Em 1965, o VW Sedan, o Fusca, foi o carro mais vendido do Brasil, emplacando em todas as suas versões e configurações 59.966 unidades.
O Fusca pé de boi, foi um projeto da Volkswagen em resposta ao lançamento do DKW Pracinha, uma parceria entre a irmã pobre da VW e o governo federal.
Na Alemanha ambas as empresas, compartilhavam o mesmo grupo a Auto Union, composta pela VW com parceria direta com o grupo Porsche, a própria DKW, e mais duas montadoras subsidiárias locais.
No Brasil, a DKW tinha uma certa autonomia, por estar sob a concessão do grupo Vemag, mas em 1965 a Auto Union passa a ser propriedade da Volkswagen, e inicia o processo do nascimento da Audi e a dissolução da DKW, tanto na Europa como no Brasil.
Mas ainda em 1965/66, é lançado o DKW Pracinha, uma parceria financiada pelo Governo Federal, para atender ex combatentes da segunda guerra e descendentes.
Que se tronaria o carro mais básico e barato do Brasil. A irmã rica Volkswagen, que na prática já era a proprietária da DKW, mas ainda tinha que cumprir o contrato com a Vemag até o final de 1967, não deixou barato.
No mesmo período, a Volkswagen entra no mesmo projeto do governo, e lança o Fusca pé de boi, termo usado até os dias de hoje, para carros seminovos e zero km com poucos equipamentos de conforto e segurança.
O modelo da VW acabou se superando, se tronou o mais pelado do Brasil, superando em simplicidade o irmão DKW.
Mas para quem não tem muita familiaridade com a família Fusca, fica uma pergunta. Como um carro que já era tão simples e básico, conseguiu ter menos itens ainda?
A montadora retirou coisas que entendia como supérfluas para a época. Frisos, retrovisores e piscas dianteiros, emblema VW, o acabamento externo ficou sem as partes cromadas, tudo pitado em branco como os para-choques sem a parte superior “cabide”.
Pintura disponível em duas cores, cinza claro e azul. No acabamento interno o painel não tinham os detalhes cromados, os bancos eram feitos com um material de menor qualidade e não existia tampa do porta-luvas e tampa do porta-malas que ficava atrás do banco traseiro.
Ficha Técnica
- Carroceria – Sedã;
- Porte – Compacto;
- Portas – 2;
- Motor – VW Boxer 1200;
- Cilindros – 4 Opostos na horizontal;
- Válvulas por cilindro – 2;
- Posição – Longitudinal;
- Tuchos – Mecânicos;
- Tração – Traseira;
- Combustível – Gasolina;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 4 velocidades, alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a tambor nas quatro rodas;
- Peso – 780 KG;
- Comprimento – 4070 mm;
- Distância entre-eixos – 2400 mm;
- Potência – 36 cv;
- Cilindrada – 1192 cm³;
- Torque máximo – 8,7 kgfm a 2800 rpm;
- Potência Máxima – 4600 rpm;
- Aceleração de 0 a 100 – N/D;
- Velocidade máxima – 95 km/h;
- Consumo: Cidade 9 KM/L – Estrada 13 km/l;
- Autonomia: Cidade 293 km – Estrada 490 km;
- Porta malas – 141 Litros;
- Carga útil – 380 kg;
- Tanque de combustível – 41 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 78.990,00.
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – lartbr.com.br