Passat antigo em 2024 completa 50 anos de sua chegada ao Brasil: Antes da fronteiras comerciais serem fechadas em 1975/76, a Volkswagen cria o projeto para unificar suas plataformas em diferentes países.
O modelo chegou ao mercado europeu em 1973, fez parte da renovação da marca, deixando para trás os modelos refrigerados a ar.
O projeto já vinha sendo testado desde a década de 1960. Em 1969 a marca aproveitando os projetos de sua subsidiária a NSU que fazia parte do grupo Alto Union, e lança o VW K70.
Mas após a NSU/Alto Union ter suas atividades encerradas, e passar a produzir exclusivamente veículos Audi, passou a utilizar a nova montadora como laboratório de veículos refrigerados a água.
Em 1973, utilizando como base a plataforma do Audi 80, a Volkswagen inicia a modernização de sua frota. Entre os anos de 1973 e 1974, nascem o VW Golf, VW Polo, Passat e o VW Scirocco esse projetado pela irmã karmann Ghia.
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No Brasil o Passat antigo, desembarca em 1974, com a mesma tecnologia do projeto Alemão, porém com menos versões e apenas uma configuração de motor.
A ideia era nos anos seguintes ir gradativamente substituindo os modelos refrigerados a ar também no Brasil, pelos compactos Polo e Golf.
Mas com o fechamento das fronteiras comerciais, registrar e produzir novas tecnologias no Brasil se tornou muito caro para as marcas.
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A ideia era importar uma considerável porcentagem de peças e novas tecnologias, e montar os carros em São Bernardo do campo.
Mas com a nova política de mercado, montar e fabricar carros no Brasil se tornou muito caro, sem a opção de importação e com os impostos nas alturas para montar um veículo, o Passat acabou se tornando único.
O modelo entre os anos de 1974 e 1981, era a a plataforma mais moderna, atualizada e mais cara entre os compactos e médios nacional.
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Com a crise do petróleo batendo a porta do Brasil, o Passat antigo, acabou se tornando uma excelente opção de compra para a classe média e média alta.
Um carro que entregava e oferecia uma excelente relação custo benefício, mesmo com o preço bastante salgado nas concessionárias.
O VW Passat emplacou em seu primeiro ano de produção, 19.373 unidades, sendo o 10º carro mais comercializado, em 1975 as vendas disparam.
O modelo alemão refrigerado a água emplaca impressionantes 52.006 unidades, e pula para o 5º lugar entre os mais vendidos.
Números bastante significativos para um modelo que tinha o preço na concessionária da unidade zero km, no mesmo patamar das versões de entrada do Chevrolet Opala.
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Em 1976 recebe seu primeiro upgrade de motor, chega ao Brasil o moderno motor BS 1.6, que equipou as versões TS e LSE que também ganharam o câmbio alemão de 4 marchas mas longo, e carburadores solex também alemão.
Mas o auge no visual do Passat antigo e o conjunto propulsor chegou em 1985, e durou até ser descontinuado em 1998/89.
Os motores AP 1.6 e 1.8S se tornaram a grande sensação do mercado brasileiro. O Passat se torna o carro mais rápido mais ágil e equilibrado da história, no Brasil. Posto que ficou para o Chevrolet Kadett em 1989.
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Sua despedida foi melancólica e controversa. Mesmo debaixo dos protestos de revistas automotivas da época e dos fãs da marca, o Passat quadrado se aposenta em 1988 já como modelo 1989.
A segunda geração no Brasil, rebatizada por aqui de VW Santana, trouxa apenas a carroceria sedan, deixando na Alemanha a carroceria hatchback.
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