Chevette perua o único SW nacional compacto com motor dianteiro e tração traseira, e ainda oferecia opção para câmbio automático. O modelo nasceu com o nome Marajó, Ilha da foz do Rio Amazonas, e ao contrário do que muitos pensam, era mais aerodinâmico, com melhor estabilidade e equilíbrio nas frenagens que o irmão Chevette Sedan.
O modelo em seu lançamento em 1980, ganhou um projeto único da Chevrolet no sistema de freios e suspensão. A suspensão traseira foi redesenhada para receber uma carga maior de peso, o eixo ganhou válvulas equalizadoras. A função da válvula equalizadora é regular a pressão do fluido hidráulico nas pinças de freios ou tambores traseiros, distribuindo melhor a frenagem entre a dianteira e a traseira do veículo, evitando que as rodas traseiras fiquem livres ou provoquem travamento desnecessários.
E com amortecedores mais reforçados, a Perua Chevette Marajó se tornou um dos carros mais equilibrados e seguros produzidos no Brasil durante a década de 1980. Era o único dentro do segmento das peruas compactas, com motor dianteiro e tração traseira, deixando o carro divertido de dirigir.
O sistema único de freios e suspensão, deixavam a perua compacta, tanto em terrenos mais acidentados como estradas de chão batidos, ruas de paralelepípedos com muitas ladeiras, e até no asfalto, segura e muito equilibrada.
Outro detalhe ainda em seu lançamento em 1980, foi que o projeto Chevrolet, transformou do dia para o noite o Volkswagen Variant II em um modelo desatualizado e praticamente sem mercado. A pesar do utilitário Volkswagen ser posicionado como um modelo de médio porte, e economicamente tinha o preço abaixo do médio Ford Belina, e muito próximo do Chevrolet Marajó, e acabou praticamente ficando sem espaço para vendas.
A bem sucedida dinastia do Chevette perua, chegou em 1989 já com a plataforma desatualizada em relação aos compactos Volkswagen Parati e Fiat Elba. A marca coloca no mercado o Kadett Ipanema, uma perua de médio porte, mas que nas versões de entrada mordia uma boa fatia do mercado dos modelos Fiat e Volkswagen. A montadora só voltou a ter uma perua compacta em 1997, com a chegada do Corsa Wagon.
O exemplar da nossa matéria é um Chevrolet Marajó 1.6/S do ano de 1989. O modelo no mercado de carros clássicos ocupa uma posição de veículo raro, são poucas as unidades disponíveis e prontas para fazer parte de uma cervo. Mas ainda tem um preço bastante comportado, com valores que podem variar entre R$ 35.000,00 e R$ 45.000,00.
Ficha Técnica – Chevette perua – Marajó 1.6/S – Ano 1989
Carroceria – Perua; Porte – Compacto; Portas – 2; Motor – Chevrolet 1.6/S; Cilindros – 4 em linha; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Longitudinal; Combustível – Gasolina; Potência – 73 cv; Peso Torque – 80,8 kg/kgfm.
Cilindrada – 1599 cm³; Torque máximo – 12,6 kgfm a 3000 rpm; Potência Máxima – 5200 rpm; Tração – Traseira; Alimentação – Carburador; Direção – Simples; Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho.
Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 986 kg; Suspensão dianteira – Independente, braços sobrepostos – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal.
Comprimento – 4193 mm; Distância entre-eixos – 2395 mm; Largura – 1570 mm; Altura – 1385 mm; Aceleração de 0 a 100 – 15,6 Segundos; Velocidade máxima – 150 km/h; Consumo: Cidade 9 km/l – Estrada 13 km/l.
Autonomia: Cidade 558 km – Estrada 806 km; Porta malas – 469 Litros; Carga útil – 450 kg; Tanque de combustível – 62 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 106.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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