O VW Parati 1.0 16V, chegou em 1997, junto com a versão esportiva GTi 2.0 16V. Vivíamos a febre dos populares 1.0, que na prática muitos modelos já davam a pinta que de popular só tinham o nome, vários projetos já tinham preços de veículos com motores 1.5 ou 1.6.
O SW compacto da Volkswagen 1.0 16V, foi lançado na carroceria 2 portas em 1997, mas no início de 1998 a montadora coloca no mercado a opção 4 portas. Na época a opinião dos fãs e das revistas revistas automotivas foram bastante controversas, os motivos foram os mais variados. Desde a capacidade de desempenho com carga máxima, até a pequena diferença de preço em comparação com a versão CL 1.6.
A versão CL 1.6, era equipada com o consagrado motor AP 1.6, com injeção eletrônica multiponto. Mas saía da concessionária com o mínimo de equipamentos possível. Por exemplo, para ter, conta-giros e rodas de liga leve, somente pagando como opcional, já com ar condicionado, o preço passava para um patamar muito próximo da versão GL/CL 1.8. Porém mesmo sem equipamentos de conforto, era muito robusta, mesmo com carga máxima de peso, praticamente não perdia o fôlego, e o consumo de combustível ficava dentro do esperado.
Já a versão Parati 1.0 16V, com duas ou quatro portas, tinha um comportamento bastante distinto no mercado. Fazia parte dos projetos promocionais da montadora, normalmente já saía da concessionária, com ar-condicionado, direção hidráulica, e em muitos casos, algumas concessionárias, ofereciam unidades com rodas de liga leve para atrair o cliente. Era o famosos jogo de números. Você tinha a falsa sensação de estar comprando um modelo popular completo, por um preço bem razoável.
Mas alguns problemas começaram a ficar evidente, o primeiro foi o consumo de combustível na cidade, o motor EA111 1.0 16V, fazia em média 10,5 km/l com o carro com no máximo dois adultos. Já a versão CL 1.6 pé de boi, tinha o mesmo consumo na cidade, e com 5 adultos e porta malas cheio, praticamente não havia variação no consumo.
Na estrada ocorria outro efeito, os modelos VW Parati 1.0 16V, faziam em média 15,2 km/l, com no máximo 2 adultos, mas com 5 adultos e com porta-malas cheio, dependendo do pé do motorista, o consumo poderia chegar a 12,0 km/l, sem contar com a evidente perca de potência. Já a versão CL 1.6 na estrada entregava em média 13 km/l, mesmo com 5 adultos e porta-malas cheio, praticamente não existia variação de consumo e desempenho.
Mas o que mais causou desconforto, foi a tecnologia do motor EA111 1.0 16V, diferente dos tradicionais AP 1.6 e 1.8, a nova tecnologia exigia manutenções preventivas constante. No mercado de seminovos e usados, muitos compradores desavisados acabavam se deparando com mecânicos despreparados e sem o ferramental necessário, deixando muitos proprietários frustrados.
Hoje se tornou um colecionável polivalente, tanto para fazer parte de um acervo, como para utilizar no dia a dia, quase 25 anos depois, com mecânicos muito mais preparados, e com uma tecnologia já bem conhecida, as manutenções se tornaram mais simples e descomplicadas.
A unidade da nossa matéria é um VW Parati 1.0 16V, ´´e do ano de 1998, na carroceria 4 portas. Equipado com o motor EA111 1.0 16V a gasolina, entregando 70 cv de força, com torque máximo de 9,4 kgfm a 4500 rpm, velocidade final real de 157 km/h e aceleração de 0 a 100 em 17,8 segundos.
Acabamento Externo
Faróis – De lentes planas, levemente boleadas nas extremidades;
Setas dianteiras – Embutidas no mesmo conjunto dos faróis;
Para – choques – Envolventes na cor da carroceria;
Faróis de neblina – Não;
Grade de ar do motor – Com frisos na horizontal na cor da carroceria;
Retrovisores Externos – Panorâmicos com ajuste mecânico interno;
Frisos – Emborrachado em toda a extensão lateral;
Rodas – De aço 175/70 R13;
Maçanetas – Na cor grafite;
Logo – “16V”, Na tampa do porta – malas;
Lanterna Traseira – Tricolor tradicionais da família Parati Bola;
Bagageiro – Sim;
Teto Solar – Não;
Limpador do vidro traseiro – Sim;
Acabamento Interno e Instrumentos
Painel – Com mostradores em escala circular;
Conta – giros – Sim;
Acabamento do painel – Em vinil nas cores preto e cinza;
Volante – De três raios espumado;
Sistema de som – Sim;
Ventilador – Sim;
Ar – condicionado – Sim;
Ar – quente – Sim;
Luz de leitura – Não;
Relógio – Digital;
Acendedor de cigarros – Sim;
Cinzeiro – Sim;
Acionamento dos vidros – Manual basculante nas 4 portas;
Sistema de travamento das portas – Mecânico;
Ajuste dos retrovisores externos – Mecânico interno;
Acabamento dos bancos – Em tecido plástico;
Acabamento das portas – Em vinil e tecido;
Luz de Sinalização no rodapé das portas – Não;
Banco traseiro – Rebatível;
Encosto de cabeça – Para dois passageiros com regulagem de altura nos bancos dianteiros;
Desembaçador elétrico do vidro traseiro – Sim;
Assoalho – Acarpetado;
Porta-malas – Acarpetado;
Ficha Técnica – Parati 1.0 16V – Ano 1988
Carroceria – VW SW;
Porte – Compacto;
Portas – 4;
Motor – EA-111 1.0;
Cilindros – 4 em linha;
Válvulas por cilindro – 4;
Posição – Longitudinal;
Combustível – Gasolina;
Potência – 69,4,6 cv;
Peso Torque – 106,9 kg/kgfm;
Cilindrada – 999 cm³;
Torque máximo – 9,4 kgfm a 4500 rpm;
Potência Máxima – 5700 rpm;
Tração – Dianteira;
Alimentação – Injeção Multiponto;
Direção – Hidráulica;
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho;
Embreagem – Monodisco a seco;
Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras;
Peso – 1005 kg;
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal;
Suspensão traseira – Eixo torção – Mola helicoidal;
Comprimento – 4131 mm;
Distância entre-eixos – 2468 mm;
Largura – 1621 mm;
Altura – 1417 mm;
Aceleração de 0 a 100 – 17,8 Segundos;
Velocidade máxima – 157 km/h;
Consumo: Cidade 10,5 km/l – Estrada 15,2 km/l;
Autonomia: Cidade 536 km – Estrada 775 km;
Porta malas – 437 Litros;
Carga útil – 455 kg;
Tanque de combustível – 51 Litros;
Valor atualizado Aproximado – R$ 91.345,00;
Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
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