O modelo passou a ser exportado, já com algumas adaptações para o deserto iraquiano, em 1983 como moeda de troca, o Brasil mandava Passat LSE em troca de Petróleo, e a Petrobrás/Governo militar reembolsava a montadora, um espécie de triangulo comercial.
O Passat LSE 1987, mais conhecido como Passat Iraque, na verdade era uma versão 4 portas desenvolvida entre 1977 e 1978, para ser comercializada e rodar aqui no Brasil, com um acabamento interno diferenciado e com opcional para ar – condicionado. Mas no início da década de 1980 um acordo entre o regime militar de Saddam Hussein e o Presidente brasileiro também militar João Baptista Figueiredo, firmaram um compromisso, e em 1983 nasce o Passat tipo exportação iraquiano.
Mas as unidades, desviadas para o mercado interno brasileiro, só apareceram entre 1986 e 1987, quando, lá no Iraque a vaca já havia ido para o brejo, com a guerra, e muitas unidades remanescentes acabaram sendo vendidas aqui no Brasil.
Em setembro de 1982 a montadora passa a equipar a família Passat aqui no Brasil com um novo upgrade de seus motores, o MD-270 1.6, e encerrou sua saga equipando a versão LSE do Passat quadrado em 1987. – Curiosidade Entre os anos de 1986 e 1987, o Passat LSE Iraque, foi o único VW refrigerado a água que não recebeu as versões dos motores AP.
Desempenho
Estabilidade – O Passat quadrado foi o carro nacional mais equilibrado entre os anos de 1974 e 1989, muito eficiente e seguro em curvas de alta mesmo com o piso molhado. Em retas, em velocidades acima de 160 km/h, era firme sem balanços repentinos.
Motor – O motor MD-270 1.6, era eficiente e muito confiável, com uma ótima aceleração, indo de 0 a 100 em 15,5 segundos, bons números para um modelo 1.6 que pesava mais de 1000 kg.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, era de relações bastante elásticas, engates macios e precisos, deixando o carro divertido de dirigir, mas na estrada em velocidades acima de 110 km/h, o carro pedia a 5ª marcha que não existia.
Retomadas e ultrapassagens – Sem dúvida era um dos modelos nacionais mais eficiente e seguro, com um conjunto de motor e câmbio que respondia muito bem ao pedal do acelerador.
Consumo – Na versão a gasolina fazia 9 km/l na cidade, um consumo considerado muito bom para um modelo médio da década de 1980.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis de lentes quadradas, duplos na horizontal, embutidos em uma moldura cromada;
Setas dianteiras – Embutidas no para-choque;
Para – choques – Envolventes na cor preto;
Faróis de neblina – Opcional;
Grade de ar do motor – Em lâminas na horizontal na cor grafite;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecãnico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão do carro;
Rodas – De aço 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Passat LSE”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Frisadas tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular, no console da alavanca do câmbio de marchas também são posicionados alguns mostradores.;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tons grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno mecânico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludadoo;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Com apoio para o braço e encosto de cabeça para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para quatro passageiros, sendo nos bancos dianteiros com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Passat LSE Iraque 1.6 1987
Carroceria – Cupê;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – MD-270 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 72 cv;
Peso Torque – 83,77 kg/kgfm;
Cilindrada – 1588 cm³;
Torque máximo – 12,2 kgfm a 2600 rpm;
Potência Máxima – 5200 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1022 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo de torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4262 mm;
Distância entre-eixos – 2470 mm;
Largura – 1600 mm;
Altura – 1355 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 15,5 Segundos;
Velocidade máxima – 151 km/h;
Consumo: Cidade 9 km/l – Estrada 13 km/l;
Autonomia: Cidade 540 km – Estrada 780 km;
Porta malas – 362 Litros;
Carga útil – 450 kg;
Tanque de combustível – 60 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 147.952,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.