O Chevette dourado da nossa matéria, é uma versão SL do ano de 1986, um exemplar que nunca foi restaurado. Mas o foco da nossa matéria é a grande façanha que o compacto da Chevrolet conseguiu entre os anos de 1985 e 1986, a briga no quintal de casa com o irmão médio Chevrolet Monza, pelo posto de carro nacional mais vendido.
Em 1980 o Chevette teve seu último e maior pico de vendas, foram 94.816 unidades emplacadas, mas nos anos de 1981 e 1982, as vendas despencaram, o motivo foi a chegada do VW Gol e Voyage, principalmente do sedã três volumes compacto da VW, com uma plataforma mais moderna e ainda levava o forte marketing de utilizar o motor refrigerado a água da família Passat.
A Chevrolet com um projeto menos atualizado no mercado, resolveu se mexer, e focou no ponto fraco do concorrente da montadora alemã, o preço, o VW Voyage entre os anos de 1981 e 1983, era um compacto com preço muito salgado, valores próximos ou igual as versões de entrada do médio VW Passat.
A GM reposiciona economicamente o Chevette acima do VW Fusca e Fia 147, e abaixo de toda a linha VW BX, incluindo do apático Gol refrigerado a ar. Os resultados logo apareceram, já em 1983 as vendas voltam a subir, pulam da média de 69.000 unidades emplacadas por ano, para 85.984 exemplares vendidos.
Entre os anos de 1985 e 1986 a Chevrolet teve um doce problema, a briga no quintal de casa pelo posto de carro mais vendido do Brasil, entre Chevrolet Monza e Chevrolet Chevette. Em 1985 o Monza emplacou 62.544 unidades, contra 61.526 unidades do Chevette, os líderes do mercado repetem a dose no ano seguinte, em 1986 o Monza emplaca 73.192 exemplares contra 69.182 exemplares do Chevrolet Chevette.
A unidade da nossa matéria o Chevette dourado, vinha equipado com o motor 1.6 de 72 cv a álcool, com câmbio manual de 5 marchas, 12,3 kgfm de torque máximo a 3200 rpm, com um consumo 7,4 km/l na cidade e 11 km/l na estrada. Vendido nas cores metálicas e com câmbio automático apenas como opcional.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma ótima estabilidade, com um peso muito bem distribuído e tração traseira, era muito eficiente em curvas de alta, em retas em velocidades acima de 140 km/h, se mantinha bastante equilibrado.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet 1.6 de 72 cv, era eficiente na cidade e bastante confiável, mas o ponto negativo ficava para pouca elasticidade do conjunto motor e câmbio.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios, e exigia poucas trocas de marchas na área urbana, permitindo ao motorista ficar em longos períodos na terceira marcha em baixa rotação.
Retomadas e ultrapassagens – Cumpria com seu papel para um carro popular da década de 1980, com aceleração de 0 a 100 em 16,9 segundos.
Consumo – Para um motor 1.6 a álcool fazer 7,4 km/l na cidade era uma boa média para a década de 1980, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em aço carbono cromado com friso emborrachado;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De plástico na cor grafite, com frisos na horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecânico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão lateral do carro, com detalhe metálico e o logo “Chevette SL”;
Rodas – De aço 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor metálica;
Logo – “1.6 Álcool”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Analógico no centro do painel;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Mecânico;
Acabamento dos bancos – Em tecido;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros embutidos nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Chevette dourado – Na versão SL do ano de 1986
Carroceria – GM Sedã;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Chevrolet 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Álcool;
Potência – 72 cv;
Peso Torque – 75,77 kg/kgfm;
Cilindrada – 1599 cm³;
Torque máximo – 12,3 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 932 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido, barra Panhard – Mola helicoidal;
Comprimento – 4193 mm;
Distância entre-eixos – 2395 mm;
Largura – 1570 mm;
Altura – 1324 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 16,9 Segundos;
Velocidade máxima – 150 km/h;
Consumo: Cidade 7,4 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 429,2 km – Estrada 638 km;
Porta malas – 321 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 58 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 76.731,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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