; Porta malas – 500 Litros; Carga útil – 400 kg; Tanque de combustível – 70 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 220.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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