Diferente de tudo que já havia passado no Brasil, ele tinha um visual simplesmente fantástico, em uma época onde os pés de boi dominavam o mercado.
O Escrot XR3 1983 na verdade já chegou ao mercado como modelo 1984, lançado no segundo semestre daquele ano, o modelo tinha um visual esportivo inovador, estávamos acostumados com esportivos de médio porte como Corcel II GT e Passat TS, que ofereciam desempenho a altura, mas com visual esportivo muito longe do novo modelo da Ford.
Em 1983 eu ainda era um adolescente, e me lembro quando vi pela primeira vez o modelo, e na minha cabeça era algo muito além da realidade que vivíamos, bonito e futurístico, por dentro e por fora, acredito que a mesma sensação tinham todas as pessoas que visualizavam o XR3 pela primeira vez.
Em 1981 o DEL Rey havia chegado ao mercado, que já causou um grande frisson no mercado, o mesmo aconteceu no segundo semestre de 1982 com a chegada do Monza hatch, mas o XR3 oferecia um algo a mais, seu desenho moderno para o nosso mercado, equipado com itens esportivos como, aerofólio traseiro, grandes retrovisores panorâmicos, frola de neblina, luz de longo alcance, rodas de liga leve exclusivas e por dentro um painel que mais parecia uma espaçonave.
Entre 1983 e 1986, o Escrot XR3 e as demais versões, L, GL e Ghia, deixaram o Escort entre os 5 carros mais vendidos, salvando a Ford Brasil de um eventual fechamento.
Mecânica e desempenho
Ao invés de trazer da Europa o atualizado motor Ford Kent de 85 cv, levando o carro de 0 a 100 em apenas 9,6 segundos, robusto e muito eficiente, a montadora optou em manter o motor Renault Cléon Fonte, dando a ele um novo upgrade e renomeando de CHT 1.6.
Algumas modificações surtiram efeito, montado na posição transversal, passou a ter um torque mais firme e suave,
novo comando mais robusto, coletor de admissão de maior fluxo e carburador com nova configuração e nova giclagem, além do novo sistema de ignição eletrônica e alternador de alta capacidade, mesmo assim o XR3 ia de 0 a 100 em média em 14 segundos.
Outro ponto negativo era o câmbio, com alavanca muito cumprida e os movimentos para troca de marchas eram longos, engates barulhentos e não muito precisos para um esportivo.
A estrutura europeia, adaptada ao mercado nacional, recebeu uma suspensão muito macia, e pouco eficiente, deixando o carro pouco estável em curvas de de alta, e em retas em velocidades acima de 120 km/h.
Na cidade o desempenho era de um modelo compacto 1.6, relativamente ágil e gostoso de dirigir, com pedais de embreagem, freio e acelerador, macios e muito eficientes.
Acabamento externo
Frente com faróis chanfrados, embutidos em um mesmo conjunto com as setas;
Grade de ar com frisos na horizontal na cor preto;
Para – choques em lâminas de aço carbono na cor do carro, com friso frontal emborrachado;
Cantoneiras de plástico preto, nos pra – choques dianteiros e traseiros;
Luzes de longo alcance redondas na parte superior do para choque dianteiro;
Faróis de neblina retangulares, na parte inferior do para – choque dianteiro;
Rodas de liga – leve exclusivas da família XR3, 185/60 R14;
Retrovisores panorâmicos com controle mecânico interno;
Fino friso adesivo vermelho em toda a extensão lateral;
Maçanetas pretas;
Teto solar;
Aerofólio traseiro preto;
Limpador de vidro traseiro;
Lanterna traseira tricolor, frisada;
Logo XR3, na tampa do porta – malas.
Imagens Brunelli Veículos Antigos
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Acabamento Interno
Painel com mostradores e um visual moderno, com conta – giros;
Botões de comando, dos faróis, limpadores, e outras funções, bem posicionados;
Volante esportivo, anatômico de dois raios;
Relógio digital;
Acendedor de cigarros;
Cinzeiro embutido no painel;
Acionamento do teto solar manual;
Ventilador de três velocidades;
Ar – quente;
Ar – condicionado opcional;
Vidros elétricos;
Travas elétricas;
Ajuste dos retrovisores interno mecânico;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro;
Acabamento de bancos e portas em tecido aveludado em tons cinza, com detalhes em vermelho;
Encosto de cabeça no banco dianteiro com regulagem de altura;
Assoalho e porta malas acarpetados.
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Ficha Técnica – Escort XR3 1983
Carroceria hatch;
Porte Médio;
2 portas;
Motor Cléon Fonte / CHT 1.6;
Cilindros 4 em linha;
Transversal;
Tuchos mecânicos;
Tração Dianteira;
Combustível álcool;
Carburador;
Direção Simples;
Câmbio manual de 5 marchas;
Embreagem monodisco a seco;
Freios a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso 934 kg;
Potência 81,7 cv;
Potência Máxima 5600 rpm;
De 0 a 100 – 13,9 Segundos;
Velocidade máxima 162 km/h;
Consumo Consumo na Cidade 6,8 km/l – Estrada 11 km/l;
Porta malas 250 Litros;
Carga útil 382;
Tanque de combustível 48 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 283.305,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Carros Antigos – Escort XR3