O sucesso de seu lançamento em 1978, surpreendeu a própria montadora.
Quando o Fiat City, chegou ao mercado no final da década de 1970, muita gente torceu o nariz, e se perguntou, para que serviria um utilitário tão pequeno com um motor de baixa potência?
Os nomes variaram durante os anos, Pick-up 147, Fiat City e Fiat Fiorino City. A plataforma também mudou, no início da década de 1980, passou a utilizar o chassi do Fiat Panorama.
Ele tinha tudo para dar errado, carroceria pequena, aparentemente pouca força. E durante a primeira metade da década de 1980, o brasileiro ainda não tinha uma confiança real, na família Fiat 147, mas algo diferente aconteceu….
A Fiat foi genial no estudo de mercado, nos grandes centros, das regiões Sul e Sudeste, e em algumas grandes capitais do nordeste, existia um número gigantesco de micro empresários, lojistas de pequeno porte e profissionais liberais, que precisavam de um utilitário bom no trânsito, ágil, que consumisse pouco combustível e que ocupasse pouco espaço. O Fiat 147 Pick-up City caiu como uma luva.
A porteira foi aberta, de olho no grande sucesso do Fiat City, Volkswagen, Ford e Chevrolet colocaram no mercado, suas picapes compactas.
Durante a década de 1980, tive um grande amigo que era dono de uma pequena frota de caminhões, e o processo de manutenção era constante. Ele utilizava uma D-20 e uma Fiat City para fazer o transporte de peças, blocos de motor, câmbio entre outros, era interessante ver a baratinha da Fiat trabalhando pesado transportando grandes peças de caminhões Mercedes e Scania.
Final da década de 1980 se despede do mercado. Mostrando que um bom planejamento aliado a uma ótima pesquisa de mercado, da bons frutas. Deixou seu legado para o moderno Fiat Fiorino, derivado da plataforma Uno / Elba.
Desempenho – Modelo 1300 a álcool 1987
Estabilidade – O conjunto carroceria, chassi e suspensão, ainda era considerado eficiente para o ano de 1987, um compacto bom de curvas, e estável em retas em velocidades acima de 120 km/h.
Motor – Utilizando o motor Fiat Fiasa 1300 de 60 cv, era um dos compactos nacionais, mais ágeis no trânsito, o longo tempo de vida útil do motor, também chamava a atenção.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, não tinha engates precisos e macios, mas já estava muito mais evoluído, que as versões que equiparam o modelo entre 1976 e 1980.
Retomadas e ultrapassagens – Com dois adultos e pouco peso na carroceria, era eficiente e seguro, mas com carga máxima de 500 kg, perdia fôlego, era bom negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1300 de 4 cilindros a álcool e 60 cv, fazer 6,7 km/l na cidade, estava dentro do esperado para a época. Mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas nos para – lamas dianteiros;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono na cor grafite;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Frisos na horizontal, em lâminas de plástico na cor grafite;
Retrovisores Externos – De plástico com ajuste manual;
Frisos – Emborrachado com detalhes cromados em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – Tradicionais da família 147 145/80 R13;
Maçanetas – Cor grafite;
Logo – “Fiat City”, Na tampa da carroceria;
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala quadrada;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil e aço;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Não – O existente na unidade foi instalado pelo proprietário;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – N/D;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em vinil;
Acabamento das portas – Em vinil;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Emborrachado;
Porta-malas – Carroceria de aço, com madeira;
Ficha Técnica – Fiat 147 Pick-up City 1987
Carroceria – Picape;
Porte – compacto;
Portas – 2;
Motor – Fiasa 1300;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Combustível – Álcool;
Potência – 60 cv;
Peso Torque – 80,1 kg/kgfm;
Cilindrada – 1297 cm³;
Torque máximo – 10 kgfm a 2600 rpm;
Potência Máxima – 5200 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 801 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Independente, McPherson – Feixe de mola semielipticas;
Comprimento – 3879 mm;
Distância entre-eixos – 2225 mm;
Largura – 1545 mm;
Altura – 1366 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 17,1 Segundos;
Velocidade máxima – 147 km/h;
Consumo: Cidade 6,7 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 355 km – Estrada 583 km;
Porta malas – 825 Litros;
Carga útil – 500 kg;
Tanque de combustível – 53 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 81.249,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.