O médio da Dodge Chrysler, nasceu com tudo para dar certo, 90 cv de força, confortável, preço baixo, mas na prática o projeto desandou.
A segunda metade da década de 1970, as montadoras em solo brasileiro, começaram a se preparar para uma nova realidade, um novo mercado, com o preço da gasolina em alta e uma população com poder aquisitivo muito baixo, os projetos para carros de médio porte, começaram a aparecer com mais força, o Dodge Polara GL foi um bom exemplo.
A Ford largou na frente com o Corcel logo no final da década de 1960, foi o que chamamos popularmente de “bola dentro”, lançado no auge dos muscle cars, ele não apenas sobreviveu, mas fez muito sucesso em vendas, com o país em crise, os carros de luxo de grande porte, conhecidos como modelos de alto custo, deixaram de ser a preferencia do mercado, os modelos VW compactos refrigerados a ar, também já davam sinais de que ficariam para trás.
Volkswagen Passat e Dodge Polara chegaram ao mercado praticamente juntos, o modelo alemão praticamente não precisou de mudanças para o mercado brasileiro, chegou e foi sucesso logo de cara, eficiente e com uma ótima relação custo benefício, Já o modelo Polara, sofreu com diversos problemas em seu lançamento.
Entre os coupés de médio porte no Brasil o Dodge Polara era igualado em desempenho apenas pelo poderoso Passat LSE 1.6 com o motor VW BS, ambos chegavam a 156 km/h, porém o modelo da Dodge oficialmente ia de 0 a 100 em 15,2 Segundos, contra 15 Segundos do modelo da Volkswagen, no quesito acabamento interno se igualava ao moderno e bonito Ford Corcel.
Mas os problemas apareceram logo nos dois primeiros anos de produção em 1972 e 1973, mesmo com um motor 1.8 de 85 cv, na estrada era superado pelo Ford Corcel com motores 1.3 e 1.4, VW TL 1600 e VW SP2 1600/1700, uma anomalia logo foi percebida pela montadora que correu atrás para resolver o problema, em 1974 equipou o modelo com novo sistema de alimentação, com o carburador japonês Hitachi.
Mas entre os anos de 1974 e 1976 o Dodginho ainda apresentava problemas, o câmbio regularmente deixava o proprietário na mão, além de sério problemas nos freios, vedação das portas, pra-brisa e parte elétrica, marcado por tantos tropeços a imagem do carro ficou arranhada.
Durante a inevitável queda do mundo dos Muscle Cars, no início da década de 1980, e a evidente desatualização dos projetos Volkswagen refrigerados a ar, Ford Corcel e Volkswagen Passat, mantiveram os lucros de suas respectivas fábricas aquecidos, já a Dodge Chrysler, que teria como salvador o Dodge Polara GL 1980, viu suas chances escorre pelo ralo.
Desempenho – Dodge Polara GL 1980
O torque do motor 1.8 era macio, estando com as manutenções em dia, alcançava altas velocidades com muita eficiência, sem passar vibrações para a parte interna, silencioso e gostoso de dirigir.
A caixa de direção era muito precisa, macia e segura, tanto em altas velocidades, como em manobras na cidade.
A suspensão conseguia ser macia e ao mesmo tempo segura, em curvas de alta cumpria seu papel.
Acabamento Externo
Frente com faróis retangulares com setas embutidas em um mesmo conjunto.
Para-choques em lâminas de aços cromados.
Rodas de aço tradicionais Dodge, com grandes calotas cromadas.
Logo Dodge Polara GL na lateral dos para-lamas dianteiros.
Retrovisores pretos de plástico, com ajuste manual.
Lanternas traseiras bicolor, com luz de ré.
Acabamento Interno
Painel com acabamento em couro e detalhes em madeira, com mostradores básicos.
Bancos em tecido aveludado.
Acabamento de portas em imitação de couro preto e detalhe acarpetado.
Volante de 4 raios de plástico injetado com forração em couro.
Rádio AM/FM.
Ventilador.
Ar quente.
Acendedor de cigarros.
Cinzeiro embutido no painel.
Cinziero cromado na parede lateral do banco traseiro.
Acionamento dos vidros manual basculante.
Assoalho e porta malas acarpetados.
Ficha Técnica – Dodge Polara GL 1980
Carroceria Coupé;
Porte Médio;
2 portas;
Motor Dodge 1.8;
Cilindros 4 em linha;
Longitudinal;
Tuchos mecânicos;
Tração traseira;
Combustível Gasolina;
Carburador;
Direção Simples – Opcional para hidráulica.
Câmbio manual de 4 marchas;
Embreagem monodisco a seco;
Freios a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso 1004 kg;
Potência 90 cv;
15 kgfm a 5500 rpm.
Potência Máxima 5500 rpm;
De 0 a 100 – 15,2 Segundos;
Velocidade máxima 156 km/h;
Consumo Consumo na Cidade 9 KM/L – Estrada 10,2 KM/L;
Porta malas 316 Litros;
Carga útil – não informado;
Tanque de combustível 65 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 117.945,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros
Carros Clássicos Brasil – Dodge Polara
Meu primeiro polara, comprei em 1997. Era todo preto, 1980, com teto solar e automático de 4 marchas (1⁰ no Brasil). Naquela época, sem as redes sociais q tanto ajudam quem precisa manter uma relíquia automotiva, tive muitas dificuldades em mantê-lo. Manutenção relaxada, consumiu-se frente ao uso diário. Dei-o como sinal de outro 1980 automático q me acompanha até hoje. Problemas? Pastilhas, regulagens e peq detalhes. Meu pequeno leãozinho. Idêntico, até na cor, ao da matéria.
Tive 1982.a álcool bebia mais que o Lula mas era macio pra andar kkķkk
Tive dois Polaras… rodei o Brasil todo com ambos.. seguro e conforto a toda prova… o melhor cambio que vi na minha vida..so faltava uma 5a marcha….
Tive um Dodge 1800 branco, ano 1975. Era um carro bom, barato e confortável. Eu fiquei amigo do mecânico, pois quase todo mês eu estava lá na oficina. A manutenção era simples e barata e me acostumei com os problemas. Em seguida comprei o Polara. Era um ótimo carro, na verdade era o 1800 melhorado. Os problemas foram resolvidos, viajei bastante e nunca me deixou na mão. Só sai da marca depois que a produção parou. Mudei então para o Corcel II.
eu considerava uma droga ate dirigir um; tive que engolir tudo o que eu falava; Pre-conceito. ele era tudo de bom.
O melhor veículo que já possui, fiquei 10 anos rodando na cidade e nas piores estradas da minha cidade e nunca min deixou na mão ,grande Dodge polara,deixou muita saudade.
Tive um cor bordô, ano 85, melhor carro da época, muito confortável, primeiro motor 1.8 do Brasil, melhor mecânica que já vi até hoje, Dodge é carro pra vida toda, só saiu de linha porquê a Volks comprou a Dodge do Brasil e descontinuou o Doginho, pra poder vender o Passat, esse sim quebrador de câmbio, carrinho fe plástico…
Nãome lembro muito bem, mas parece que a DKW também foi comprada pela VW e, logo depois, desativada …
verdade