Corcel 2 GT aqui da nossa matéria, é do ano de 1980, quando toda a família do médio da Ford é reconhecido como o carro que melhor se adaptou ao proálcool, os motores 1.4 e 1.6 Cléon Fonte, na configuração a álcool, tinha um giro mais estável, eram mais ágeis, e ainda tinham um nível de ruído mais baixo que a concorrência.
No mesmo ano a versão esportiva GT, ao lado da top de linha LDO, passaram a ser conhecidos como modelos ostentação. A Ford aproveitando o bom desempenho na nova era do proálcool, e com as vendas em alta, levou o preço do seu coupé médio as alturas, independente se era motor a álcool ou gasolina.
Com toda a logística da montadora aqui no Brasil indo de vento e popa, também nasce o projeto Ford Del Rey, que era trazer de volta o Corcel sedã, porém com um posicionamento de carro de luxo.
Voltando a falar do nosso Corcel 2 GT, do ano de 1980, o modelo tinha uma estrutura menos moderna que seu principal concorrente o Passat TS, mesmo assim brigou palmo a palmo pelos números de unidades emplacadas naquele ano, com o esportivo alemão.
Mas quem viveu a época, entende muito bem o frisson que o carro causava nas ruas. Ao chegar em uma concessionária você ficava impressionado com a beleza da carroceria, o bom gosto dos adereços esportivo e a qualidade do acabamento, era difícil não se apaixonar.
OBS: – A unidade aqui da matéria utiliza lanternas traseiras do Corcel II 1985/86
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma boa estabilidade, mas a suspensão muito macia, que por um lado, proporcionava muito conforto, deixava o carro instável em curvas de alta, com 5 adultos e porta malas cheio, a suspensão atingia seu ponto zero facilmente.
Motor – Utilizando o motor Cléon Fonte 1.6, de 90 cv brutos, aproximadamente 78 cv líquidos a gasolina, era confiável, e com um giro bastante estável em médias e baixas rotações, atendendo as expectativas o início da década de 1980 para um modelo de médio porte. Mas a esportividade ficava apenas para o visual e adereços.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios e exigia pouca manutenção, mas o barulho do engate da ré, tirava um pouco do conforto.
Retomadas e ultrapassagens – Com um motor com fôlego que respondia muito bem ao pedal do acelerador, era seguro e confiável. Mas com carga máxima, o carro perdia fôlego, então era bom negociar bem as ultrapassagens em estradas de mão dupla.
Consumo – Esse sempre foi um dos pontos fortes da família Ford Corcel, fazer 9 km/l na cidade com um motor 1.6, era uma grande virtude, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutida no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono, na cor grafite;
Faróis de neblina – Sim;
Grade de ar do motor – Em lâminas de plástico na horizontal na cor grafite;
Retrovisores Externos – Com ajuste manual;
Frisos – Não – Utilizava pintura com um apelo esportivo em toda a extensão lateral do carro;
Rodas – De aço tradicionais a família corcel 185/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “Corcel II GT”, na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Bicolor com luz de ré – Do Corcel II 1986;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil;
Volante – Esportivo de três raios;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em courvin, com detalhes cromados;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Corcel 2 GT – Ano 1980
Carroceria – Cupê;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – Ford Cléon Fonte 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 90 cv brutos, aproximadamente 78 cv líquidos;
Peso Torque – 74,0 kg/kgfm;
Cilindrada – 1555 cm³;
Torque máximo – 13 kgfm a 4000 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 962 kg;
Suspensão dianteira – Independente, Braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido – Mola helicoidal;
Comprimento – 4468 mm;
Distância entre-eixos – 2438 mm;
Largura – 1659 mm;
Altura – 1338 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 15,9 Segundos;
Velocidade máxima – 151 km/h;
Consumo: Cidade 9 km/l – Estrada 13 km/l;
Autonomia: Cidade 513 km – Estrada 741 km;
Porta malas – 380 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 57 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 252.980,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.