Maverick 4 portas 4 cilindros e a briga contra o Opala 4 portas 4 cilindros em 1975, pelo mercado de frotista e pela a atenção da classe média com vendas diretas nas concessionárias, dois gigantes que marcaram a história durante a década de 1970.
O modelo Chevrolet já tinha seu espaço garantido e sua imagem consolidada no mercado. Já o Ford Maverick, ainda buscava um lugar ao sol. Nas versões topo de linha V8 já tinha a simpatia do mercado brasileiro, mas ainda faltava algo para o modelo Ford se firmar definitivamente como uma força entre os modelos de grande porte.
Após o fracasso dos modelos com motores 6 cilindros, que rendiam pouco e consumiam mais que o esperado. A Ford em 1975, lança o eficiente motor 2.3 de 4 cilindros, que deu as versões de entrada e intermediárias do gigante da Ford vida nova.
O Ford Maverick 4 portas 4 cilindros, entregava 99 cv e torque máximo de 16,9 kgfm a 3200 rpm, mesmo pesando 1350 kg, acelerava de 0 a 100 em 17 segundos e alcançava velocidade final real de 158 km/h, números mais atraentes que o concorrente da Chevrolet.
O Opala 4 portas 4 cilindros de 1975, entregava 90 cv e torque máximo de 18 kgfm a 3000 rpm, mesmo pesando 1100 kg, acelerava de 0 a 100 em 18,5 segundos e alcançava velocidade final real de 145 km/h.
Quanto ao consumo tanto na estrada, como na cidade a diferença era mínima, o modelo Ford fazia na cidade 6,5 km/l contra 7 km/l do Opala, já na estrada o Meverick 4 cilindros consumia 8,5 km/l e o Opala 9 km/l.
Se tratando de consumo e desempenho, as força eram equilibradas. Ambos também entregavam basicamente o mesmo conforto, instrumentos de série, e pacote de opcionais. Mas o Marverick 4 cilindros tinha o preço da unidade zero km e das manutenções preventivas e corretivas, um pouco mais salgado que o modelo Chevrolet.
Mas na prática, o que fez a diferença, para que o Opala 4 cilindros 4 portas alavancasse em vendas e seu concorrente não? Talvez a resposta estivesse na consolidação da imagem do Opala no mercado.
O modelo Chevrolet em 1975 disparou em vendas, tanto em grandes lotes direto da fábrica para serviços públicos como para frotistas, e também em vendas realizadas nas concessionárias para pessoa física.
O Maverick 4 portas 4 cilindros, acabou tendo um número de unidades emplacadas bem mais modestos. Mesmo sendo um modelo confiável, robusto e confortável, a Ford sofreu para colocar um número mais significativo de exemplares nas ruas.
Outro efeito bastante interessante foi no segmento de seminovos e usados, no final da década de 1970 e início da década de 1980. Os modelos da família Opala 4 cilindros eram mais valorizados e rapidamente comercializados, principalmente para taxistas.
Já o Maverick 4 cilindros ainda tinha boa saída no mercado de seminovos e usados no final da década de 1970, mas já no início da década de 1980 se tornou um modelo sem valor de mercado, e encalhavam nos pátios de lojistas.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos.