Com a chegada do modelo Volkswagen em 1981, já com motor refrigerado a água, o Chevette ganha um concorrente a altura, mas as vendas do compacto da Chevrolet se mentem no topo
Mesmo o modelo Volkswagen sendo um projeto mais atualizado e com uma mecânica mais eficiente, tinha um preço bem mais salgado que o Chevette sedã, e até o ano de 1985, ambos tiveram números de unidades emplacadas bastante próximos.
Em 1985 o cenário dentro do segmento dos sedãs três volumes compactos mudou, com a chegada do Fiat Prêmio e a nova atualização do VW Voyage, que ganha câmbio 5 marchas como opcional na versão LS, mas mantem o motor MD-270 1.6 até o mês de novembro.
O modelo da Fiat, trazia o motor 1.5 a álcool com câmbio 5 marchas, que era bastante elástico e um porta malas muito generoso de 530 litros, além do preço que ficava abaixo do modelo Volkswagen e próximo do Chevrolet Chevette.
No ano seguinte em 1986 o Chevette teve seu último ano de bons picos de vendas com 67.182 unidades emplacadas, já em 1987 o modelo emplacou apenas 45.727 unidades e não conseguiu mais se recuperar nos anos seguintes.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, dava ao carro uma ótima estabilidade, com um peso muito bem distribuído e tração traseira, era muito eficiente em curvas de alta, em retas em velocidades acima de 140 km/h, se mantinha bastante equilibrado.
Motor – Utilizando o motor Chevrolet 1.6 de 72 cv, era eficiente na cidade e bastante confiável, mas o ponto negativo ficava para pouca elasticidade do conjunto motor e câmbio.
Câmbio – O câmbio manual de 5 velocidades, tinha engates precisos e macios, e exigia poucas trocas de marchas na área urbana, permitindo ao motorista ficar em longos períodos na terceira marcha em baixa rotação.
Retomadas e ultrapassagens – Cumpria com seu papel para um carro popular da década de 1980, com aceleração de 0 a 100 em 16,9 segundos.
Consumo – Para um motor 1.6 a álcool fazer 7,4 km/l na cidade era uma boa média para a década de 1980, mais detalhes na ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis quadrados de lentes planas;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto com as setas;
Para – choques – Em aço carbono cromado com friso emborrachado;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De plástico na cor grafite, com frisos na horizontal;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecânico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão lateral do carro, com detalhe metálico e o logo “Chevette SL”;
Rodas – De aço 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor metálica;
Logo – “1.6 Álcool”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Conta – giros – Não;
Acabamento do painel – Em vinil na cor grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Analógico no centro do painel;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Mecânico;
Acabamento dos bancos – Em tecido;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros embutidos nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Chevette SL 1.6 1985
Carroceria – Sedã;
Porte – Compacto;
Portas – 2;
Motor – Chevrolet 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Álcool;
Potência – 72 cv;
Peso Torque – 75,77 kg/kgfm;
Cilindrada – 1599 cm³;
Torque máximo – 12,3 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5600 rpm;
Tração – Traseira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 932 kg;
Suspensão dianteira – Independente, braços sobrepostos – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo rígido, barra Panhard – Mola helicoidal;
Comprimento – 4193 mm;
Distância entre-eixos – 2395 mm;
Largura – 1570 mm;
Altura – 1324 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 16,9 Segundos;
Velocidade máxima – 150 km/h;
Consumo: Cidade 7,4 km/l – Estrada 11 km/l;
Autonomia: Cidade 429,2 km – Estrada 638 km;
Porta malas – 321 Litros;
Carga útil – Não informado;
Tanque de combustível – 58 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 76.731,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
O Chevette também era oferecido com 4 portas, mas que era muito pouco vendido. E era o único carro pequeno a oferecer câmbio automático.
Exatamente.
Tive um na mesma cor. Por ser usado substitui alguns itens (grade dianteira com para-choques envolventes e lanternas traseiras), o que deu um ótimo visual ao conjunto. O motor 1.6 tinha uma boa mecânica e o custo de manutenção, a meu ver, nada de estarrecedor. O motor correspondia bem à expectativa no trânsito urbano e na estrada. O consumo também estava dentro da expectativa, obedecendo para tanto as manutenções de praxe (carburador, velas, etc). A posição da alavanca de marchas dava um up no visual e no alcance do braço. O ponto negativo estava na regulagem do banco do motorista, cujo curso do trilho era um pouco limitado, o que não permitia para pessoas com altura superior a 1,75m um conforto melhor em viagens mais longas, pois o ângulo que ficavam os joelhos causava dor e incômodo. A portinhola do tanque de combustível (este localizado na parte superior traseira direita) era outro ponto positivo, além do que, no reabastecimento, tornava-se muito mais prático. A tração traseira também fez muito bem o seu papel, pois favorecia o acesso a locais íngremes, de forma que o carro não “patinava” na subida. O porta-malas era generoso, muito espaçoso e de fácil acesso tanto para colocação quanto para retirada de bagagens.