No ano de 1973, em todas as suas versões e configurações, foi o 20º carro mais emplacado do Brasil, com 3.023 unidades vendidas.
Literalmente o carro fugia do padrão bom e barato da montadora, sendo que a maior parte da montagem era feita a mão, dando uma qualidade melhor ao acabamento.
O visual também ganhava itens personalizados, todo o trabalho se refletia em um carro diferenciado e com o preço bem mais salgado que os modelos tradicionais Volkswagen.
A montadora buscava a classe com maior poder aquisitivo da sociedade brasileira durante as décadas de 1960 e 1970, que não tinham o hábito de comprar modelos Volkswagen, mas que mostravam uma tendência para carros de custo médio.
Os primeiros anos da década de 1970 foram muito concorridos no quintal da Volkswagen, VW TL, VW SP2 e Karmann Ghia, que eram os modelos de custo mais elevado da montadora, sem contar a preparação da chegada do Passat.
O Karmann Ghia TC no Brasil sobreviveu até 1975, em 1976 algumas unidades ainda saíram da linha de montagem.
O curioso era que, entre os anos de 1975 e 1976, o Passat mesmo sendo um projeto com um preço bem salgado, superou o número de unidades emplacadas o Karmann Ghia, foi o terceiro mais vendido entre os veículos Volkswagen, ficando atrás apenas do VW Brasília e do VW Fusca.
Desempenho
Estabilidade – O conjunto do projeto, era relativamente eficiente, considerando a tecnologia da época. Em curvas de alta com o piso molhado era sempre bom o motorista ficar atendo a saídas de pista.
Mas em um país onde a grande maioria das vias eram de ruas estreitas de paralelepípedo ou de chão batido, ele tinha a suspensão ideal.
Motor – O motor Volkswagen Boxer 1600, era de manutenção descomplicada, mas em meses mais quentes, era necessário estar em dia com as manutenções de platinado e bobina.
Câmbio – O câmbio do VW chegou ao início da década de 1970, com uma estrutura mais robusta e engates mais eficientes.
Retomadas e ultrapassagens – Atendia as expectativas para um compacto da década de 1970, mas em pistas de mão dupla, coma carga útil máxima, era sempre bom o motorista negociar bem as ultrapassagens.
Consumo – Para um motor 1600 de um modelo compacto, fazer 7,4 km/l na cidade estava dentro do esperado para os padrões da época.
Ficha Técnica
- Carroceria – VW Cupê;
- Porte – Compacto;
- Portas – 2;
- Motor – Volkswagen Boxer 1600;
- Cilindros – 4 opostos na horizontal;
- Válvulas por cilindro – 2;
- Posição – Longitudinal;
- Combustível – Gasolina;
- Potência – 65 cv;
- Peso Torque – 76,67 kg/kgfm;
- Cilindrada – 1584 cm³;
- Torque máximo – 12 kgfm a 3000 rpm;
- Potência Máxima – 4600 rpm;
- Tração – Traseira;
- Alimentação – Carburador;
- Direção – Simples;
- Câmbio – Manual de 4 velocidades com alavanca no assoalho;
- Embreagem – Monodisco a seco;
- Freios – Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
- Peso – 920 kg;
- Suspensão dianteira – Independente, braço arrastado – Barra de torção;
- Suspensão traseira – Independente semi-eixo – Barra de torção;
- Comprimento – 4205 mm;
- Distância entre-eixos – 2400 mm;
- Largura – 1620 mm;
- Altura – 1314 mm;
- Aceleração de 0 a 100 – 22,9 Segundos;
- Velocidade máxima – 144 km/h;
- Consumo: Cidade 7,4 km/l – Estrada 10,3 km/l;
- Autonomia: Cidade 303,4 km – Estrada 422,3 km;
- Porta malas – 141 Litros;
- Carga útil – 375 kg;
- Tanque de combustível – 41 Litros;
- Valor atualizado Aproximado – R$ 115.265,00;
- Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
Imagens – pastorecc.com.br