Passat 1987 o anúncio do fim da produção e o projeto do Passat hatchback B2 no Brasil, com vendas em queda livre no mesmo ano você conseguia comprar a versão esportiva a preço de modelos compactos como o Voyage ou Parati GL.
Os motivos que levaram a montadora a descontinuar um dos carros mais equilibrados e rápidos já produzido em solo brasileiro, foram muitos. A briga no mercado dos compactos seguia em alta, Volkswagen Gol finalmente assume o posto como o carro nacional mais emplacado, e toda a família BX como os compactos mais caros do país.
O projeto Fiat Uno/Prêmio, finalmente havia decolado em vendas. O compacto Chevrolet Chevette que havia liderado o mercado entre os anos de 1983 e 1986 ao lado do irmão rico o médio Chevrolet Monza, despenca em vendas.
Já entre os modelos de médio porte, Ford Escort, Chevrolet Monza e Volkswagen Santana davam as cartas como os preferidos dos brasileiros. Sem muito espaço para vendas, os modelos hatch e cupê médios, como o Monza Hatch e o VW Passat quadrado, ficaram sem mercado.
Já no segmento dos modelos de grande porte, no ano anterior o moderno e badalado Alfa Romeo 2300 também da adeus ao Brasil, custando pouco mais que o dobro que um Opala Diplomata, foi mais um que ficou sem mercado. Mas as novas tendências também não polparam a família Opala, que junto com Monza hatch e Passat Quadrado, a carroceria Opala Cupê também da adeus em 1988.
Em 1987 conversei com a engenheira Lucia Mesquita, que trabalhava na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, e perguntei por que um carro tão querido e eficiente seria tirado de linha? A resposta foi o fim da tendência de mercado para carrocerias médias cupê e hatch. Ainda segundo a engenheira, a montadora já vinha acompanhando as quedas nas vendas do Monza hatch, um declínio que o Volkswagen Passat quadrado vinha acompanhando ano a ano.
Durante a conversa, ela me relatou que entre os anos de 1985 e 1987, a montadora estudava a possibilidade de trazer para o Brasil o Volkswagen Passat hatchback B2, que por aqui seria rebatizado de Santana Hatch ou Passat 2. Mas o lançamento do novo Passat, traria uma briga desnecessária no quintal de casa com o irmão sedan o VW Santana.
As vendas do Passat 1987, iam de mal a pior, e o Volkswagen Santana era facilmente superado pelo Ford Escort em número de unidades emplacadas, e ainda tinha a pedra no sapato da Volkswagen, o bem sucedido Monza sedan, que vinha batendo o modelo Volkswagen desde 1984.
O Passat 1987 em todas as suas versões foi apenas o 14º carro mais vendido do Brasil com modestas 9.607 unidades emplacadas, isso porque o modelo já era oferecido nas concessionárias a preço de modelo compacto, se não fosse isso o resultado seria pior. E em 1988 já como modelo 1989 o Passat antigo deixa de ser fabricado.
Ficha Técnica – Passat 1987 – Versão GTS 1.8 Pointer
Carroceria – Cupê; Porte – Médio; Portas – 2; Motor – VW AP 1.8; Cilindros – 4 em linha; Posição – Longitudinal; Tuchos – Mecânicos; Tração – Dianteira; Combustível – Álcool; Alimentação – Carburador.
Direção – Simples; Câmbio – Manual de 5 marchas; Embreagem – Monodisco a seco; Freios –Freio a disco sólido nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 970 kg; Comprimento – 4262 mm; Distância entre-eixos – 2470 mm.
Largura – 1600 mm; Altura – 1355 mm; Potência – 99 cv; Cilindrada – 1781 cm³; Torque máximo – 14,9 kgfm a 3600 rpm; Potência Máxima – 5600 rpm; Aceleração de 0 a 100 – 10,9 Segundos; Velocidade máxima – 170 km/h.
Consumo: Cidade 6,3 km/l – Estrada 9,9 km/l; Autonomia: Cidade 378 km – Estrada 594 km; Porta malas – 362 Litros; Carga útil – 450 kg; Tanque de combustível – 60 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 135.000,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
