Ele desembarcou no Brasil em 1986, a versão esportiva Opel devidamente adaptada para a realidade brasileira, chegou para morder uma fatia do mercado do Escort XR3 e do Passat GTS Pointer 1.8
Na Europa era batizado como Opel Ascona SR/E hatchback, o motivo era o sistema de injeção eletrônica MPI – Bosch Motronic ML4.1, que já era utilizado por lá, de série também entregava ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, motor 2.0i de 116 cv a gasolina e velocidade final real de 187 km/h.
Já o nosso Monza hatch S/R 1986, o sistema de direção hidráulica e ar-condicionado ainda eram opcionais, de série oferecia, trio elétrico, e o motor 1.8 a álcool de 106 cv carburado, com velocidade final real de 175 km/h.
Para os padrões brasileiro, o modelo foi considerado um esportivo de luxo de alto custo, devido a qualidade e o lindo visual de seu acabamento interno. Mais rápido e eficiente que o Escort XR3, e mais confortável que o Passat GTS Pointer 1.8. Os pontos negativos ficavam para o consumo e aceleração de 0 a 80, o motivo eram seus 1100 kg, que o tonou o esportivo mais pesado dentro do segmento dos médios e compactos. Além do preço, figurou entre os carros nacionais de maior custo, tanto na compra, da unidade zero km, como nas manutenções preventivas e corretivas.
Desempenho – Monza S/R 1.8/S
Estabilidade – O conjunto, carroceria, chassi e suspensão, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a versão hatch da família Monza, sofria do chamado efeito flutuante, é quando existe no projeto uma má distribuição de peso e o carro tende a sair de traseira em curvas de alta, e sofre de balanços repentinos em retas em altas velocidades. O mesmo acontecia com o Fiat Prêmio e Ford Escort. Já a carroceria sedã do Monza, era muito mais estável.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet 1.8/S a álcool, era confiável, e com o nível de ruído interno e externo mais baixo do mercado.
Câmbio – O câmbio manual de 5 marchas, tinha engates macios e precisos, mesmo em trocas mais rápidas se mantinha eficiente.
Retomadas e ultrapassagens – Utilizando um motor 1.8 que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e eficiente.
Consumo – Para um modelo médio que pesava 1100 kg, com motor a álcool, fazer 7,1 km/l na cidade, estava dentro do esperado para a época. Mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Chanfrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjuntos dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono na cor grafite, com um vinco vermelho dando um visual todo esportivo;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Com diversas lâminas de plástico na horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmico com ajuste elétrico;
Frisos – Emborrachado, com um vinco vermelho, acompanhando o acabamento dos para-choques e o logo “Monza S/R”;
Rodas – Rodas de liga – leve 195/60 R14 exclusivas da versão S/R;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “1,8/S” na tampa do porta malas;
Lanterna Traseira – Triicolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil na cor preto;
Volante – Espumado de quatro raios, estilo executivo;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno Elétrico;
Acabamento dos bancos – Recaro em tecido com estampa exclusiva;
Acabamento das portas – Em tecido e carpete;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Bipartido;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros nos bancos dianteiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Monza hatch S/R 1986
Carroceria – hatch;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – Chevroelt Família II 1.8/S;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Combustível – Álcool;
Potência – 106 cv;
Peso Torque – 70,5 kg/kgfm;
Cilindrada – 1796 cm³;
Torque máximo – 15,6 kgfm a 4000 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples – Opcional para hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 marchas com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1100 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo de torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4264 mm;
Distância entre-eixos – 2574 mm;
Largura – 1668 mm;
Altura – 1349 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 12,1 Segundos;
Velocidade máxima – 175 km/h;
Consumo: Cidade 7,1 km/l – Estrada 11,1 km/l;
Autonomia: Cidade 433 km – Estrada 677 km;
Porta malas – 448 Litros;
Carga útil – 450 kg;
Tanque de combustível – 61 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 186.990,00 – Sem opcionais;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.