A série especial Logus Wolfsburg Edition 2.0i foi uma homenagem a matriz da montadora na Alemanha, era um modelo requintado aos moldes do Escort Ghia.
Construído na plataforma Ford Escort e utilizando mecânica Volkswagen, na verdade o Logus não passava de um Ford Escort sedã, com a intenção de criar uma versão aos moldes dos modelos Escort e Verona Ghia.
A montadora alemã para não criar uma briga em família, ao invés de utilizar o nome Ghia, optou por uma solução caseira “Wolsfsburg Edition”.
Com plataforma Ford e mecânica Volkswagen o carro era ágil, leve e muito rápido, o acabamento interno tinha o mesmo requinte e conforto da família Escort, para muitos o luxo lembrava a badalada linha Del Rey dos anos 1980.
Desempenho – Volkswagen Logus Wolfsburg Edition 1997
O motor AP 2000 com injeção Multiponto dava ao carro muita agilidade na cidade e saúde na estrada, o robusto motor AP não passava vibração para a carroceria mesmo em giros alto, o nível de ruído interno era muito baixo e confortável.
Em retas em velocidades acima de 160 KM/h, e em curvas de alta, pagava o preço da suspensão muito macia, o motorista sempre precisava ficar atento para eventuais balanços e saídas de traseira.
Outra reclamação dos proprietários era em utilizar o carro em áreas urbanas com muito peso, dois adultos na frente, dois adultos no banco de trás, e ou porta malas cheio, o carro ficava muito baixo, arrastando o assoalho em lombadas e desníveis urbanos.
Acabamento Externo
Carroceria sedã porte médio de duas portas.
Frente com faróis com um desenho que acompanhavam as linhas do carro.
Lindo faróis embutidos com luz de longo alcance, revestidos com lente de vidro levemente boleada.
Mesmo sendo um desenho Ford, o conjunto de lentes dianteiras lembram o VW Scirocco dos anos 1980.
Para-choques envolventes na cor do carro com um fino friso metálico dando um toque esporte fino.
Faróis de neblina embutidos no para-choque dianteiro.
Brasão Wolfsburg na lateral dos para lamas dianteiros.
Friso lateral emborrachado com friso metálico.
Retrovisores satélites com controle elétrico.
Rodas de liga-leve enraiadas 185/60 R14.
Lanternas traseiras fumê bicolor.
Imagens Reginaldo de Campinas Raridades.
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Acabamento Interno
Acabamento de bancos e portas em tecido aveludado, muito utilizado na linha Ford.
Painel com desenho que acompanhava as linhas do carro, com mostradores de fácil visualização, como conta-giros.
Volante de espumado de três raios.
Ar-condicionado.
Vidros, travas e retrovisores elétricos.
Rádio Digital.
Imagens Reginaldo de Campinas Raridades.
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Ficha Técnica
Motor Motor Volkswagen AP 2000.
Injeção Multiponto.
Direção Hidráulica.
Câmbio manual 5 marchas.
Freios a disco ventilados nas rodas dianteiras e tambor nas traseiras.
Peso 1110 KG.
Potência 115,5 CV de força.
De 0 a 100 – 10 Segundos.
Velocidade máxima 192 KM/h.
Consumo Cidade 10,2 KM/L Estrada 12,2 KM/L.
Porta malas 508 Litros.
Carga útil 420.
Tanque de combustível 64 Litros.
Preço atualizado aproximado. R$ 75.985,00.
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens Reginaldo de Campinas Raridades.
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Motor Tudo – Volkswagen Logus Wolfsburg Edition 2.0 1997.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Carros dos anos 90 – Carros Clássicos brasileiros.
Tenho um há vinte anos e até hoje não me animei a trocar por outro, problemas mecânicos todos os automóveis têm. O Logus é um carro econômica, espaçoso e de manutenção barata, algumas peças de acabamento são difíceis de encontrar, porém nunca fiquei com o carro parado em oficina esperando por peças de concessionária, como acontece com a maioria desses carros atuais, cujas montadoras estão apenas preocupados em vendê-los. A vw poderia ter investido um pouco mais no projeto e resolvido estas panes, que estes ditos engenheiros não conseguiram resolver. Não ando de carro novo porquê não valem o que oferecem, além de estarem cada vez mais atrelados aos serviços prestados pelas concessionárias e por conseguinte so lucro das mesmas e desses engenheiros que projetam esses micos sobre rodas.
Uma observação: o motor AP 2000 era, sim, bem áspero! Passava, sim, muita vibração. Com o ar condicionado ligado, então, era a maior tremedeira…
Melhorou um pouco com a troca dos coxins do motor, da homocinética e a regulagem da injeção, mas a aspereza era uma característica dele.
Fonte: Experiência própria (tive um Logus Wolfsburg 1995, de 2012 a 2014) e mecânicos de confiança.
Abraço!
No ano de 1994, como eu sou engenheiro e era gerente de pós-vendas da extinta VW Bandeirantes, de São José dos Campos – SP, o patrão resolveu me fazer de garoto-propaganda ou do fracassado Logus, ou do fracassadíssimo Pointer, vendendo um deles para mim a preço de custo: – “Se você que é engenheiro tiver um carro desses vai facilitar a venda deles para mim.”.
Já que eu tinha uma Quantum GLSi 94, optei por um Logus GLSi 94, pois em termos de espaço para bagagem o Logus praticamente equivalia à Quantum, e eu precisava muito desse espaço. Então, fiquei com dois carros muito diferentes um do outro: um Gol GTS 93 azul Riviera, comprado zero, e um Logus GLSi vermelho stilus, também zero. Somente em duas características o Logus superava o Gol, sendo elas beleza e velocidade máxima (até o GTS ganhar um turbo-compressor, bem-entendido!); no geral o “Fordwagen” era um tremendo fiasco!
A revista QUATRO-RODAS, sempre conservadora nos seus testes, conseguiu atingir 196 km/h reais num Logus GLSi, sinal de que em qualquer descida longa de estrada o carro superava de leve os 200 km/h. Foi o VW mais rápido entre todos os fabricados no Brasil até o seu lançamento, inclusive 10 km/h à frente do seu irmão Pointer GTi, por conta da mancada (outra dentre inúmeras) do câmbio curto deste último.
Quanto a parar toda esta correria nem por sonho, em virtude (desvirtude) dos freios subdimensionados, que fadigavam devido ao superaquecimento. Assim, quem se metesse a correr com o carro, conforme fiz diversas vezes, recorde de percurso SJC – BH – SJC entre 1982 – 1994, que ficasse esperto, ou melhor, que se valesse da ajuda do Todo-Poderoso, senão… Por oportuno, o termo fadiga quando referente a freios consiste de um erro na tradução de ‘fading’, i.e., ‘weakening in force or intensity’ (= debilitado em força ou intensidade).
Outro detalhe de projeto ridículo era a embreagem com regulagem automática, esta “assegurada” (ENTRE ASPAS!) por um monte de traquitanas de plástico, cuja missão era a de atuar feito engrenagens (!?). Quantas vezes eu me vi obrigado a socorrer minha mulher! – “Tô na xxx, vem aqui que o carro não entra marcha…”.
As coifas externas das juntas homocinéticas vira-e-mexe (literalmente falando) furavam, espalhando graxa a torto e a direito, pois em determinadas condições – ângulo de esterçamento, carga transportada no veículo, desnível entre as rodas, inclinação da curva e velocidade – elas interferiam (raspavam) nas bandejas da suspensão, justo na cabeça de um parafuso!
E a suspensão? Ah, a suspensão rangia, e não apenas rangia: punha ainda o motorista menos experiente em sérios apuros na primeira curva sinuosa.
Este era o Logus, o que “logus, logus” saiu de linha.
No final de 1995 surgiu o Gol GTi ‘bolinha’, eu tive a oportunidade de dirigir um A ÁLCOOL e fiquei super bem impressionado, o motor dois litros roncava gostoso graças ao escapamento esportivo, e o carro acelerava semelhante a uma moto “viúva-negra”, guardadas as devidas proporções, evidentemente. Em fevereiro de 1996 comprei um na concessionária VW de Pouso Alegre – MG, branco nácar, Recaros em couro cinza, completaço, um show! Curioso observar, naquela época – 1996 – pouca gente mantinha interesse pelos carros a álcool, a despeito de o preço do litro custar pouco acima de trinta centavos – bons tempos!
Meu ex-vizinho vivia “namorando” o Logus: – “Olha só…”, disse a ele, “… vamos dar uma volta com você dirigindo, tá legal!”. Conforme eu pensava, A NAVALHA (o ‘navalha’) ENCONTROU COM A BARBA: foi meu adeus ao Logus.
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