Carros clássicos esportivos, o médio da Ford que marcou toda uma geração, o modelo chegou da Europa em 1983, a montadora que ainda apostava na plataforma do Ford Corcel, que era um projeto remanescente do Renault 12 da década de 1960, resolveu trazer apenas a metade do Escort para o Brasil.
Carroceria, acabamento interno e externo eram do Ford Escort XR3 europeu, mas recebeu uma plataforma adaptada para o Brasil, com suspensão e câmbio da família Corcel/Del Rey, o motor Cléon fonte 1.6, recebeu um significativo upgrade, foi rebatizado de CHT e montado na posição transversal.
No ano de seu lançamento a versão esportiva Escort XR3, se tornou o carro mais rápido do Brasil entre os modelos médios e compactos, superando até mesmo o Passat GTS equipado com o motor MD-270 1.6, e o Chevrolet Monza 1.6. No mesmo ano a Chevrolet colocou no mercado as primeiras unidades do Monza hatch 1.8, ainda sim o XR3 se manteve como o nacional mais ágil e eficiente dentro do segmento.
Mesmo sem trazer para o Brasil os motores Ford Kent 1.4, 1.5 ou 1.6 que foram devidamente preparados pela Lotus para equipar esportivos compactos, ou uma das primeiras gerações do Zetec 1.6 ou 1.8. O CHT, principalmente na configuração a álcool deu conta do recado.
Mas em 1984, Chevrolet e Volkswagen, iniciam uma alucinante corrida para melhorar seus motores, os VW refrigerados a água e os propulsores que equipavam a família Monza. Os motores VW MD-270 recebem novos upgrades e a montadora cria uma nova ramificação do propulsor o MD-280 1.8, já a Chevrolet em 1984 deu mais fôlego ao motor Chevrolet Família II do projeto Monza.
Foi o primeiro passo para uma evidente desatualização dos motores Ford no Brasil, entre os anos de 1985 e 1987 com a chegada dos motores AP 1.8, AP 1.6 e das novas configurações dos motores Chevrolet 1.8 e 2.0, o CHT desceu ladeira abaixo.
Mas isso não impediu o grande número de unidades emplacadas ano a ano do Escort XR3, entre 1983 e 1987 o esportivo Ford, sempre esteve entre os nacionais mais vendidos, e ainda realizou um feito histórico para a época, foi o único sobrevivente entre os modelos médios e compactos com com carrocerias hatch/fastback, a sobreviver em 1988, quando Chevrolet e Volkswagen descontinuaram, o Passat quadrado, Monza hatch e o opala cupê.
Hoje no mercado de Carros clássicos esportivos aqui no Brasil, ele não figura entre os modelos de alto custo, mas ainda é uma grande atração em acervos de colecionadores e entusiastas. Muitos apaixonados compram unidades em bom estado de conservação no mercado de carros usados, apenas para dar o famoso rolezinho nos finais de semana.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis retangulares de lentes planas, boleados nas extremidades;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor grafite, com um fino friso vermelho;
Faróis de neblina – Não – Utilizava luzes de longo alcance na parte superior dos para-choques;
Grade de ar do motor – Uma extensão discreta do para-choque dianteiro;
Retrovisores Externos – Estilo panorâmico com ajuste elétrico interno;
Frisos – Emborrachados em toda a extensão lateral com detalhes em vermelho;
Rodas – Rodas de liga-leve 185/60 R14;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Escort XR3; na tampa do porta-malas
Lanterna Traseira – Tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Sim;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tom cinza e grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Opcional;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital no teto;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Elétricos;
Sistema de travamento das portas – Elétrico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno elétrico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e veludo;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros nos bancos dianteiros, com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Carros clássicos esportivos – Versão XR3 – Ano 1988
Carroceria – Ford Hatch;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – CHT 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Trasnversal;
Combustível – Álcool;
Potência – 86,1 cv;
Peso Torque – 75,2 kg/kgfm;
Cilindrada – 1555 cm³;
Torque máximo – 12,9 kgfm a 4000 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – A disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 970 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Comprimento – 4060 mm;
Distância entre – eixos – 2402 mm;
Largura – 1640 mm;
Altura – 1324 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 13,1 Segundos;
Velocidade máxima – 157,5 km/h;
Consumo: Cidade 6,7 km/l – Estrada 10,6 km/l;
Autonomia: Cidade 322 km – Estrada 509 km;
Porta malas – 305 litros;
Carga útil – 380 kg;
Tanque de combustível – 48 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 195.980,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.