Entre os anos de 1935 e 1956 a Chevrolet liderou os mercados norte-americano e latino americano, e durante a primeira metade da década de 1950, o Chevrolet Belair foi a bola da vez em número de unidades mais emplacadas
Na prática o projeto desenvolvido foi de um conversível, mas foi adicionado uma carroceria rígida e fixa, e reposicionado pela montadora como um sedã de grande porte.
O Chevrolet Belair Sedan 1954, não tinha variações de versões, era basicamente sempre os mesmo itens na configuração DeLuxe Premium, só a partir de 1955 com a nova geração, que recebeu diversas outras versões, de entrada e intermediária + opcional para motor V8.
Mas como um modelo tão caro e luxuoso desfilava nas ruas de países de terceiro mundo como o Brasil durante a década de 1950? A resposta é simples.
Após no pós-guerra o porto de Santos, no litoral paulista, passou a ser a porta de entrada de veículos utilizados na segunda guerra mundial, como os caminhões alemães Mercedes Benz, remanescentes do combate, que eram vendidos para grandes fazendeiros, negociadores de café no estado de Minas Gerais e Nordeste.
Os carros de passeio como o Chevrolet Belair Sedan 1954, acontecia o mesmo processo, chegava no Brasil como parte do pagamento de gigantescas quantidades de sacas de café. Ou mesmo trazidos por empresários intitulados importadores como a Brastemp / Brasmotor.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto carroceria, chassi e suspensão, era considerado atualizado para a época. Porém uma suspensão muito macia e um sistema de direção hidráulica pouco preciso era sempre bom ficar atento em curvas de alta.
Motor – O motor Chevrolet Assembled de 6 cilindros e 105 cv, era de manutenção descomplicada, porém o custo das manutenções de um modelo zero km, só estava ao alcance da classe alta.
Câmbio – O câmbio 3 marchas era eficiente de engates precisos, mas exigia constantes manutenções preventivas na alavanca de engates.
Retomadas e ultrapassagens – Mesmo sendo um modelo de grande porte, que aparentava pesar muito, o conjunto tinha apenas 1460 kg, com um robusto motor de 6 cilindros, era eficiente e seguro.
Consumo – Para um motor 3.9 a gasolina de um modelo de grande porte, 4,5 km/l na cidade estava dentro do esperado, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Redondos de lentes boleadas, embutidos os para-lamas com recuo;
Setas dianteiras – Embutidas nas extremidades da grade de ar do motor;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono cromados, que acompanham as linhas do carro;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De aço carbono cromada;
Retrovisores Externos– Cromado estilo bracinho;
Frisos – Metálico em toda a extensão lateral, sendo que nos para lama traseiros o logo “Belair”;
Rodas – Rodas de aço tradicionais da família Chevrolet, com calotas cromadas;
Maçanetas – cromadas;
Logo – “Chevrolet” na tampa do motor;
Lanterna Traseira – Bicolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala horizontal + temperatura do motor + Voltímetro;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em aço na cor da carroceria e metal cromado;
Volante – De plástico injetado de dois raios e arco interno metálica para acionamento da buzina;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Analógico;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em couro;
Acabamento das portas – Em couro e detalhes cromados;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Chevrolet Bel Air Sedan 1954
Carroceria – Sedã;
Porte – grande;
Portas – 4;
Motor – Chevrolet Assembled 3.9;
Cilindros – 6 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 105 cv;
Peso Torque – N/D kg/kgfm;
Cilindrada – 3852 cm³;
Torque máximo – 26,6 kgfm a 2000 rpm;
Potência Máxima – 3600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador Simples;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 3 velocidades com alavanca na coluna de direção;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a tambor nas 4 rodas;
Peso – 1460 kg;
Suspensão dianteira – Coil springs;
Suspensão traseira – Feixe de molas semi elíptica – De Dion axle;
Comprimento – 5020 mm;
Distância entre-eixos – 2920 mm;
Largura – 1854 mm;
Altura – 1450 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 19.5 Segundos;
Velocidade máxima – 175 km/h;
Consumo: Cidade 4,5 km/l – Estrada 8 km/l;
Autonomia: Cidade N/D km – Estrada N/D km;
Porta malas – N/D Litros;
Carga útil – N/D kg;
Tanque de combustível – 60 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 371.678,00 – Valor com taxa de importação inclusa;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Acho o Bel Air um dos carros clássicos mais lindos, o que saiu posteriormente, então, acho ainda mais bonito. Tenho uma miniatura de um, já que os reais são acessíveis apenas para os muito endinheirados. Vi um para vender em um site famoso de autos, todo restaurado, que sai por Duzentos Mil Reais.