A versão Escort XR3 2.0i 95 marcou a despedida do esportivo da Ford com a mecânica Volkswagen, e o fim da versão XR3, um híbrido que realizou os sonhos dos fãs de ambas as montadoras
A partir a partir do ano de 1985 com a chegada do motor AP 1.8 no mercado, os modelos Gol GT 1.8 e Passat GTS pointer 1.8, se tornaram os esportivos mais nervosos do Brasil, mas todos os fãs de carros tinham uma grande curiosidade.
Como seria o esportivo mais bonito e badalado do mercado o Ford Escort XR3, utilizando a mecânica do Passat GTS Pointer 1.8, o que parecia apenas um sonho sem sentido entre os anos de 1985 e 1988, se tornou realidade em 1989 com a parceria Autolatina.
O esportivo da Ford finalmente recebeu um motor a altura, ficou rápido, robusto, e com um giro bastante estável em altas rotações, atributos que o velho CHT já não oferecia mais.
Em 1992 ganha novo upgrade passa a ser equipado com o motor AP 2.0i e se torna o carro nacional de maior velocidade final até o ano de 1994, quando em 1995 perdeu o posto para o Corsa GSi 1.6, Uno Turbo e para o importado Chevrolet Astra.
1995 seria o último ano do XR3 descontinuado como modelo 1996, dando lugar ao Escort Racer, ainda com mecânica 2.0i Volkswagen, finalmente a Ford em 1996 inicia a produção no Brasil de carros com o bem sucedido motor Zetec, ação que a montadora demorou quase dez anos para colocar em prática.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a suspensão muito macia, deixava o carro instável em curvas de alta, outro problema no DNA do carro que vinha desde seu lançamento em 1983, era o efeito flutuante, quando a parte traseira é muito leve, e o carro em retas em altas velocidades, sofre balanços repentinos.
Motor – Utilizando o motor VW AP 2.0i de 116 cv a gasolina, era robusto, rápido e de manutenção descomplicada.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, era de relações longas dando ao carro um ar mais esportivo, os engates eram precisos e macios, mesmo em trocas rápidas ainda se mantinha eficiente.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor elástico com muito fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável.
Consumo – Para um motor 2.0 injetado a gasolina, fazer 8,1 km/l na cidade estava dentro do esperado para a época, mais informações na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis retangulares de lentes planas, chanfrados nas extremidades;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor da carroceria;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Discreta, acompanhando as linhas do capô;
Retrovisores Externos – Panorâmicos pintados na cor da carroceria com ajuste elétrico interno;
Frisos – Emborrachado na parte inferior da lateral em toda a extensão do carro;
Rodas – De liga – leve enraiadas 185/60 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Escort XR3 2.0i”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor fumê;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Sim, com acionamento elétrico;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tons preto e cinza;
Volante – Espumado de três raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétrico;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em fino tecido aveludado, Recaro;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Com cintos de segurança de três pontos para dois passageiros;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com regulagem de altura nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Escort XR3 2.0i 95
Carroceria – Ford Hatch;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – AP 2.0i;
Cilindros – 4 em linha;
Posição – Transversal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 116 cv;
Peso Torque – 63,28 kg/kgfm;
Cilindrada – 1984 cm³;
Torque máximo – 17,7 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e disco sólido nas rodas traseiras;
Peso – 1120 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4040 mm;
Distância entre-eixos – 2525 mm;
Largura – 1692 mm;
Altura – 1389 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 11 Segundos;
Velocidade máxima – 186,4 km/h;
Consumo: Cidade 8,1 km/l – Estrada 13,3 km/l;
Autonomia: Cidade 518,4 km – Estrada 851,2 km;
Porta malas – 325 Litros;
Carga útil – 385 kg;
Tanque de combustível – 64 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 245.231,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.