VW Passat nigeriano tipo exportação um modelo extremamente raro. Sem dúvida uma das versões mais raras do Passat Quadrado, o modelo traz características bastante curiosas, na prática é um híbrido de Passat LSE Iraque com Passat LS Village
Quem ainda não conhece a versão tipo exportação, em um primeiro olhar imagina um Passat LS ou GL Village, pela carroceria duas portas, mas ao observar o acabamento interno, você logo fica confuso, o painel e o acabamento dos bancos dianteiros e portas são do Passat LSE Iraque, além de ser equipado de série com ar-condicionado.
Levantando o capô do carro, logo aparece o motor MD-270 1.6, o mesmo que equipava o Passat Iraque. Para quem ainda não sabe, em novembro de 1985 já como modelo 1986 as versões de entrada e intermediárias do Passat, passaram a serem equipadas com o AP 1.6, com exceção dos modelos tipo exportação.
Durante a década de 1980, Nigéria e Iraque enfrentavam sérios problemas político e financeiros, fazendo com que a Volkswagen não disponibilizasse para os dois países o novo upgrade de motores, mantendo o MD-270 1.6 até o final da produção.
A montadora alemã tinha com o governo nigeriano acordos comerciais, desde a década de 1970 com exportava o nosso VW Brasília 4 portas, rebatizado de VW Igala.
Ainda sobre o VW Passat nigeriano, as unidades direcionadas para o mercado interno brasileiro, foram oficialmente nomeadas como “Passat do mês”, conforme nota fiscal abaixo emitida pela concessionária em 1986.
Outros dois detalhes eram, o acabamento do banco traseiro, que não trazia encosto de cabeça e apoio para o braço, e a ausência do console na alavanca do câmbio de marchas com mostradores, voltímetro e temperatura do óleo, disponibilizados apenas para exportação para o Iraque.
Desempenho
Estabilidade – O Passat quadrado foi o carro nacional mais equilibrado entre os anos de 1973 e 1989, muito eficiente e seguro em curvas de alta, mesmo com o piso molhado. Em retas em velocidades acima de 160 km/h era firme sem balanços repentinos.
Motor – O motor MD-270 1.6 era eficiente e muito confiável, com uma ótima aceleração indo de 0 a 100 em 15,5 segundos, bons números para um modelo 1.6 que pesava mais de 1000 kg.
Câmbio – O câmbio manual de 4 velocidades, era de relações curtas, engates macios e precisos, deixando o carro divertido de dirigir, mas na estrada em velocidades acima de 110 km/h pedia a 5ª marcha, que não existia.
Retomadas e ultrapassagens – Sem dúvida era um dos modelos nacionais mais eficiente e seguro, com um conjunto de motor e câmbio que respondia muito bem ao pedal do acelerador.
Consumo – Na versão a gasolina fazia 9 km/l na cidade, um consumo considerado muito bom para um modelo médio da década de 1980.
Acabamento Externo
Faróis – Faróis de lentes quadradas, duplos na horizontal, embutidos em uma moldura cromada;
Setas dianteiras – Embutidas no para-choque;
Para – choques – Envolventes na cor preto;
Faróis de neblina – Opcional;
Grade de ar do motor – Em lâminas na horizontal na cor grafite;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecãnico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão do carro;
Rodas – De aço 175/70 R13, com lindas calotas cromadas;
Maçanetas – Na cor grafite, com detalhes cromados;
Logo – “Passat”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Frisadas tricolor com luz de ré;
Bagageiro – Não;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Não;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil em tons grafite;
Volante – Espumado de dois raios;
Sistema de som – Opcional;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Sim;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Interno mecânico;
Acabamento dos bancos – Em tecido aveludado;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido aveludado;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Sem acessórios;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros, nos bancos dianteiros com regulagem de altura;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Passat nigeriano / Passat do mês 1986/1987 – Tipo exportação
Carroceria – Cupê;
Porte – Médio;
Portas – 2;
Motor – MD-270 1.6;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 2;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 72 cv;
Peso Torque – 83,77 kg/kgfm;
Cilindrada – 1588 cm³;
Torque máximo – 12,2 kgfm a 2600 rpm;
Potência Máxima – 5200 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Carburador;
Direção – Simples;
Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1022 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo de torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4262 mm;
Distância entre-eixos – 2470 mm;
Largura – 1600 mm;
Altura – 1355 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 15,5 Segundos;
Velocidade máxima – 151 km/h;
Consumo: Cidade 9 km/l – Estrada 13 km/l;
Autonomia: Cidade 540 km – Estrada 780 km;
Porta malas – 362 Litros;
Carga útil – 450 kg;
Tanque de combustível – 60 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 115.425,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Vídeo – Passat nigeriano
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