Ele chegou ao mercado em 1968, como um sedã 4 portas, ainda posicionado como um compacto de luxo com a melhor relação custo benefício da época
No ano de 1977, as últimas unidades foram produzidas, deixando apenas o modelo cupê em produção, mas a versão Corcel I 4 portas 1969, ganhou o título de carro do ano, muito econômico, manutenção descomplicada e um acabamento interno bastante requintado.
A carroceria sedã, foi largamente utilizado por taxistas e frotistas até o final da primeira metade da década de 1970. Outro grande diferencial do carro, era a manutenção relativamente barata para a época, tendo em vista que entre 1968 e 1972 o Corcel 1 foi posicionado como compacto, apenas em 1973 que a montadora reposicionou como modelo de médio porte.
O baixo consumo de combustível, também era um grande atrativo, incríveis 10 km/l na cidade, em uma época onde os carros nacionais faziam em média 4,5 km/l.
O espaço interno e a qualidade do acabamento fechavam o pacote, para a melhor relação custo benefício.
No ano de 1981, com a nova tendência de mercado para modelos médios, e o fim dos muscle cars já selado, a Ford assistiu a ascensão do VW Passat, e o anuncio da Chegada da família Monza, além da segunda geração Passat “VW Santana”, e tratou de se antecipar para trazer de volta o Corcel 4 portas.
Com uma nova suspensão, e com acabamento e visual executivo, recebeu um nome mais nobre “Del Rey” e foi sucesso imediato.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, entregava segurança e eficiência, cumpria o papel para um sedã da época.
Motor – Utilizando o motor Sierra 1.3 de 68 cv, era o modelo entre os compactos e médios entre 1968 e 1972, mais ágil e moderno do país.
Câmbio – O câmbio de 4 velocidades era eficiente, macio e deixava o carro descomplicado para dirigir.
Retomadas e ultrapassagens – Por ser um modelo leve, confiável, mais ágil que os modelos nacionais refrigerados a ar, era seguro e eficiente na estrada.
Consumo – Na versão 1.3 a gasolina, tinha um consumo considerado muito além dos padrões para a época, fazendo ótimos 10 km/l na cidade, conforme ficha técnica no final do post.
Acabamento Externo
Faróis – redondos de lentes boleadas, embutidos em uma moldura metálica.
Setas dianteiras – Embutidas na grade de ar do motor, próximo aos faróis;
Para – choques – Em lâminas de aço carbono cromados;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – De alumínio, com frisos na horizontal;
Retrovisores – Metálicos cromados;
Frisos – Metálicos no rodapé da carroceria em toda a extensão do carro;
Rodas – Rodas de aço, tradicionais da família Corcel;
Maçanetas – Cromadas;
Logo – “Corcel” na tampa do porta malas;
Lanterna Traseira – Lente vermelha, sem luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Equipamentos
Painel – Com mostradores básicos em escala circular;
Acabamento do painel – Metálico na cor grafite e detalhes em madeira jacarandá;
Volante – De plástico injetado, com aro cromado ao centro para acionamento da buzina;
Sistema de som – Rádio AM Ford Philco;
Ventilador – Não informado;
Ar – condicionado – Não;
Ar – quente – Não;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Não;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Manual;
Acabamento dos bancos – Em vinil;
Acabamento das portas – Em vinil, com detalhes em imitação de madeira jacarandá;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Sim;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Não;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Não;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Corcel 1 4 portas 1969
Carroceria – Sedã;
Porte – Médio;
Portas – 4;
Motor – Sierra 1.3;
Cilindros – 4 Em linha;
Posição – Longitudinal;
Tuchos – Mecânicos;
Tração – Dianteira;
Combustível – Gasolina;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 marchas, alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a tambor nas quaro rodas;
Peso – 944 kg;
Comprimento – 4410 mm;
Distância entre-eixos – 2438 mm;
Potência – 68 cv;
Cilindrada – 1289 cm³;
Torque máximo – 9,8 kgfm a 3200 rpm;
Potência Máxima – 5200 rpm;
Aceleração de 0 a 100 – 23,6 Segundos;
Velocidade máxima – 129 km/h;
Consumo: Cidade 10 KM/L – Estrada 13,4 km/l;
Autonomia: Cidade 570 km – Estrada 763,8 km;
Porta malas – 380 Litros;
Carga útil – Não Informado;
Tanque de combustível – 57 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 138.000,00.
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
Lembro que tivemos um desses logo no lançamento, desse modelo mesmo, sedan 69, vermelho como o da foto no manual do proprietário.
Eu tinha 6 anos na época, já achava interessante a diferença do modo de trancar as portas por dentro, em vez de apertar o botão, era pra apertar a maçaneta pra dentro e empurrar pra baixo.
O carro tinha uma certa cara de bobo, ficou mais agressivo mais tarde quando foi “adaptado pra ficar parecido com o Maverick”, especialmente o coupé GT. Adorava aquela onda sobre a roda traseira.
Obrigado Moises, belas recordações, abraços.
Eu vi alguns aqui em Teresina mais os que faziam sucesso mesmo era duas portas, meu pai ainda teve dois. Achava eles mais confortável que o Fusca (minha paixão) apesar aprender a dirigir no Fusca.
Eu gosto de ver esses carros antigos. é o meu sonho ter um dia um desses