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Proálcool, nem o lendário Ford Jeep escapou do motor a álcool

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O Proálcool, teve como start a crise do petróleo na década de 1970, entre os anos 1975 e 1976, alguns modelos já utilizavam o combustível derivado da cana de açúcar como projeto piloto, o que mais ficou conhecido foi o Dodge 1800 “Polara”, de 1976. Já com a produção em massa desde 1979, o Ford Jeep acabou entrando na brincadeira.

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Carros a álcool entre as décadas de 1970 e 1980, eram um verdadeiro pesadelo, para estabilizar o giro em dias mais frios, ou na partida do motor pela manhã. No início da década de 1980, a Ford com o motor da família Landau, Volkswagen com seus motores refrigerados a ar e a água, e a Chevrolet tanto com a família Opala como com os motores do recém chegado Chevrolet Monza, demoraram a encontrar uma equação mais equilibrada para o novo combustível.

Os carros além do sério problema de partida a frio, ainda enfrentavam problemas de corrosão acelerada no escapamento, carburador e componentes do motor. A falta de uma marcha lenta uniforme e a perda de fôlego após alguns meses de uso, fechavam o pacote de problema dos veículos do projeto Proálcool até o ano de 1983.

O Ford Jeep 1983 a álcool, era equipado com o motor 2.3 Georgia de 99 cv, 8 cv a mais que a versão a gasolina. Mas o Off Road da montadora americana estava no seleto grupo que não deveria utilizar motores a álcool. O motivo, era que ainda não existia uma tecnologia para que os motores funcionassem de maneira uniforme, com o fôlego ideal mesmo em baixas temperaturas, e que oferecessem uma arrancada rápida e segura.

Mas existia a obrigatoriedade imposta pelo governo federal, onde todas as montadoras produzissem uma porcentagem mínima de cada modelo com motores a álcool, então projetos Off Road e utilitários, que mesmo não sendo veículos indicados para propulsores com combustível derivado da cana de açúcar no início da década de 1980, foram obrigados serem produzidos e comercializados mesmo em baixa escala.

Desempenho

Estabilidade – O conjunto carroceria, chassi e suspensão do Jeep, foi projetado para serviços off-road, sem muita intimidade no asfalto e modesto em curvas de alta.

Motor – O motor de 4 cilindros Ford, era resistente, e exigia pouca manutenção, mas com motor a álcool em dias mais frio afogava com mais facilidade em baixas e médias rotações.

Câmbio – O câmbio e os controles de tração, também foram feitos para durar.

Retomadas e ultrapassagens – Na estrada tinha um desempenho modesto, passava muito vibração para a carroceria, devido ao atrito dos grandes pneus no asfalto, e da suspensão muito rígida, mas em época de Brasil sem ruas ou estradas pavimentadas, era o modelo ideal.

Consumo – Em média fazia 4,5 km/l na cidade, que para Jeep a álcool a década de 1980 estava dentro do esperado.

Acabamento Externo

Faróis –  Redondos de lentes boleadas;

Setas dianteiras – Posicionadas abaixo dos faróis;

Para – choques –  Em lâminas de aço carbono;

Faróis de neblina – Não;

Grade de ar do motor – Em aço com frisos na vertical;

Retrovisores Externos– De haste única;

Frisos – Não;

Rodas – Rodas de aço tradicionais da família Ford/Willys;

Maçanetas – Cromadas;

Logo – “Jeep” estampado na lateral do para-lama dianteiro;

Lanterna Traseira – Em cor única sem luz de ré;

Bagageiro – Não;

Teto Solar – Não;

Limpador do vidro traseiro – Não;

Acabamento Interno e Instrumentos

Painel – Com mostrador em escala circular;

Conta – giros – Não;

Acabamento do painel – Em aço na cor da carroceria;

Volante – De plástico injetado de dois raios;

Sistema de som – Não;

Ventilador – N/D;

Ar – condicionado – Não;

Ar –  quente – N/D;

Luz de leitura – Não;

Relógio – Não;

Acendedor de cigarros – Não;

Cinzeiro – Não;

Acionamento dos vidros – N/D;

Sistema de travamento das portas – Mecânico;

Ajuste dos retrovisores externos – Manual;

Acabamento dos bancos – Em courvin;

Acabamento das portas – Em courvin;

Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;

Banco traseiro – Sem acessórios;

Encosto de cabeça – Não;

Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;

Assoalho – Emborrachado;

Porta-malas – Emborrachado;

Ficha Técnica – Proálcool – Ford Jeep do ano de 19983

Carroceria – Jipe;

Porte – Médio;

Portas – 2;

Motor –  Georgia 2.3;

Cilindros – 4 em linha;

Válvulas por cilindro – 2;

Posição – Longitudinal;

Combustível – Álcool;

Potência – 99 cv;

Peso Torque – 62,5 kg/kgfm;

Cilindrada – 2300 cm³;

Torque máximo – 19,5 kgfm a 3000 rpm;

Potência Máxima – 5000 rpm;

Tração – AWD integral temporária;

Alimentação –  Carburador;

Direção – Simples;

Câmbio – Manual de 4 marchas com alavanca no assoalho;

Embreagem – Monodisco a seco;

Freios – Freio a tambor nas 4 rodas;

Peso – 1160 kg;

Suspensão dianteira – Eixo rígido – Feixe de molas semielípticas;

Suspensão traseira – Eixo rígido – Feixe de molas semielípticas;

Comprimento – 3444 mm;

Distância entre-eixos – 2057 mm;

Largura – 1699 mm;

Altura – 1733 mm;

Aceleração de 0 a 100 – 20,3 Segundos;

Velocidade máxima – 118 km/h;

Consumo: Cidade 4,5 km/l – Estrada 8 km/l;

Autonomia: Cidade 238 km – Estrada 352 km;

Porta malas – 100 Litros;

Carga útil – 605 kg;

Tanque de combustível – 40 Litros;

Valor atualizado Aproximado – Não informado;

Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.

O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.

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