Fiat 147 um projeto moderno mas que dividiu opiniões: Ele desembarcou no Brasil em 1976, e durante os 3 primeiros dividiu opiniões, mas acabou se tornando um sucesso absoluto.
Hoje em 2024, 48 anos depois, o Fiat 147 se torna uma verdadeira celebridade no mercado de carros clássicos, com alta rotatividade nos pátios de colecionadores e lojistas, os preços vem se tronando cada vez mais salgados.
Unidades zero ainda em estado de zero km, nunca restauradas, o preço pode alcançar a casa dos R$ 90.000,00. Com isso o modelo entra no mesmo patamar de VW Fusca, onde o modelo virou investimento com retorno certo.
Com unidades cada vez mais raras ou disponíveis para serem comercializadas, ano a ano, os valores vem subindo, com isso o Fiat 147 acabou virando um investimento com retorno certo.
Em novembro de 1976 a Fiat apresenta algumas unidades no salão do automóvel de São Paulo, incluindo um exemplar já com motor a álcool. Mas as vendas nas poucas concessionárias existentes, já haviam começado um pouco antes.
Convencer o consumidor brasileiro que seu produto oferecia qualidade, novas tecnologias e uma boa relação custo benefício, não foi nada fácil. O Fiat 147 1978, ficou marcado por ter ganho dois títulos.
O de carro mais econômico do Brasil, e carro do ano, eleito pelas revistas automotivas da época. Mas sem dúvida o que mais agradou a montadora, foi o primeiro grande pico em vendas no mesmo ano.
1978 também foi marcado, pela expansão em números de concessionárias, que se espalharam pelo Brasil. O que impressionava, era uma montadora com apenas um produto, com três versões “L”, “GL” e “furgão”, ter adquirido tantos interessados em montar concessionárias em diferentes pontos do país.
O Fiat 147 1976, era equipado com o motor Fiasa 1050, a gasolina de 55 cv, torque máximo de 7,8 kgfm a 3800 rpm, velocidade final real de 138 km/h e aceleração de 0 a 100 em 18,8 segundos. Quanto ao consumo fazia, 12,5 km/l na cidade e na estrada 18,2 km/l.
O Fiat 147 1977, foi a segunda fornada da montador, a primeira fornada foi em novembro de 1976 já como modelo 1977. Sua chegada fez as vendas o Volkswagen Sedan “Fusca” vender 45.094 a menos que nos últimos 4 ou 5 anos.
Os anos de 1977 e 1978, inicia o processo de licitações junto a órgãos estaduais e federais. O Fiat 147, passa a ser largamente comercializado para Polícia Militar de todo o estado de Minas Gerais, e para demais órgãos do estado. O fato da montadora ser em Betim a isenção e negociações de impostos, facilitavam a produção e vendas em massa.
No início da década de 1980, o modelo já estava devidamente equipado com um câmbio mais eficiente, ainda com algumas limitações, mas se tornou uma compra bastante interessante.
Lançamento do Fiat 147 Rallye 1979, o primeiro esportivo da montadora no Brasil, ganha o motor 1.3 de série tanto na versão esportiva como na top de linha GLS, pela primeira vez o compacto Fiat 147, alcança 145 km/h de velocidade final e acelera de 0 a 100 em 17,6 segundos.
A configuração esportiva Fiat também entregava adereços esportivos, como faixa lateral com o logo Rallye, volante esportivo, defletor dianteiro, luzes de longo alcance sobre o para choque, e cinto de segurança de três pontos nos bancos dianteiros.
A versão esportiva Rallye, acabou tendo um número de unidades emplacadas bastante modesto, com o preço mais alto dentro do catálogo da montadora, e das versões 1300 do VW sedan, além da chegada do Chevette hach e do VW Gol em 1980, selou seu destino.
Fiat 147 em 1985 ele conviveu pacificamente com seu sucessor, que chegou em 1984, muito mais moderno e eficiente, mesmo assim a montadora manteve seu primeiro projeto vivo e com boas vendas até 1986.
Com a chegada do Fiat Uno em 1984, o fim do projeto 147 foi cravado, mas a montadora ainda tinha uma carta na manga para manter seu compacto por mais dois anos. Com preço mais acessível e com maiores facilidades para vendas em lotes direto da fábrica, o 147 bateu picos de vendas em 1985.
Entre críticas, desprezos e elogios, o projeto italiano que chegou ao Brasil em 1976, para morder uma fatia do generoso e rentável mercado brasileiro dos compactos, sobreviveu e entrou para a nossa história.
Nenhuma montadora produziria uma quantidade tão expressiva de um veículo, em um espaço de 10 anos, se o projeto não oferecesse grandes vantagens, tanto para a marca como para seus usuários. O modelo além de oferecer confiabilidade, trazia diferentes inovações para o mercado brasileiro, como o motor transversal.
Hoje existem registros no mercado de carros antigos, de exemplares que foram comercializados por pouco mais de R$ 100.000,00. Como o Fiat 147 Rallye 1979 zero km nunca rodado, que ainda mantinha os plásticos nos bancos, e 100% de originalidade.
Ficha Técnica Fiat 147 – 1976
Carroceria – Hatch; Porte – Compacto; Portas – 2; Motor – Fiasa 1050; Cilindros – 4 em linha; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Transversal; Combustível – Gasolina; Potência – 55 cv; Peso Torque – 102,3 kg/kgfm.
Cilindrada – 1048 cm³; Torque máximo – 7,8 kgfm a 3800 rpm; Potência Máxima – 5800 rpm; Tração – Dianteira; Alimentação – Carburador; Direção – Simples; Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco.
Freios – Disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 820 kg; Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Independente, McPherson – Feixe de molas semielípticas.
Comprimento – 3627 mm; Distância entre-eixos – 2225 mm; Largura – 1545 mm; Altura – 1350 mm; Aceleração de 0 a 100 – 18,8 Segundos; Velocidade máxima – 144 km/h; Consumo: Cidade 12,3 km/l – Estrada 18,2 km/l; Autonomia: Cidade 467 km – Estrada 692 km; Porta malas – 350 Litros; Carga útil – 400 kg; Tanque de combustível – 38 Litros.
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