Monza 96 tubarão fim de papo para o bem sucedido projeto Opel. Existe um ditado que diz, “Tudo que começa bem, termina bem”, e esse foi exatamente o caso da trajetória da família Monza no Brasil desde 1982.
A marca trouxe para o país o projeto completo, conjunto propulsor, suspensão e acabamento. Ao contrário da Ford e Volkswagen que utilizaram no Escort o velho motor da família Corcel com um novo upgrade, rebatizado de CHT e montado na transversal.
O VW Santana que chegou em 1984, utilizou o mesmo motor do Passat o MD – 270 1.6, que recebeu novo upgrade para MD – 280 1.8 e alguns meses depois novo upgrade para o AP 1.8. A carroceria hatch da família Monza inicialmente causou um grande frisson no mercado, mas acabou tendo a imagem apagada pelo hatch Ford Escort, e superado em números de unidades emplacadas.
O grande sucesso ficou por conta da carroceria sedan, principalmente a partir do ano de 1984 quando a Chevrolet conseguiu se encontrar com o combustível derivado da cana de açúcar nos motores 1.8 da família Monza. E assume a liderança do mercado como o carro nacional mais vendido.
Mas o que mais chamou a atenção foram as vendas no ano de 1985, quando o Brasil viveu a hiperinflação com um acumulado no ano de 242%. Mesmo assim um dos carros mais caros do país é novamente o líder em vendas, e curiosamente a versão top de linha foi a mais comercializada, o Monza sedan SL/E 1.8. Com um total de 62.544 unidades vendidas apenas na carroceria sedan.
Já a geração Tubarão, vivendo em meio aos importados e aos novos modelos nacionais como o irmão Vectra e o Fiat Tempra, teve vendas bem mais modestas. Mesmo assim conseguiu emplacar em 1993 impressionantes 66.664 unidades.
Monza 96 tubarão se despede do mercado de cabeça erguida e com uma grande legião de fãs, e emplacou no último ano, modestos 10.973 exemplares. Mesmo assim se tornou no mercado de seminovos e usados um dos veículos mais valorizados e comercializados, até o início dos anos 2000.
Ficha Técnica – Monza 96 tubarão
Carroceria – GM Sedã; Porte – Médio; Portas – 2; Motor – Chevrolet Família II 2.0; Cilindros – 4 em linha; Válvulas por cilindro – 2; Posição – Transversal; Combustível – Álcool; Potência – 116 cv.
Peso Torque – 62,5 kg/kgfm; Cilindrada – 1998 cm³; Torque máximo – 18 kgfm a 3200 rpm; Potência Máxima – 5400 rpm; Tração – Dianteira; Alimentação – Injeção Monoponto; Direção – Hidráulica.
Câmbio – Manual de 5 velocidades com alavanca no assoalho; Embreagem – Monodisco a seco; Freios – Freio a disco ventilado nas rodas dianteiras e tambor nas rodas traseiras; Peso – 1125 kg.
Suspensão dianteira – Independente, McPherson – Mola helicoidal; Suspensão traseira – Eixo de torção – Mola helicoidal; Comprimento – 4493 mm; Distância entre-eixos – 2574 mm; Largura – 1668 mm.
Altura – 1346 mm; Aceleração de 0 a 100 – 10,2 Segundos; Velocidade máxima – 183 km/h; Consumo: Cidade 6,5 km/l – Estrada 9,5 km/l; Autonomia: Cidade 371 km – Estrada 542 km; Porta malas – 565 Litros; Carga útil – 475 kg.
Tanque de combustível – 57 Litros; Valor atualizado Aproximado – R$ 202.990,00; Valor atualizado aproximado se refere apenas a uma estimativa de quanto o carro custaria hoje Zero Km na concessionária – Não possui nenhum parâmetro real do mercado atual.
O Motor Tudo, NÃO trabalha com nenhum tipo de comércio de carros, apenas faz matérias sobre a história de carros clássicos brasileiros.
